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FCSH - DPE | Dissertações de Mestrado e Teses de Doutoramento

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  • Definição e Avaliação do Distress em Doentes Oncológicos: Uma Revisão Sistemática da Literatura
    Publication . Lima, Tiago Jorge Sousa; Carvalho, Paula Susana Loureiro Saraiva de; Pires, Ana Carla Seabra Torres
    Introdução: O distress psicológico é um fenómeno de extrema relevância em doentes oncológicos devido à sua alta prevalência, sobretudo quando os diagnósticos de cancro são cada vez mais frequentes. Estima-se que apenas um terço dos doentes com níveis de distress clinicamente significativos são direcionados para serviços de saúde mental. Reforça-se ainda que a maioria dos centros clínicos carecem de recursos para rastreios do distress. Assim sendo, o distress é uma condição psicológica debilitante que afeta o sujeito a nível físico, psicológico, social, espiritual e ocupacional, sendo entendido por um continuum que varia em grau de gravidade. Objetivos: Este estudo propõe reunir de forma sistemática informação relevante à operacionalização do distress, bem como aos instrumentos utilizados para avaliação deste processo. Para além desta componente de estado da arte, o trabalho propõe-se a incluir uma componente de revisão crítica, pretendendo contribuir para uma proposta futura de melhoria tanto para a operacionalização do distress como a avaliação do mesmo. Método: Os dados incluídos nesta revisão sistemática foram recolhidos através da seguinte meta base de dados: EBSCO, e as seguintes bases de dados: PsycArticles, PubMED e SCOPUS. Apenas foram selecionados artigos publicados depois de 2014 tendo em consideração critérios de inclusão e exclusão previamente definidos. Resultados: Importaram-se 1028 referências e foram excluídos 54 artigos duplicados. Entre as 974 referências, 934 foram excluídas por possuírem título, palavras-chave ou resumo incompatíveis com os objetivos traçados ao longo da investigação. Finalmente, com os 40 artigos obtidos, 3 foram excluídos pelo estudo de sobreviventes oncológicos de longa duração, 1 por ter uma população não oncológica e 9 não expressaram um foco sobre o distress, resultando em 27 artigos incluídos nesta revisão sistemática. Discussão: A maioria dos estudos obtidos não discrimina os participantes em função do diagnóstico ou protocolo de tratamento. Tal observação induz alguma preocupação, visto que o nível de distress varia consoante as variáveis previamente mencionadas. Assim, existe um risco em agrupar doentes oncológicos com níveis de distress dispersos que, por consequência, podem influenciar os resultados obtidos, a discussão e a conclusão consequentes. A definição do distress pelo NCCN é uma das mais utilizadas e completas no que concerne a captação da experiência que se revela tendencialmente negativa, de um doente oncológico. A avaliação do distress é tendencialmente marcada pelo recurso a Emotion Thermometers (ET), nomeadamente o Distress Thermometer (DT) e a Problem List (PL), como complemento e contexto aos resultados obtidos. A literatura analisada revela que a operacionalização do distress e a sua respetiva avaliação são frequentemente expostas a visões reducionistas, possivelmente insuficientes na compreensão total da vivência de um doente oncológico. Conclusão: A psico-oncologia precisa de melhorar a compreensão e avaliação do distress em pacientes oncológicos. A falta de uma visão holística e homogénea, bem como a utilização de instrumentos reducionistas, são problemas comuns. Apela-se a uma compreensão mais completa do distress como necessária para avaliar e comunicar de forma eficaz com outros profissionais de saúde e os respetivos doentes.
  • Perceção da coparentalidade e comportamento pró-social de crianças em idade escolar na perspetiva parental
    Publication . Rocha, Thatyana Oliveira Costa Moreira da; Alves, Marta Sofia Lopes Pereira
    O presente estudo busca compreender em maior profundidade de que forma as três dimensões da coparentalidade, cooperação, triangulação e conflito, influenciam no comportamento prósocial da criança. Para isso, foi pedido a pais e mães de crianças com idades compreendidas entre os 6 aos12 anos (famílias tradicionais e intactas) que preenchessem um questionário sociodemográfico, a versão portuguesa do Coparenting Questionnaire (CQ) e o questionário Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ). Com os resultados, foi possível concluir que a coparentalidade conflituosa é um preditor negativo do comportamento pró-social da criança, e que neste estudo, a cooperação e a triangulação não demonstraram ser um preditor significativo do comportamento pró-social das mesmas. Este estudo contribuiu para uma compreensão mais clara e aprofundada de como a coparentalidade influencia no comportamento e bem-estar de crianças em idade escolar.
