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- A aprendizagem através da perspectiva filosófica dos afetos e dos erros: Um caminhar alagmático entre a matemática e a língua portuguesaPublication . Peel, Misleine Andrade Ferreira; Simões, Maria de Fátima de Jesus; Beites, Patrícia DamasNossa tese consiste em alargar o conceito de aprendizagem por afetos e por erros, em matemática e em língua portuguesa; contribuindo, assim, para o campo teórico interdisciplinar entre a educação matemática e a educação linguística, e promovendo, ainda, uma experimentação profícua do conhecimento, especialmente através da filosofia deleuziana. A aprendizagem é um processo complexo e múltiplo; muitos dos que passam pelo processo de escolarização não conseguem se manifestar de forma crítica, autônoma e livre nas experimentações cotidianas dos aspectos sociais, políticos e econômicos de suas vidas; percebemos que, em muitas ocasiões, esses problemas advêm da ausência de afetos positivos no ambiente educacional, e, a partir disso, desenvolvemos as seguintes questões de investigação: Como o erro afeta os sujeitos em processo de aprendizagem no ambiente escolar e em suas futuras escolhas profissionais? Como a relação afetiva com a matemática e com a língua portuguesa pode reterritorializar a aprendizagem, transformando-a em uma potência positiva? No processo de aprendizagem, existe diferença entre os gêneros masculino e feminino nas relações afetivas com a matemática e com a língua portuguesa? Para subsidiar nossas respostas, promovemos um agenciamento entre autores como Deleuze, Guattari, Spinoza, Freire, Cury e Sen; dentre outros que constituíram nossos agenciamentos teóricos rizomáticos sobre a aprendizagem. Para endossar esta pesquisa, fizemos estudos de casos múltiplos, utilizando, como instrumentos para a triangulação dos dados, entrevistas semiestruturadas, questionário e análise documental. Foram entrevistados oito estudantes que cursam o ensino médio. Dentre eles, quatro estudantes com sucesso escolar nas disciplinas de matemática e língua portuguesa, e quatro com baixo rendimento acadêmico nessas disciplinas, todos de escolas públicas. Um total de 94 estudantes do ensino fundamental II e do ensino médio, de onze escolas, responderam ao questionário online, no ano letivo de 2021. E, por fim, fizemos uma análise dos documentos a partir do estudo e da reflexão sobre os dados do resultado de uma avaliação externa, PISA, de 2018; para verificar alguns aspectos que a teoria contempla e para possibilitar respostas aos nossos questionamentos investigativos. A maior parte dos estudantes que participaram deste estudo consideram que os erros trazem afetos negativos, afirmando, contudo, que continuam tentando resolver os problemas, não desistindo do processo; maioritariamente concordam, ainda, que o modo como se saem na escola influencia nas suas escolhas profissionais. Encontramos, ainda, uma grande importância dada ao professor no processo educacional. Concluímos, a partir dessa investigação, que é necessária uma metamorfose afetiva no processo de ensino e de aprendizagem, entendendo e valorizando o poder dos afetos, dos encontros e dos devires. Precisamos, dessa forma, de uma visão íntegra sobre os sujeitos, sobre o processo de ensino, sobre as experimentações da aprendizagem e sobre as variáveis que incidem nesse processo.
- A errância na aprendizagem da matemática e da língua portuguesa sob uma filosofia dos afetosPublication . Peel, Misleine; Beites, P. D.; Oliveira, L. R. P. F. deA filosofia dos afetos pensada por Espinosa e por Deleuze pode nos ajudar a en-tender como os erros afetam a aprendizagem e, consequentemente, o desenvolvimento integral de nossos aprendizes. Propomo-nos a pensar nas diferenças existentes entre a errância que acontece na aprendizagem da matemática e a que acontece no aprendizado da língua portuguesa: acreditamos que os erros oriundos de experimentações matemáticas podem causar mais afetos negativos do que os oriundos de experimenta-ções linguístico-gramaticais, visto que muitos dos linguistas tratam esses acontecimen-tos como desvios da norma padrão e não mais como desacertos; já na matemática, os erros são sistematizados quase sempre como desacertos, e, por isso, dependendo da imagem que temos deles, podem provocar uma diminuição da potência de agir e de existir. A metodologia utilizada foi a cartográfica com revisão de literatura. Percebe-mos, a partir de nossa pesquisa, que uma nova conceituação do erro é essencial para que seja possível ter um bom encontro com o saber.