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“Não quero morrer a ensinar”: Perspetivas de envelhecimento de pessoas LGBTQ+ com mais de 50 anos em Portugal

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Abstract(s)

Não obstante a sua jovem democracia, Portugal tem subido no ranking de legislação igualitária, no contexto europeu. Apesar disso, são ainda várias as formas de discriminação presentes nas vidas de pessoas LGBTQ+ com mais de 50 anos, que conviveram com o período da criminalização, invisibilização e patologização da sua existência. Esta discriminação, enraizada nas normas sociais que indicam a cis heteronormatividade como o caminho a seguir, impacta a saúde e bem-estar de pessoas LGBTQ+ idosas, que, por vezes, são levadas a “regressar ao armário” para receber cuidados na velhice. Ainda assim, não existem em Portugal respostas sociais dirigidas à população idosa LGBTQ+. Esta dissertação procura conhecer as perspetivas de envelhecimento de pessoas LGBTQ+ com mais de 50 anos em Portugal, enquanto explora os seus processos de autodescoberta, o experienciar de discriminação, a sua relação com os serviços de saúde, as suas redes de cuidados, assim como a sua relação com o movimento associativo LGBTQ+ português. A pesquisa segue uma abordagem qualitativa, com recurso a entrevistas semiestruturadas, que permitem valorizar a subjetividade das suas vivências e o seu conhecimento, em profundidade. Foram realizadas dez entrevistas, com pessoas LGBTQ+ entre os 51 e os 70 anos de idade, cujo conteúdo transcrito foi posteriormente submetido a uma análise categorial. A presente investigação permitiu conhecer os receios e as necessidades sentidas por pessoas LGBTQ+ com mais de 50 anos em relação ao seu processo de envelhecimento. São apontadas divergências com o atual movimento associativo LGBTQ+ português, assim como mudanças na prestação de cuidados de saúde a pessoas LGBTQ+ na velhice. E ainda, são desenhadas alternativas aos espaços de cuidados tradicionais existentes em Portugal para pessoas idosas, e nomeadas as condições que as mesmas devem ter para garantir a sua qualidade de vida.
Despite its young democracy, Portugal has risen in the ranking of equality legislation in the European context. Despite this, there are still various forms of discrimination present in the lives of LGBTQ+ people over the age of 50, who have lived through a period of criminalization, invisibilization and pathologization of their existence. This discrimination, rooted in social norms that indicate cis heteronormativity as the way forward, impacts on the health and well-being of older LGBTQ+ people, who are sometimes forced to “go back into the closet” in order to receive care in old age. Nevertheless, there are no social responses in Portugal aimed at the LGBTQ+ elderly population. This study aims to explore the aging perspectives of LGBTQ+ people over 50 in Portugal, while also looking at their processes of self-discovery, their experiencing of discrimination, their relationship with health services, their care networks, as well as their connection with the portuguese LGBTQ+ social movement. The research follows a qualitative approach, using semi-structured interviews, which allow us to value the subjectivity of their experiences and its in-depth knowledge. Ten interviews were conducted with LGBTQ+ people aged between 51 and 70, the transcribed content of which was then subjected to a categorical analysis. This research has provided insight into the fears and needs felt by LGBTQ+ people over 50 in relation to their ageing process. Differences with the current portuguese LGBTQ+ social movement are pointed out, as well as changes in the provision of health care to LGBTQ+ people in old age. Alternatives to traditional care facilities for older people in Portugal are also outlined, as well as the conditions they should have in order to guarantee their quality of life.

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Keywords

Associativismo Cuidados Envelhecimento Lgbtq+ Sexualidade

Pedagogical Context

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