Repository logo
 
Loading...
Profile Picture
Person

Barras Romana, Maria da Conceição Correia Salvado Pinto Pereira

Search Results

Now showing 1 - 1 of 1
  • Para uma literatura da identidade macaense: autores/atores
    Publication . Romana, Maria da Conceição Correia Salvado Pinto Pereira Barras; Venâncio, José Carlos Gaspar; Schouten, Maria Johanna Christina
    Este projeto consubstancia um estudo da construção/ manutenção da identidade cultural dos Macaenses tendo por corpus as suas obras; as imagens de semelhança e de alteridade que perpassam nesse construto mais ou menos ficcional de registos de vivências e de estranhamentos que nos chegam em narrativas romanescas ou em pequenos contos e crónicas e poemas do Autor/ator que presencia a construção, sendo também ele o construtor/construído, projetando as figurações do imaginário e perpassando o palimpsesto textual de elementos denotadores da sua mundivivência e reprodutores da sua mundivisão. Os autores/atores que escreveram a sua terra, um lugar mais imaginado do que real, as suas memórias, a sua origem e sobretudo o Outro na busca da perceção de ‘si mesmos’ ; os filhos da terra, aqueles que tematizaram Macau na sua obra não pelo deslumbre da terra estranha, mas porque representa a Mátria, o chão que atenua o seu isolamento e colmata a impossibilidade de materializar o fantasma pátrio que povoa a sua identidade. É, pois a produção dos filhos da terra que aqui se entende como Literatura Macaense, tendo como corpus, sobretudo a obra de Henrique de Senna Fernandes; é na sua tessitura diegética que encontramos a manifestação do urdir de uma identidade crioula, fruto das escolhas entre o que se conserva e o que se transforma “ num processo fantasmal interminável de identificações”. A Literatura Macaense pode entender-se como representação simbólica que permite percecionar uma identidade auto – definida, como processo de integração/ transmissão de uma cultura, de uma comunidade que se construiu de relações interétnicas. Pode, também, ser entendida como o espaço de construção identitária na medida em que, através do discurso literário, se foi tecendo a auto representação e a hétero representação no sentido da representação do EU-OUTRO construído como identidade única, no reconhecimento da sua alteridade em relação ao outro. O modelo analítico que subjaz à elaboração desta análise é a adaptação da proposta de modelo analítico de Alain Viala, e consubstancia duas dimensões: uma que focaliza o valor social dos géneros e das formas, ou seja, recorre ao construto teorético da sociologia da literatura; outra dimensão, que objetiva a análise das construções discursivas da significação e necessita do recurso da teoria da literatura e da poética formal, pois sendo uma proposta de modelo de análise hibrido, ao emergir da confluência dialogante dos campos da teoria literária e da sociologia da literatura, permite uma exploração conjunta, em dialogia simétrica, da sociedade e da literatura.