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Canário, Catarina

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  • Os fitoterápicos e a anestesia na cirurgia de ambulatório
    Publication . Canário, Catarina Sofia Simão; Aperta, Jorge Manuel Gonçalves
    A utilização de fitoterápicos (medicamentos à base de plantas e substâncias derivadas das plantas) para fins terapêuticos e profiláticos é uma prática frequente nas nossas sociedades. Estes produtos contêm substâncias que podem interagir com os medicamentos usados convencionalmente, nomeadamente com os anestésicos e adjuvantes da anestesia. Contudo, estudos que demonstrem estas interacções são escassos. A presente dissertação tem como objectivo estudar as interacções que podem ocorrer entre os fitoterápicos e os anestésicos, manifestadas pela ocorrência de eventos adversos no período perioperatório, no que concerne a determinadas mudanças cardiovasculares (tensão arterial e frequência cardíaca) e, também caracterizar o consumo de fitoterápicos na amostra. Recolheram-se os dados por aplicação de um inquérito aos doentes, que realizaram uma cirurgia na Unidade de Cirurgia de Ambulatório na ULS, Hospital Sousa Martins – Guarda, entre 3 de Março e 7 de Abril de 2011 e pela análise dos seus processos. Considerou-se que ocorreram eventos adversos quando estes valores diferiram em 20% ou mais do valor basal. Utilizou-se o Microsoft Office Excel 2007® para o tratamento estatístico dos dados, realizando estatística descritiva (média, desvio-padrão e frequências) e indutiva (odds ratio e χ2). Inquiriram-se 29 mulheres e 19 homens com uma média de idades de 49,25±16,41. Os fitoterápicos foram consumidos maioritariamente pelas mulheres (86%) e a faixa etária consumidora está entre os 25 e os 65 anos. O mais consumido foi a erva-cidreira (39%) e as infusões foram as mais utilizadas. Os locais de aquisição preferíveis foram o supermercado (56%) e o cultivo próprio (33%). Apesar do consumo diário ser significativo (31%), não ultrapassou a toma de 2 chávenas por dia. A maioria dos entrevistados seguiu a recomendação dos fabricantes (71%) e não consumiu fitoterápicos nos 7 dias anteriores à cirurgia (56%). As mulheres e os utentes idosos foram os que recorreram mais aos fitoterápicos provenientes do cultivo próprio e quanto menor foi o nível de escolaridade, maior foi esta aquisição. Os fitoterápicos consumidos nos 7 dias anteriores à cirurgia (camomila, cidreira-mel, erva cavalinha, erva-cidreira, hipericão e tília) não interferiram com os anestésicos e com o acto cirúrgico (χ2=2,23). Concluiu-se que o consumo de fitoterápicos é frequente e que os fitoterápicos estudados não parecem interagir com os anestésicos utilizados. O resultado obtido é de grande importância, pois sugere que estas plantas podem ser utilizadas no período perioperatório sem causar efeitos nefastos. Contudo, dadas as limitações do estudo, não pode ser generalizado à população.
  • Development of new steroidal oximes as possible anticancer drugs
    Publication . Canário, Catarina Sofia Simão; Alves, Gilberto Lourenço; Silvestre, Samuel Martins; Ferreira, Amílcar Celta Falcão Ramos
    Cancer is a leading cause of death worldwide, accounting for nearly 10 million deaths in 2020. Therefore, it is urgent to find new anticancer treatments. This work aimed to develop new steroidal oximes of the estrane series with potential antitumor interest. For this, several intermediates and respective C17 oximes were synthesized by reaction of hydroxylamine with the 17-ketone of estrone derivatives. Then, their cytotoxicity was evaluated in six cell lines (MCF-7, T47-D, LNCaP, HepaRG, Caco-2 and NHDF) by the 3‐(4,5‐dimethylthiazol‐2‐yl)‐2,5‐diphenyltetrazolium bromide (MTT) assay. Estrogenicity assays, cell cycle distribution analysis and fluorescence microscopy studies with Hoechst 33258 staining were also performed for the most promising compounds. In addition, molecular docking against estrogen receptor α (ERα), steroid sulfatase, 17β-hydroxysteroid dehydrogenase type 1 and β-tubulin were also accomplished. Computational predictions of their pharmacokinetics and toxicity properties were also performed. Δ9,11-estrone has been shown to be cytotoxic against HepaRG cancer cells (IC50 = 6.67 μM) and promoted a cell cycle arrest at G0/G1 phase. Estrogenic activity was also observed for this compound at 0.1 μM in T47-D cells and molecular docking studies estimated a marked interaction between this compound and ERα. The presence of a 16E-benzylidene group increased the antiproliferative effect on MCF-7 and T47-D cells. Moreover, the introduction of iodine in positions 2 and 4 of estrone seemed to induce a selective cytotoxicity for HepaRG cells. The 9α-hydroxy,11β-nitrooxyestrone derivative markedly reduced HepaRG cells viability (~92%) and 9α-hydroxyestrone acetate exhibited a selective antiproliferative effect on HepaRG cells, inducing a cell cycle arrest at G0/G1, and did not promote an estrogenic effect on T47-D cells. Docking studies estimated a generally lower affinity of C-ring oxidized compounds to ERα. Estrone p-quinol (10β-hydroxyestra-1,4-diene-3,17-dione) displayed marked cytotoxic activity, particularly against hormone-dependent cancer cells and the flow cytometry analysis revealed that this compound markedly reduced the viability of HepaRG cells. Molecular docking studies suggested a high affinity towards ERα and 17β-hydroxysteroid dehydrogenase type 1. Moreover, it was predicted that this molecule has a good oral bioavailability and a low maximum tolerated dose in humans. Concerning oximes, six steroidal oximes in estrane series were synthesized, five of which for the first time. The 2-nitroestrone oxime showed higher cytotoxicity than the parent compound on MCF-7 cells. Furthermore, the oximes bearing halogen groups in A-ring evidenced selectivity for HepaRG cells. Remarkably, the Δ9,11-estrone oxime was the most cytotoxic and arrested LNCaP cells in the G2/M phase. Fluorescence microscopy studies showed the presence of condensed DNA typical of prophase and condensed and fragmented nuclei characteristic of apoptosis. However, this oxime promoted the proliferation of T47-D cells. Interestingly, molecular docking studies estimated a strong interaction between Δ9,11-estrone oxime and ERα and β-tubulin, which may account for the described effects. Thus, the presence of an oxime group at C17 in functionalized estrone scaffold showed to be a good strategy to obtain new molecules with potential anticancer effects.