  • Redes Sociais Pessoais, Tecnologias de Informação e Comunicação e Bem-Estar Subjetivo em Pessoas Idosas
    Publication . Pinto, Sílvia Maria Brazete; Cunha, Ana Isabel Silva Santos Barbosa; Sotero, Luciana
    O conhecimento da rede social pessoal (RSP) é fundamental, especialmente ao trabalhar com pessoas socialmente isoladas ou que enfrentam dificuldades. A integração das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) tem transformado as dinâmicas sociais, tornando essencial compreender o seu impacto no Bem-Estar Subjetivo (BES) na população mais envelhecida. O principal objetivo da presente investigação é contribuir para a compreensão (1) das caraterísticas estruturais e o atributo dos vínculos das RSP de pessoas idosas, (2) do tipo de utilidade e frequência de utilização das TIC, (3) dos níveis de BES, e, por fim (4) das inter-relações das RSP, utilização das TIC e BES. Para a presente investigação participaram 30 pessoas com mais de 65 anos, 20 do género feminino, com uma média de idades de 77.47 anos (DP = 9.24). Na recolha dos dados foram realizadas entrevistas semi-estruturadas que incluíram, para além da construção do Mapa de Rede Social Pessoal, a aplicação de um Questionário sobre o Uso de TIC e a Escala de Satisfação com a Vida (SWLS). Verificou-se que, na maioria dos participantes, as redes são predominantemente pequenas e amplas, sendo o quadrante mais representado o da família. Relativamente à densidade, as redes são maioritariamente coesas. A frequência de contactos com os elementos da rede é predominantemente diária e semanal, e a maioria dos elementos das RSP dos participantes reside nas proximidades. Relativamente à utilização das TIC, observa-se que os/as participantes comunicam com a sua RSP tanto presencialmente, como através de tecnologias, demonstrando uma aceitação e utilização considerável das TIC, seja no sentido de manter e fortalecer as relações sociais, seja na promoção de bem-estar e qualidade de vida. A maioria dos participantes sente receio ao usar os equipamentos, mas metade não relata dificuldades significativas no uso de TIC. Os dados obtidos sobre o BES oferecem uma visão positiva da perceção que os/as participantes têm das suas vidas. Verificou-se ainda uma associação significativa e positiva entre o tamanho das RSP e o total de TIC utilizadas. São discutidos os resultados e suas implicações para a promoção do BES em pessoas idosas.
  • O Medo de Progressão da Doença em Sobreviventes de Cancro na região da Beira Interior: A relação com a sintomatologia de ansiedade e de depressão e com a qualidade de vida
    Publication . Carrança, Andreia Maria Fernandes; Carvalho, Paula Susana Loureiro Saraiva de; Pires, Ana Carla Seabra Torres
    O presente estudo dedicou-se sobre a avaliação do medo de progressão da doença, relacionando-o com variáveis sociodemográficas e clínicas, sintomatologia de ansiedade e de depressão e a relação destas com a qualidade de vida dos sobreviventes de cancro da região da Beira Interior. Para tal, foi recolhida uma amostra de conveniência numa unidade hospitalar e num projeto comunitário da região. Os inquiridos deveriam responder ao protocolo de avaliação composto pelos seguintes instrumentos: Questionário Sóciodemográfico e Clínico, Patient Health Questionnaire (PHQ-9), Generalized Anxiety Disorder Scale (GAD-7), Fear of Progression Questionnaire-Short Form (FoP- Q-SF) e Quality of Life Questionnaire Core-30 (EORTC QLQ C-30). A amostra revelou níveis de medo da progressão da doença inseridos nos valores normativos, exibindo ainda diferenças entre sexos e níveis de habilitações literárias. Foi também assinalada a presença de uma relação entre a sintomatologia de depressão, de ansiedade e o medo da progressão da doença, além de associações negativas entre a qualidade de vida e essas variáveis. Estudos focados na avaliação de domínios como o medo de progressão da doença permitem conhecer o grupo de sobreviventes oncológicos de forma mais aprofundada e adaptar as intervenções e serviços prestados às suas necessidades.
