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  • Aplicação terapêutica de células endoteliais tratadas com nanopartículas contendo ácido retinóico em modelo experimental de acidente vascular cerebral
    Publication . Pereira, Marta Sofia Machado; Bernardino, Liliana Inácio; Ferreira, Raquel Margarida da Silva
    O acidente vascular cerebral constitui a principal causa de morte em Portugal e de acordo com a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, Portugal é o país da Europa Ocidental com maior taxa de mortalidade, sobretudo na população com menos de 65 anos de idade. Os tratamentos existentes não são totalmente eficazes e apenas beneficiam uma pequena percentagem de doentes acarretando, na maioria das vezes, efeitos secundários graves. Assim, o desenvolvimento de novas terapias é uma necessidade obrigatória. Esta doença desencadeia uma série de alterações celulares e moleculares que comprometem a viabilidade do tecido nervoso. Neste contexto, a resposta inflamatória desencadeada pela microglia, células do sistema imune inato do Sistema Nervoso Central, dificulta a reparação neurovascular. Após um acidente vascular cerebral, a vasculatura é lesada levando a um comprometimento do suporte trófico de todos os tecidos que irriga, assim como no número de novos neurónios que acorre à área de lesão. Assim, pretendemos acionar mecanismos que modulem a resposta anti-inflamatória da microglia e potenciem a reparação neurovascular. Para tal, propomos o uso do ácido retinóico (um derivado da vitamina A, anti-inflamatório e pro-angiogénico) como agente terapêutico. Para contornar a baixa solubilidade e rápida degradação desta molécula, recorremos ao uso de nanopartículas poliméricas carregadas com ácido retinóico. Após a concretização deste projeto, concluímos que a formulação 1) induz um efeito anti-inflamatório na microglia num contexto isquémico; 2) modula o secretoma das células endoteliais isquémicas de forma a promover uma reposição dos níveis de óxido nítrico e a produzir sinais anti-inflamatórios pela microglia; 3) promove a sobrevivência e reparação neurovascular num contexto inflamatório após a injeção intravenosa e em condições isquémicas. Assim, as nanopartículas poliméricas carregadas com ácido retinóico demostram ser um agente com grande potencial terapêutico para administração intravenosa do acidente vascular cerebral.