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Carbon leakage and energy transition: essays on foreign direct investment, sustainable development, and international trade

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PhD Thesis_Rafaela Caetano_versãodefinitiva_signed.pdfDocumento em Acesso Embargado até dia 03-07-2027. Tente solicitar cópia ao autor carregando no ficheiro3.62 MBAdobe PDF Download

Abstract(s)

The ever-pressing quest for climate action and the consequent enlargement of environmental restrictions is reshaping current Global Value Chains (GVCs) and international trade patterns. As economic integration continues to evolve, there is evidence of international movements (investment and goods) towards the development of trade blocs with a concentration of pollution-intensive industries in developing countries, alongside significant deindustrialisation processes in many developed countries. As integration into GVCs has progressed, developing countries have found themselves further upstream, hosting polluting industries from developed countries (mainly through Foreign Direct Investment (FDI)), with the latter leading the way in climate action. But at what cost? In fact, the cost advantages emerging in developing countries are apparently coming at the expense of environmental quality. In addition, these movements have increased the external dependence of developed countries. Unprecedented global health and geopolitical crises have revealed the drawbacks of being highly integrated into GVCs. These drawbacks include the perceived concerns about countries’ sovereignty, undermined international competitiveness, and threatened fulfilment of consumer needs owing to potential supply shortages. These issues motivated the development of this thesis, which aims to gain a deeper understanding of what underpins the external dependence of developed countries and how it can be eased. To this end, seven empirical essays were developed. Environmental regulation is a widely recognised driver in the relocation of polluting industries. Why, then, does some literature support the unlikely transfer of polluting industries to developed countries? In fact, such transfers have been sustained solely based on the polluting effect of FDI in recipient countries. This thesis provides empirical evidence indicating that the pollutant impact of FDI in recipient countries is generally accompanied by an increase in the overall energy demand, predominantly supplied by non-renewable sources. Hence, to accurately evaluate the environmental impacts of FDI, an analysis of the recipient countries’ energy mix diversification should be undertaken before endorsing the transfer of industries. This thesis also sheds light on the vital role of the energy transition in recipient countries in softening the polluting impact of FDI. It should be pointed out, however, that the results reveal a potential lack of energy infrastructure in developing countries, which makes it more challenging for these countries to benefit from the energy transition.In this regard, the main findings of this thesis indicate that private participation in energy infrastructure investment encourages the energy transition in developing countries and mitigates the pollution associated with FDI. The downstream production of “environmentally friendly goods” in developed countries appears to rely on the upstream production of intermediate goods in developing countries. Additionally, the imports of intermediate goods from developing countries seem strongly encouraged by outward FDI from developed countries. These facts underline the relevance of assessing the overall environmental impact of goods from their early production (including pollution embodied in imports of intermediate goods) until their consumption. In fact, by resorting to carbon leakage, developed countries can maintain their position as leaders in climate action by polluting considerably less through production while polluting through consumption. Hence, environmental performance should cease to be exclusively measured through production-based environmental indicators. This thesis, therefore, provides empirical evidence that the external dependence of developed countries is rooted in the carbon leakage phenomenon by assessing the overall environmental impacts that might underlie the carbon leakage phenomenon, namely from the moment the investment flows out of developed countries until the moment the manufactured goods return to those economies. The energy transition has proved to have a fundamental role not only in mitigating the polluting impact of FDI in recipient countries (first, second, third, and fourth essays), but also in determining international investment and trade flows (fifth, sixth, and seventh essays). Although it may be driving carbon leakage, environmental regulation has proven to effectively reduce the external dependence of developed countries. Even though it can be considered a non-tariff barrier, enforcing environmental restrictions poses considerably low risks of trade retaliation compared to import tariffs, which are more likely to inhibit the benefits of competition. Notwithstanding, this strategy should not be exclusive; the energy transition must be pursued in parallel. The energy transition should no longer be seen merely as the substitution of fossil-fuel energy sources for renewable ones. In fact, the energy transition can trigger and entail considerable structural changes, reversing the deindustrialisation trajectory of developed countries, thus contributing to the development of robust GVCs.