  • Perceção dos efeitos do trabalho na comunidade, necessidades psicológicas no trabalho e bem-estar psicológico dos profissionais em contextos de intervenção social e comunitária
    Publication . Marques, Vera Lúcia da Silva; Alves, Marta Sofia Lopes Pereira
    Atualmente, tem-se verificado uma crescente preocupação com o funcionamento ideal dos funcionários e pelas experiências positivas no trabalho. O presente estudo procura analisar a associação entre a perceção dos efeitos do trabalho na comunidade (impacto social percebido, valor social percebido e compromisso afetivo) e a satisfação de necessidades psicológicas básicas (de autonomia, competência e relacionamento) dos profissionais em contextos de intervenção social e comunitária. Participaram neste estudo 200 profissionais que exercem as suas tarefas em contextos sociais e comunitários, em contacto direto com populações vulneráveis. Os instrumentos selecionados para a recolha de dados incluem o Questionário Sociodemográfico e Profissional; o instrumento de medida dos Efeitos Psicológicos das Características Relacionais do Trabalho (PERJCS); e a Escala de Necessidades Psicológicas Básicas no Trabalho (BPNWS). A criação da base de dados e posterior análise estatística de dados foi efetuada com recurso ao programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 29. Os resultados obtidos no estudo permitiram aferir que existe uma relação positiva entre as variáveis em estudo, sendo que os efeitos psicológicos das características relacionais do trabalho exercem um efeito preditor positivo nos níveis de satisfação das necessidades psicológicas básicas dos participantes. A evidencia encontrada suporta que as variáveis em estudo, nomeadamente, as características relacionais do trabalho e a satisfação das necessidades psicológicas básicas, estão positivamente relacionadas. No entanto, é importante salientar que há uma necessidade de realizar mais estudos nesta área que analisem quais características relacionais do trabalho estão associadas à satisfação de cada uma das necessidades psicológicas básicas.
  • Saúde mental em estudantes do ensino superior: Influência das estratégias de regulação emocional
    Publication . Souza, Thais Cavalcanti de Albuquerque Sá; Guimarães, Sandra Carina; Silva, Cláudia Maria Gomes Mendes da
    Introdução: A saúde mental tem sido uma temática que vem ganhando destaque ao longo dos anos, e isto porque muito se fala sobre as perturbações psicológicas na atualidade em diferentes contextos, principalmente no ensino superior com o ingresso de novos estudantes em um ambiente novo e desafiador. Devido a esta crescente relevância, o atual projeto de investigação teve como objetivo avaliar os níveis de psicopatologia e de bem-estar nos estudantes do ensino superior, bem como entender qual a relação entre o bem-estar destes estudantes e os sintomas psicopatológicos e as estratégias de regulação emocional adotadas pelos mesmos. Métodos: O estudo contou com a colaboração de estudantes de diferentes regiões de Portugal que estavam inscritos no Ensino Superior, em cursos variados, e que tinham no mínimo 18 anos. Os alunos responderam a um questionário sociodemográfico, bem como às escalas EADS-21 na versão adaptada para a população portuguesa por Pais-Ribeiro e colaboradores (2004), BERQ na versão adaptada para a população portuguesa por Guedes e colaboradores (2022) e o EMMBEP na versão adaptada para a população portuguesa por Monteiro e colaboradores (2012). Resultados: Foram encontrados baixos níveis de ansiedade, depressão e stress nos alunos, assim como foi possível averiguar indicadores positivos de bem-estar na amostra. Destacamos também uma associação positiva entre bem-estar e estratégias de regulação emocional e uma correlação negativa entre sintomas psicopatológicos e o bem-estar. Posto isso, identificamos que a psicopatologia e as estratégias de regulação emocional mostraram no presente estudo ter uma capacidade explicativa significativa sobre o bem-estar psicológico dos estudantes.
  • Rotinas da Criança e Problemas Socioemocionais e de Comportamento em Idade Pré-Escolar: Perceção Materna e Paterna
    Publication . Santos, Matilde Almeida; Cunha, Ana Isabel Silva Santos Barbosa; Major, Sofia de Oliveira
    Durante a idade pré-escolar, as rotinas exercem um papel fundamental na vida diária das crianças. O surgimento de problemas socioemocionais e comportamentais nesta faixa etária é comum, apesar da dificuldade existente na sua identificação, tendo em conta as características das crianças desta idade. Tem sido fundamentada a importância de recorrer a diversos informadores de forma a obter várias perspetivas acerca do funcionamento de crianças em idade pré-escolar, nomeadamente mães e pais. Este estudo tem como objetivo analisar e comparar as perceções materna e paterna acerca das rotinas e dos problemas socioemocionais e de comportamento de crianças em idade préescolar, para além de analisar a relação entre estas duas variáveis. A amostra é constituída por 126 participantes, 63 mães e 63 pais de crianças entre os 3 e os 6 anos (M = 4.30; DP = 1.03), que preencheram, separadamente, as versões portuguesas do Child Routines Questionnaire: Preschool (CRQ:P), instrumento que avalia as rotinas em contexto familiar de crianças e do Strenghts and Difficulties Questionnaire (SDQ-Por), que avalia o ajustamento psicológico de crianças e jovens. Os resultados revelam que existe um acordo entre mães e pais que varia entre fraco e forte (r = .36-.62) relativamente à frequência das diversas dimensões das rotinas de crianças em idade préescolar. Indicam ainda que as mães, quando comparadas com os pais, avaliaram as crianças com uma maior frequência de rotinas associadas à Vida Diária. Para os problemas socioemocionais e de comportamento, os resultados apontam para um grau de acordo mãe-pai que oscila entre fraco e forte (r = .34-.65). Não se verificam diferenças estatisticamente significativas entre os informadores no que concerne os problemas socioemocionais e comportamentais. A análise do acordo mãe-pai ao nível dos itens do CRQ:P e do SDQ-Por indicou um grau de acordo mais elevado para itens referentes a rotinas relacionadas com educação e atenção positiva e para comportamentos relacionados com sintomas emocionais. As correlações entre as rotinas e os problemas socioemocionais e de comportamento apontam (preenchimento pelas mães) para uma associação positiva entre a Disciplina (CRQ:P) e a Hiperatividade/Défice de Atenção (SDQ-Por); e para uma associação negativa entre a Vida Diária (CRQ:P) e a Hiperatividade/Défice de Atenção, Sintomas Emocionais e Total de Dificuldades (SDQPor), quando o informador é o pai. Verificou-se ainda, para os pais, uma associação negativa entre a Educação/Atenção Positiva (CRQ:P) os Sintomas Emocionais (SDQPor) e entre o Total de Rotinas (CRQ:P) e a Hiperatividade/Défice de Atenção (SDQPor). Por fim, são discutidos os resultados de acordo com a literatura e apontadas as contribuições, implicações e limitações do estudo.
