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Authors
Abstract(s)
O Acidente Vascular Cerebral é considerado uma das principais causas de
mortalidade em todo o mundo, tirando a vida a 6.2 milhões de pessoas por ano. O nível
de incapacidade afeta, não só o doente, como também todo o seu sistema familiar.
Portugal tem 1.4 milhões de Cuidadores Informais, valor que tem vindo a aumentar por
consequência da pandemia. Neste sentido, a presente investigação teve como objetivo
avaliar os níveis de sobrecarga do CI do doente de AVC, tendo em conta a utilização de
estratégias de coping, nomeadamente, o desporto e a atividade física.
Os dados da amostra foram recolhidos através de uma plataforma construída
para o efeito onde foram esclarecidos os objetivos da investigação e todas as questões
éticas que lhe estão associadas. Os critérios de inclusão consistiam em ser Cuidador
Informal de um doente de AVC, com idade igual ou superior a 18 anos. Deste modo,
foram reunidas respostas de um total de 97 participantes, de nacionalidade portuguesa,
com uma média de idades de 51.39 anos (DP= 13.74).
O protocolo de investigação incluiu um Questionário Sociodemográfico, com o
intuito de recolher informações relativas aos participantes e ao cuidado informal, o
Questionário de Avaliação da Sobrecarga do Cuidador Informal (QASCI), de forma a
avaliar a sobrecarga física, emocional e social em Cuidadores Informais de doentes com
sequelas após AVC (Martins et al., 2004). A Escala Breve de Coping Resiliente (EBCR),
averiguando a capacidade do indivíduo para lidar com o stress de forma adaptativa,
através da avaliação de temáticas como o otimismo, a perseverança, a criatividade e o
crescimento positivo face às adversidades (Ribeiro & Morais, 2010), e por fim, o
Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), fornecendo informação acerca
do número de dias, horas e minutos que os indivíduos passam em atividade física
(Campaniço, 2016).
De um modo geral, os CI participantes na presente investigação apresentaram
níveis elevados de sobrecarga, tendo sido encontradas diferenças estatisticamente
significativas entre os indivíduos praticantes e não praticantes de desporto e atividade
física. Desta forma, os dados obtidos pretendem contribuir para o desenvolvimento de
intervenções mais adequadas às necessidades de cada CI e salientam a urgência de
implementar intervenções que visem potencializar estratégias de coping que otimizem o
papel e a qualidade de vida do CI. Assim, o presente estudo vem corroborar a ideia de que o desporto e atividade física se traduz numa estratégia de coping benéfica para quem
desempenha o papel de CI do doente de AVC.
Description
Keywords
Coping Cuidador Informal Desporto e Atividade Física Sobrecarga