A premente procura por ação climática e o consequente agravamento das restrições ambientais está a redesenhar as atuais cadeias de valor globais e os padrões do comércio. Com a evolução da integração económica, os movimentos internacionais de investimento e mercadorias evidenciam o desenvolvimento de blocos comerciais com uma concentração das indústrias intensivas em poluição nos países em desenvolvimento, a par de processos de desindustrialização significativos em muitos países desenvolvidos. À medida que a integração nas cadeias de valor globais foi progredindo, os países em desenvolvimento foram-se posicionando mais a montante, hospedando indústrias poluentes dos países desenvolvidos (principalmente através de Investimento Direto Estrangeiro (IDE)), estando estes últimos na vanguarda da ação climática. Mas a que custo? De facto, as vantagens em termos de custos que estão a emergir nos países em desenvolvimento são aparentemente obtidas em detrimento da qualidade ambiental. Para além disso, estes movimentos aumentam a dependência externa dos países desenvolvidos. As recentes crises sanitária e geopolítica sem precedentes expuseram os efeitos colaterais de uma forte integração nas cadeias de valor globais. Estas desvantagens incluem as preocupações à soberania dos países, a diminuição da competitividade internacional, e o comprometimento da satisfação das necessidades dos consumidores devido às potenciais falhas de fornecimento. Todos estes factos motivaram o desenvolvimento desta tese, cujo principal propósito é compreender de forma aprofundada o que está na base da dependência externa dos países desenvolvidos e como esta dependência pode ser atenuada. Para o efeito, foram desenvolvidos sete ensaios empíricos. A regulação ambiental é um impulsionador amplamente reconhecido da transferência de indústrias poluentes. Assim sendo, por que razão é que alguma literatura suporta a improvável transferência de indústrias poluentes para os países desenvolvidos? De facto, as transferências têm sido sustentadas apenas com base no efeito poluente do IDE nos países recetores. Esta tese fornece evidências empíricas que indicam que o impacto poluente do IDE nos países recetores é geralmente acompanhado por um aumento da procura de energia, predominantemente abastecida por fontes não renováveis. Assim, para avaliar com precisão os impactos ambientais do IDE, deve ser efetuada uma análise da diversificação do mix energético dos países recetores antes de apoiar a transferência de indústrias. Esta tese também destaca o papel primordial da transição energética nos países recetores para atenuar o impacto poluente do IDE. É de salientar, no entanto, que os resultados revelam uma potencial carência de infraestruturas energéticas nos países em desenvolvimento, o que dificulta a possibilidade de estes países beneficiarem da transição energética. Neste contexto, as principais conclusões desta tese indicam que a participação privada no investimento em infraestruturas energéticas incentiva a transição energética nos países em desenvolvimento e atenua a poluição associada ao IDE. A produção a jusante de bens “ambientalmente responsáveis” nos países desenvolvidos parece depender da produção a montante de bens intermédios nos países em desenvolvimento. Além disso, as importações de bens intermédios dos países em desenvolvimento parecem ser altamente encorajadas pela saída de IDE dos países desenvolvidos. Estes factos realçam a importância de avaliar o impacto ambiental global dos bens, desde a sua produção inicial (incluindo a poluição incorporada nas importações de bens intermédios) até ao seu consumo. De facto, recorrendo à fuga de carbono, os países desenvolvidos conseguem manter a sua posição enquanto líderes na ação climática, poluindo consideravelmente menos através da produção, embora poluam através do consumo. Por conseguinte, o desempenho ambiental deve deixar de ser medido exclusivamente através de indicadores ambientais baseados na produção. Esta tese fornece, portanto, evidências empíricas de que a dependência externa dos países desenvolvidos assenta no fenómeno da fuga de carbono, avaliando os impactos ambientais globais passíveis de estarem subjacentes ao fenómeno da fuga de carbono, nomeadamente desde o momento em que o investimento sai dos países desenvolvidos, até ao momento em que os bens produzidos regressam a essas economias. A transição energética demonstrou ter um papel fundamental não só para atenuar o impacto poluente do IDE nos países recetores (primeiro, segundo, terceiro e quarto ensaios), mas também na condução dos fluxos internacionais de investimento e mercadorias (quinto, sexto e sétimo ensaios). A regulação ambiental, pese embora possa encorajar a fuga de carbono, provou reduzir eficazmente a dependência externa dos países desenvolvidos. Apesar de poder ser considerada uma barreira não pautal/tarifária, a regulação ambiental apresenta riscos consideravelmente mais baixos de retaliação comercial em comparação com os impostos sobre as importações, que são mais suscetíveis de inibir os benefícios da concorrência. No entanto, esta estratégia não deve ser exclusiva; a transição energética deve ser levada a cabo paralelamente. A transição energética não deve ser vista apenas como a substituição de fontes de energia fósseis por fontes renováveis. De facto, a transição energética pode desencadear e implicar mudanças estruturas consideráveis, invertendo a trajetória de desindustrialização dos países desenvolvidos, contribuindo assim para o desenvolvimento de cadeias de valor globais robustas.

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Comércio Internacional Desenvolvimento Sustentável Diversificação do mix energético Fuga de Carbono Hipótese do Paraíso de Poluição Investimento Direto Estrangeiro Poluição Regulação Ambiental Transição Energética Carbon Leakage Energy Mix Diversification Energy Transition Environmental Regulation Foreign Direct Investment

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