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- Avaliação do Potencial Protetor do Acetato de Segesterona e da Sinvastatina em um Modelo In Vitro de Isquemia CerebralPublication . Chiangalala, Anabela; Baltazar, Graça Maria Fernandes; Santos, Adriana Oliveira dos; Ferreira, Susana Maria AlvesO Acidente Vascular Cerebral Isquémico (AVCI) ocorre quando o fluxo sanguíneo cerebral é interrompido ou diminuído devido à obstrução de uma artéria, levando consequentemente a danos no tecido cerebral. Quando não revertido rapidamente, o AVCI leva a sequelas duradouras que podem comprometer as funções motoras, cognitivas e emocionais do doente. Em lesões graves, os tratamentos existentes não são eficazes na reversão dos danos causados pelo evento isquémico, sendo crucial o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Com o presente trabalho, pretendemos avaliar o potencial efeito neuroprotetor dos fármacos acetato de segesterona, um potente agonista do recetor da progesterona, e a sinvastatina, uma estatina com ação antioxidante, num modelo in vitro de AVCI, e testar a segurança de duas novas formulações (nanoemulsão e microemulsão) para o acetato de segesterona. Para o efeito, foram usadas como modelo de AVCI culturas de córtex de rato submetidas a privação de oxigénio e de glucose. Numa primeira fase, otimizámos o modelo celular de forma a obter uma percentagem de morte celular que permitisse detetar possíveis efeitos protetores dos fármacos em estudo. A citotoxicidade foi avaliada pelo ensaio de redução do sal de tetrazólio. Posteriormente, otimizámos as condições de cultura de forma a eliminar possíveis ações protetoras endógenas, que pudessem camuflar a ação protetora dos compostos em estudo. Com este objetivo, procedemos à remoção do soro da cultura e testámos a lesão isquémica em culturas enriquecidas em neurónios, para eliminar a ação protetora dos astrócitos. Apesar destas estratégias conduzirem ao aumento da morte celular, a análise da viabilidade celular com o ensaio MTT (do inglês, Thiazolyl Blue Tetrazolium Bromide) não demonstrou efeito protetor do acetato de segesterona ou da sinvastatina em nenhuma das concentrações testadas (0,001 mM a 10000 mM para o acetato de segesterona e 0,1 mM a 10000 mM para a sinvastatina), sugerindo que o efeito protetor destes compostos, observado em estudos in vivo, pode depender da ação destes em outros alvos. A segunda parte do trabalho consistiu na análise da segurança de uma nanoemulsão e de uma microemulsão para o acetato de segesterona, tendo-se verificado que nenhuma das formulações apresentou citoxicidade nas concentrações estudadas. Concluindo, as formulações de acetato de segesterona são promissoras para uso in vivo, de modo a aumentar a biodisponibilidade do fármaco na administração intranasal. Embora não tenhamos conseguido obter os efeitos neuroprotetores pretendidos, ainda existe necessidade de efetuar mais estudos, para compreender os efeitos protetores descritos pela literatura tanto para o acetato de segesterona como da sinvastatina em AVCI, bem como o impacto da interação com outros alvos na neuroprotecção exercida por esses fármacos.