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Health literacy in nursing home residing geriatric population: What do they know and what are their challenges?

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Abstract(s)

Objective To assess health literacy (HL) levels in nursing homes (NHs) from two cities in the south of Europe; to determine the main challenges for better HL; and to evaluate the perception of general physicians (GP) within NHs. Methods Observational and descriptive study with an analytical component of the geriatric population residing in NHs. Data was collected in person via questionnaire, categorized in Excel and analysed using SPSS v.28. Results NH residents showed inadequate knowledge of their diseases and medications. Participants were not able to correctly estimate their HL level. Communication problems and lack of resident autonomy were identified as the biggest challenges to HL. Residents’ GPs were appraised mostly “positively” or “fairly”, apart from their ability to explain drug side effects and on how often they discussed nutrition during their appointments. Lastly, we found that conditions such as anxiety, depression, insomnia, pre obesity, and obesity were underreported by GPs. Conclusion NH residents are not properly informed about their diseases and therapeutic plans, and they point to physician patient communication issues and lack of autonomy as the main limiting factors. Practice implications We emphasise the need for HL campaigns, autonomy promotion within NHs, and healthcare provider communication training.
Uma baixa literacia em saúde está relacionada com piores outcomes de saúde; pior uso de serviços; menor adesão terapêutica e o cumprimento incorreto de planos terapêuticos. Neste estudo foi aplicado um questionário a uma amostra de 40 idosos com uma idade igual ou superior a 65 anos, sem déficits cognitivos/auditivos, residentes de Estruturas Residenciais Para Idosos (NHs) em duas cidades no sul da Europa. Esta investigação teve como objetivo analisar o conhecimento dos participantes acerca das suas patologias e medicação; avaliar a capacidade dos participantes classificarem corretamente o seu nível de conhecimento acerca das suas patologias e medicação; definir quais os principais obstáculos para uma melhor literacia dentro das NH; classificar a perceção dos residentes acerca dos seus médicos de família (GPs) como agentes promotores de literacia e averiguar se estes abordam os temas de exercício físico e nutrição no decorrer das suas consultas. Os participantes tinham, em média, 5.45 patologias, 9.3 prescrições e 11.4 comprimidos consumidos diariamente. Os participantes falharam em reportar as suas patologias de forma significativa (p<0.001), reportando 2.7 patologias em cada 10. Os participantes não evidenciaram um desconhecimento significativo da quantidade de comprimidos que consumiam (p=0.189), no entanto, participantes que consumiam menos de cinco comprimidos ou mais de dez falharam em reportar, de forma estatisticamente significativa (p<0.001), o nome e/ou funcionalidade da sua medicação. Por cada 10 comprimidos consumidos diariamente a amostra reportou que consumia 8.7 comprimidos, sendo capaz de nomear/explicar a funcionalidade de 3.3. Verificou-se que uma explicação “má” ou “muito má” por parte dos GPs acerca da medicação, uma explicação “razoável” dos GPs acerca das patologias, ser do sexo masculino, ter um maior número de patologias no registo clínico, e consumir uma maior quantidade de comprimidos diariamente afetou de forma significativa a percentagem de erro dos participantes ao reportarem a funcionalidade da sua medicação. Os residentes não conseguiram classificar corretamente o seu nível de conhecimento, não tendo sido encontrada uma associação estatisticamente significativa entre a perceção do conhecimento (relativo às patologias (p=0.737) e medicação (p=0.267)), e o conhecimento real dos participantes. Os residentes apresentaram problemas de comunicação com as equipas médicas e a sua falta de autonomia como os principais fatores limitantes da sua literacia. Os participantes classificaram a explicação dos seus médicos, acerca das suas patologias e medicação, de forma maioritariamente razoável ou positiva. Porém, a explicação de efeitos secundários foi classificada de forma predominantemente negativa. Por fim, verificou-se a desvalorização de certas condições de saúde pelos GPs e que nutrição é um tema pouco abordado durante as consultas (sendo que 70% dos participantes reportaram nunca terem discutido o tópico com o seu GP). Em contraste, apenas 22.5% dos participantes reportaram nunca ter discutido o tópico de exercício físico com o seu GP. Em suma, esta investigação demonstra que existe um baixo nível de literacia nas NH e realça a necessidade de desenvolver iniciativas para combater este déficit. Identificámos a necessidade de capacitar GPs com melhores estratégias de comunicação, de promover a autonomia de residentes em NHs, de evitar sobremedicar residentes, e de evitar mudanças frequentes das prescrições e/ou do formato/cor da medicação prescrita. Complementarmente, alertamos que profissionais de saúde estão a desvalorizar certas condições de saúde como ansiedade, depressão, insónia, pré-obesidade e obesidade. Estes profissionais devem ficar cientes destes lapsos, diagnosticar os seus pacientes, registar estes diagnósticos nos registos médicos, e medicar adequadamente. Por fim, destacamos a necessidade de habilitar e incentivar profissionais de saúde a abordar nutrição durante as suas consultas.

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Autonomia Comunicação em Saúde Estruturas Residenciais para Idosos Idosos Literacia em Saúde Medicina Geral e Familiar

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