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Motivações, Barreiras e Desafios para o Empreendedorismo Desportivo: O Género Fará a Diferença?
| datacite.subject.fos | Ciências Sociais::Ciências do Desporto | pt_PT |
| dc.contributor.advisor | Miragaia, Dina Alexandra Marques | |
| dc.contributor.author | Costa, Carla Daniela Moreira da | |
| dc.date.accessioned | 2024-04-03T15:44:29Z | |
| dc.date.available | 2024-04-03T15:44:29Z | |
| dc.date.issued | 2024-03 | |
| dc.description.abstract | A equidade de género em contextos de natureza organizacional tem sido um tema mundialmente debatido em várias áreas, onde o contexto desportivo não é exceção. Esta realidade é ainda muito expressiva, nomeadamente em circunstâncias onde as mulheres decidem desenvolver iniciativas de natureza empreendedora. Deste modo, as barreiras que estas ainda enfrentam para conseguir empreender é uma realidade que importa resolver. Por essa razão, é fundamental continuar a estudar este fenómeno no contexto desportivo, particularmente no âmbito do empreendedorismo feminino. A literatura tem indicado que a educação para o empreendedorismo pode ter um impacto muito positivo na intenção empreendedora dos estudantes, pelo que é interessante perceber qual a intenção empreendedora dos estudantes dos cursos de desporto. Por outro lado, é também essencial perceber se as Instituições de Ensino Superior demonstram preocupação em promover o empreendedorismo desportivo, em particular o empreendedorismo feminino, com vista a identificar se estas procuram encontrar formas de atenuar as barreiras que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho. Deste modo, neste estudo procurou dar-se resposta às questões levantadas anteriormente, tendo-se percebido que a literatura sobre empreendedorismo feminino no contexto desportivo é escassa. Além disso, foram identificadas barreiras que se podem sistematizar em três níveis, são eles: nível macro, nível meso e nível micro. No caso das barreiras de nível macro que englobam questões como as expetativas sociais, barreiras burocráticas, práticas institucionais, nomeadamente o pensamento negativo e falta de credibilidade por se tratar de uma mulher, foi possível verificar que estas são extremamente complexas de quebrar, uma vez que do ponto de vista social as responsabilidades familiares recaem fundamentalmente sobre as mulheres, dificultando a disponibilidade para estas empreenderem. No que diz respeito às barreiras de nível meso, onde são incluídos nomeadamente os estereótipos, a cultura organizacional, questões de discriminação, menor capacidade financeira ao ponto de afetar a viabilidade de pedidos de empréstimos, apurou-se que ainda existe dificuldade em dar credibilidades às mulheres empreendedoras, seja em relação aos colegas de trabalho, patrocinadores, fornecedores, mas também no que diz respeito às entidades bancárias. Por fim, quanto ao nível micro, onde estão incluídas barreiras que resultam da forma como as mulheres compreendem e valorizam as suas experiências e expetativas do ponto de vista organizacional, a forma como entendem as dinâmicas de poder, de políticas e de procedimentos no contexto organizacional, a falta de habilidades de gestão, menor nível educacional e o excesso de responsabilidades familiares, verificou-se que a educação para o empreendedorismo pode ser fundamental para empoderar as mulheres. Perante as barreiras identificadas e seguindo as orientações da literatura que apontam que a formação em contexto de ensino superior pode atuar como uma alavanca fundamental para o estímulo do empreendedorismo feminino, procurou estudar-se qual a intenção empreendedora dos estudantes de ensino superior da área do desporto. Os resultados indicaram que os estudantes têm confiança quanto às suas capacidades e competências empreendedoras e estão dispostos a assumir riscos, contudo dizem não ter conhecimento sobre quais os procedimentos práticos a seguir para a implementação de um negócio. Quando analisada a intenção empreendedora de acordo com o género, apurou-se que os estudantes do género masculino demonstram um maior interesse em empreender, mais confiança nas suas habilidades e competências empreendedoras, comparativamente com as mulheres. Por sua vez, do ponto de vista das Instituições de Ensino Superior, foi possível verificar que algumas delas têm vindo a demonstrar preocupação em aplicar estratégias de estímulo ao empreendedorismo desportivo, no entanto, quando o fazem é de forma aleatória. Desta forma, surge a necessidade de adotar diferentes ações estratégicas como a inclusão de unidades curriculares específicas, atividades extracurriculares, disponibilização de um gabinete dedicado ao empreendedorismo, no sentido de promover o empreendedorismo desportivo, e em particular o empreendedorismo feminino. Estes resultados poderão dar suporte ao desenvolvimento de políticas que permitam auxiliar na problemática da equidade de género, bem como incentivar mulheres para desenvolver iniciativas de empreendedorismo desportivo. Além disso, este estudo sugere uma readaptação do método de ensino-aprendizagem no contexto de ensino superior na área do desporto, de modo a adotar práticas pedagógicas mais diversificadas, abrangentes e mais próximas do contexto real do mercado de trabalho. Deste modo, o presente trabalho de investigação contribui para a criação de estratégias de intervenção mais claras e objetivas por parte dos diversos stakeholders, para que se possa alcançar uma cultura mais empreendedora, seja nas Instituições de Ensino Superior, como nas organizações e na sociedade em geral. Além disso, são dadas algumas sugestões para que a carreira empreendedora seja vista de igual modo, independentemente do género de quem exerce essa função. Por último, sugere-se que o próprio governo continue a desenvolver mecanismos que permitam o desenvolvimento de uma cultura mais empreendedora e equitativa. | pt_PT |
