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- Avaliação de segurança in vitro de extratos de plantas: potencial citotóxico e genotóxicoPublication . Maria, Margarida Solange Casquilho Vinhas; Oliveira, Ana Cristina Palmeira de; Rolo, Joana Rita GonçalvesA sociedade atual tem se preocupado cada vez mais com a sustentabilidade, principalmente a nível ambiental, o que se tem refletido no aumento da procura de produtos naturais por parte dos consumidores. Aliado a isso, a aplicação de extratos de plantas em produtos consumidos na vida quotidiana da população tem sido um dos grandes focos das diversas indústrias, em todo o mundo. Dentro dos diversos extratos de plantas, desde há vários séculos, os óleos essenciais encontram-se num lugar de destaque, devido às suas propriedades biológicas extensamente estudadas. Contudo, mais recentemente, os subprodutos do seu processo de destilação, designados por hidrolatos, têm suscitado interesse nas indústrias, por serem misturas diluídas com uma menor complexidade e, por isso, teoricamente, com uma maior tolerância a nível da segurança para o consumidor. No entanto, os estudos por parte da comunidade científica acerca destes últimos extratos ainda são escassos, pelo que se torna necessário promover o aumento do conhecimento relativamente à sua composição e respetivas propriedades biológicas, bem como ao seu nível de segurança. As plantas, embora tenham inúmeros benefícios para a saúde humana, podem promover toxicidade, o que levou a uma significativa consciencialização quanto à necessidade de se avaliar a sua eficácia e segurança, bem como dos seus extratos, antes da sua possível aplicação em produtos de consumo humano. Nesse sentido, o presente trabalho visa, então, caracterizar quimicamente cinco extratos de plantas, dentro dos quais se encontravam dois tipos de extratos, nomeadamente: o hidrolato de Hamamelis virginiana, o hidrolato de Matricaria chamomilla, o hidrolato e o óleo essencial de Ocimum basilicum e o óleo essencial de Cupressus lusitanica. Para além disso, procedeu-se ao estudo do respetivo potencial genotóxico e citotóxico dos cinco extratos de plantas, com o objetivo de poderem vir a ser incorporados em formulações farmacêuticas e cosméticas, em especial de aplicação tópica. Assim, no decorrer deste trabalho, realizou-se o teste de Ames, com o intuito de se avaliar o potencial mutagénico. Além disso, avaliou-se a citotoxicidade dos extratos, através do ensaio MTT com uma linha celular de queratinócitos humanos (HaCaT). Os resultados obtidos neste ensaio bacteriano foram classificados, com base nos três seguintes critérios: relação dose-resposta, rácio de mutagenicidade e aumento fora do histórico de controlo. Os resultados obtidos permitiram concluir que os três hidrolatos podem ser considerados seguros em baixas concentrações, o que, em conjunto com as suas atividades biológicas continuamente em estudo, lhes confere um lugar de valorização e destaque quanto à potencialidade de serem utilizados em produtos farmacêuticos e cosméticos. Dentro dos óleos essenciais em estudo, ainda que não tenham apresentado atividade mutagénica nas condições de teste utilizadas, o óleo essencial de Ocimum basilicum, em comparação com o de Cupressus lusitanica, demonstrou uma citotoxicidade superior, sendo apenas biocompatível em concentrações baixas. Este estudo constitui uma avaliação primária da segurança deste extratos, pelo que, futuramente, outros parâmetros toxicológicos devam ser avaliados, para uma determinação completa do perfil de segurança dos extratos de plantas.