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- Modelação de um SIG para a Cartografia Geotécnica com recurso a plataformas de código aberto e livresPublication . Monteiro, António Figueiredo; Pais, Luís José Andrade; Rodrigues, Carlos Manuel GonçalvesA execução de cartografia em áreas urbanas confronta-se com a permanente reorganização do meio urbano, quer pelo aparecimento de novas construções quer pela reorganização do espaço existente, nomeadamente em zonas de reabilitação de edifícios. Na cartografia geotécnica em particular, a reorganização urbana permite a observação e realização de escavações, de fundação, abertura de valas, poços e furos de sondagem, que constituem um grande acervo de dados para a cartografia geotécnica, sendo que a principal dificuldade está na exposição mínima, temporal e espacial, do terreno natural. A utilização dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), no desenvolvimento da cartografia geotécnica veio dar um passo significativo, pelo recurso à utilização de bases de dados geográficas, novas ferramentas de análise e mais recentemente a utilização de softwares e plataformas livres. Desenvolveu-se ao longo deste trabalho metodologias para utilizar dados de plataformas de informação geográfica livres (Google maps, Bing maps e OpenStreetMap). Estes dados, devidamente tratados em software livre de código aberto (QGIS), poderão contribuir para se elaborar cartografia de índole geotécnica. O trabalho propõe a demonstração da ferramenta abrangendo várias temáticas: delimitação de áreas identificadoras do grau de alteração do granito, ângulo de atrito, capacidade de carga admissível e mapa de perigosidade (mapa a duas variáveis, declive e grau de alteração do granito). Outras temáticas poderão vir a ser tratadas, como por exemplo a delimitação de áreas com o grau de fracturação do maciço rochoso, parâmetros mecânicos, ou outras derivadas de informação de geologia de engenharia e/ou geotécnica. A utilização destas plataformas permite colmatar o limite temporal referido acima, pois permite em alguns casos, ter acesso a imagens recolhidas durante a execução de trabalhos de escavação, contendo dados importantes para a caracterização geológica e geotécnica da área em estudo. Relativamente à caracterização do grau de alteração do granito, foi numa primeira fase efetuada através de módulos com ligação à plataforma streetview e numa segunda fase com observação in situ. Verificou-se que não havia diferenças significativas entre as duas amostras. Efetuou-se uma análise estatística, utilizando o SPSS versão 25, através do teste t (t de student) para as amostras emparelhadas das informações recolhidas, verificou-se que não havia diferenças significativas entre a utilização das imagens obtidas pelo Google Street View e a observação in situ. Por último, para se obter informação tridimensional, foi gerado o Modelo Digital de Terreno (MDT), que permitiu posteriormente gerar o mapa de declive. Alguns dos temas foram sobrepostos ao MDT obtendo-se deste modo uma representação tridimensional desse mesmo tema. A representação destes mapas poderá ser feita através de num navegador da internet, permitindo a rotação e translação deste modelo tridimensional.