| dc.description.abstract | Gender equality in organisational contexts has been debated worldwide in various areas, including the sports context. This is still relevant, particularly when women decide to develop entrepreneurial initiatives. It is important to break down the barriers still faced in entrepreneurship and to continue studying the phenomenon in sport, particularly regarding female entrepreneurship. The literature indicates that entrepreneurship education can have a very positive impact on students’ entrepreneurial intention, and so it is interesting to find out the entrepreneurial intention of students on sports courses. It is also essential to understand whether Higher Education Institutions are concerned about promoting sport entrepreneurship, particularly female entrepreneurship, identifying whether they seek ways to lower the barriers faced by women in the labour market. This study aims to answer these questions, finding that the literature on female entrepreneurship in the sport context is scarce. The barriers identified can be systematized in three levels: macro, meso and micro. Barriers at the macro level include social expectations, bureaucratic barriers, institutional practices, and particularly the negative thought and lack of credibility due to being a woman. It was found that these are extremely difficult to break down, since from the social point of view, family responsibilities fall fundamentally on women, making it difficult for them to run a business. As for barriers at the meso level, including stereotypes, organisational culture, discrimination and lower financial capacity affecting the viability of requesting loans, there is still the difficulty of entrepreneurial women’s credibility, in relation to work colleagues, sponsors, suppliers and banking entities. Finally, at the micro level, including barriers resulting from how women understand and value their experiences and expectations from the organisational point of view, how they understand power, political and procedural dynamics in the organisational context, the lack of management skills, lower level of education and an excess of family responsibilities, entrepreneurship education may be fundamental for women’s empowerment. Given the barriers identified and following the indications in the literature that training in higher education can act as a fundamental lever in stimulating female entrepreneurship, the aim was to study the entrepreneurial intention of higher education students in the area of sport. The results indicate that students are confident in their entrepreneurial abilities and skills and are prepared to take risks, but say they lack knowledge of the practical procedures to follow in setting up a business. Analysis of entrepreneurial intention according to gender revealed that males show greater interest in being an entrepreneur, greater confidence in their entrepreneurial skills and competences than females. As for Higher Education Institutions, some of them were found to show concern about applying strategies to stimulate entrepreneurship in sport, but they do so randomly. It is therefore necessary to adopt different strategic actions such as including specific curricular units, extracurricular activities and a department devoted to entrepreneurship, in order to promote sport entrepreneurship, particularly among females. These results could support the development of policies to help in the question of gender equality, as well as encouraging women to develop entrepreneurial initiatives in sport. The study also suggests a re-adaptation of the teaching-learning method in the area of sport in higher education, in order to adopt more diversified, wide-ranging pedagogical practices that are closer to the real labour market. This research contributes to the creation of clearer, more objective intervention strategies by the various stakeholders, so as to achieve a more entrepreneurial culture in Higher Education Institutions, organisations and society in general. In addition, some suggestions are made so that the entrepreneurial career is seen in the same way, irrespective of the gender of the person performing that function. A final suggestion is that the government should continue to develop mechanisms that stimulate a more entrepreneurial and egalitarian culture. | pt_PT |
| dc.identifier.tid | 101657587 | pt_PT |
| dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.6/14357 | |
| dc.language.iso | por | pt_PT |
| dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ | pt_PT |
| dc.subject | Feminino | pt_PT |
| dc.subject | Género | pt_PT |
| dc.subject | Mulheres | pt_PT |
| dc.subject | Desporto | pt_PT |
| dc.subject | Empreendedorismo | pt_PT |
| dc.subject | Empreendedorismo Desportivo | pt_PT |
| dc.subject | Empreendedorismo Feminino | pt_PT |
| dc.subject | Intenção Empreendedora | pt_PT |
| dc.subject | Barreiras | pt_PT |
| dc.subject | Organizações Desportivas | pt_PT |
| dc.subject | Equidade de género | pt_PT |
| dc.subject | Discriminação | pt_PT |
| dc.subject | Programas | pt_PT |
| dc.subject | Ensino Superior | pt_PT |
| dc.subject | Educação | pt_PT |
| dc.subject | Carreiras Profissionais | pt_PT |
| dc.title | Motivações, Barreiras e Desafios para o Empreendedorismo Desportivo: O Género Fará a Diferença? | pt_PT |
| dc.type | doctoral thesis | |
| dspace.entity.type | Publication | |
| person.familyName | Costa | |
| person.givenName | Carla Daniela Moreira da | |
| person.identifier.ciencia-id | 1212-629F-9B9F | |
| rcaap.rights | openAccess | pt_PT |
| rcaap.type | doctoralThesis | pt_PT |
| relation.isAuthorOfPublication | 00c46db8-c0ef-4023-bc8a-f3a3ab1758b8 | |
| relation.isAuthorOfPublication.latestForDiscovery | 00c46db8-c0ef-4023-bc8a-f3a3ab1758b8 | |
| thesis.degree.name | Doutoramento em Ciências do Desporto | pt_PT |
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