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- Ensaios sobre Capital Intelectual das Instituições de Ensino Superior: Taxonomia, Mensuração e ImpactosPublication . Pedro, Eugénia Maria Gonçalves de Matos; Alves, Helena Maria Baptista; Leitão, João Carlos CorreiaOs ativos intangíveis são tidos como elementos essenciais para a criação de valor das instituições de ensino superior (IES), pois estas são consideradas como centros de conhecimento, tendo sido reconhecidas como atores críticos dos sistemas nacionais de inovação para o cumprimento da Estratégia de Lisboa. O capital intelectual das IES (CIIES) é, por isso, uma pedra angular para a criação de valor e a obtenção de uma vantagem competitiva contribuindo também para o reforço da performance das próprias IES e da qualidade de vida (QV) de todos os seus stakeholders. É importante que as IES identifiquem, mensurem, façam a gestão e prestem contas sobre o seu CI, pois este é também um fator-chave para gerar valor não só para a organização, como também para a região onde está inserida. Contudo, verifica-se que existe uma lacuna relativamente a estudos que integrem ao mesmo tempo o impacto do CIIES na performance da própria instituição e na QV dos seus stakeholders; e na performance da região de influência e na QV das suas populações. Assim, a presente tese prossegue os seguintes objetivos genéricos: (i) realizar uma revisão sistemática da literatura tendente à apresentação do estado da arte sobre CI; (ii) elaborar uma proposta de operacionalização inovadora de mensuração do CI nas IES; (iii) identificar quais e que tipo de influências tem o CI das IES portuguesas na performance e na QV de stakeholders internos destas instituições; e (iv) analisar os efeitos associados entre o CI e a performance, ao nível do crescimento económico, do desenvolvimento e da QV da região de influência, providenciando implicações de política e de gestão estratégica e operacional para as IES e respetivas regiões de influência. Esta tese, desenvolvida em contexto de IES portuguesas, discute e define um método prospetivo multidimensional de mensuração do CI e analisa os efeitos associados, tanto para a performance e QV de estudantes e docentes/investigadores da própria instituição, como para a performance e QV das populações da região de influência, através de dois estudos quantitativos com metodologias diferentes. As influências e os efeitos referidos foram consolidados em três modelos e testados empiricamente através da técnica de modelação com equações estruturais e através de uma regressão logística multinomial, tendo como base uma amostra com dados primários, recolhidos através de inquérito por questionário, de 1325 indivíduos, oriundos de sete IES públicas, situadas em sete regiões diferentes de Portugal; e uma amostra com dados secundários, recolhidos nas bases de dados do INE - Instituito Nacional de Estatística, PORDATABase de Dados de Portugal Contemporâneo, e da Sales Index - Grupo Marktest, para os valores referentes às regiões. Os dados permitiram suportar todas as hipóteses formuladas para os modelos analisados com equações estruturais, dando conta da existência de efeitos diretos positivos e significativos entre o CIIES e a performance da própria instituição e entre o CIEES e a QV dos stakeholders. Os resultados também permitiram confirmar a validade conceptual dos modelos logit multinomial, no sentido de avaliar a influência que o capital humano, o capital estrutural e o capital relacional das IES têm no crescimento económico, no desenvolvimento regional e na QV da região de influência, evidenciando que as três dimensões de performance regional são em grande parte influenciadas pelo capital humano e pelo capital estrutural. Além disso, os resultados também revelam que o capital humano é o fator mais importante e mais influente. Contudo, relativamente ao capital relacional não se encontraram evidências significativas da sua influência em nenhuma das dimensões de performance regional estudada. A partir destes resultados discutiram-se as implicações para as políticas públicas e para a gestão estratégica e operacional das IES e respetivas regiões de influência.
- Fatores determinantes da qualidade de vida académica e suas implicações no desempenho, recomendação e fidelização de estudantes nas universidades públicas portuguesasPublication . Pedro, Eugénia Maria Gonçalves de Matos; Alves, Helena Maria Baptista; Leitão, João Carlos CorreiaA relação entre as universidades e os seus estudantes tem sido, ao longo dos anos, o foco central de um processo complexo de maturação, apesar de haver uma lacuna relativamente à literatura direcionada para a qualidade de vida académica (QVA). No entanto, cumprir com as necessidades dos estudantes continua a ser imperativo. Assim, as universidades tentam colmatar estas necessidades quer no âmbito académico quer no âmbito social, fornecendo aos seus estudantes mais do que um ensino normal, no qual os estudantes aprendem, com o objetivo de maximizar o bem-estar e a qualidade de vida da sua comunidade académica. Para as universidades, docentes, gestores públicos e fazedores de políticas públicas a questão fundamental é como podem contribuir para melhorar a qualidade de vida académica dos seus alunos. Nesta linha de raciocínio, o presente estudo tem como objetivo abordar a questão anteriormente referida, avaliando quais as áreas da vida académica que influenciam a QVA e quais são as consequências dessa QVA para as universidades. Com base numa amostra de 726 alunos de todas as universidades públicas portuguesas, testou-se um modelo estrutural que visa avaliar o impacto que a gestão académica, as infraestruturas, a oferta educativa e a ação social têm na fidelização e na vontade de recomendar a universidade, assim como se tenta aferir da possibilidade de relação com o desempenho dos estudantes. Os resultados obtidos revelam que a QVA é em grande parte influenciada pela oferta educativa e pelas infraestruturas, não obstante se revelar também o facto de a QVA ser explicada apenas parcialmente pela satisfação com a vida académica. Além disso, os resultados revelam que a QVA é um bom preditor da fidelização (0.479) e de recomendação da universidade (0.639). Contudo, o fator QVA não se revelou importante para o desempenho dos estudantes.