  • MyStreets - Programa de Reminiscência com Realidade Virtual: construção e estudo de viabilidade
    Publication . Figueiredo, Mariana Marques de; Afonso, Rosa Marina Lopes Brás Martins; Amaral, Ana Paula Saraiva
    As Terapias Não Farmacológicas (TNF’s) utilizadas na gestão da demência têm vindo a recorrer às novas tecnologias como ferramentas de intervenção terapêutica. A Realidade Virtual (RV) tem-se revelado uma ferramenta útil na Terapia de Reminiscência (TR), podendo promover diversão, relaxamento e a melhoria do bem-estar geral da Pessoa com Demência (PcD). Este estudo tem como objetivos construir um programa de reminiscência com RV, analisar a sua viabilidade e avaliar o impacto no Bem-Estar Subjetivo (BES) e na Memória Autobiográfica (MA) dos participantes. O programa de reminiscência com RV, denominado MyStreets, foi construído com base na revisão da literatura e reflexão sobre a temática. O estudo de viabilidade foi realizado com 32 participantes residentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, com idades compreendidas entre os 61 e os 95 anos (M = 83.9, DP = 8.8), que foram divididos em dois grupos (controlo e experimental). O MyStreets é um programa de 10 sessões de exercícios de reminiscência baseados na apresentação de locais exteriores significativos com recurso à RV. Foi realizada uma avaliação pré e pós-intervenção recorrendo a instrumentos de avaliação psicológica. Os resultados indicaram melhorias significativas no grupo experimental, na sintomatologia depressiva (Z = - 2.18, p = .029) e ansiógena (Z = - 2.37, p = .018) e na MA, tanto um aumento significativo do número de MA’s evocadas (Z = - 2.01, p = .045), como de MA’s específicas (Z = - 3.24, p = .001) e positivas (Z = - 1.99, p = .046). Constataram-se, ainda, melhorias no bem-estar, elevados níveis de sensação de presença e a inexistência de sintomas adversos associados à exposição à RV. Os resultados sugerem que o programa MyStreets promove efeitos positivos na MA e melhorias na sintomatologia depressiva e ansiógena, sendo necessários estudos mais robustos para a análise do seu impacto e melhorias ao programa.
  • O bem-estar em indivíduos com perturbações do neurodesenvolvimento: Uma revisão sistemática da literatura
    Publication . Pereira, Maria Inês de Matos; Costa, Vítor; Oliveira, Ema Patricia de Lima
    A investigação aqui apresentada teve como principal objetivo rever a literatura recente sobre o bem-estar em pessoas com perturbações do neurodesenvolvimento. Esta revisão focou-se inicialmente em todas as perturbações do neurodesenvolvimento, no entanto, face ao volume de estudos existentes, optou-se por selecionar apenas as mais frequentes na literatura sobre o tema: a Perturbação do Espetro do Autismo (PEA), a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), a Perturbação do Desenvolvimento da Linguagem e a Dislexia. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura (RSL) tendo como base o modelo PRISMA. A pesquisa foi efetuada nas bases de dados SCOPUS e PubMed, circunscrevendo-se a artigos científicos publicados entre 2018 e 2014 e relativos a estudos com recolha de dados primários. Foram analisados globalmente 535 artigos, dos quais 53 submetidos para leitura integral. Por fim, com base na aplicação dos critérios de inclusão definidos, foram selecionados 33 artigos científicos. Os resultados obtidos apontam para um conjunto diversificado de preditores e de mediadores do bem-estar em pessoas neurodivergentes, nomeadamente características associadas às perturbações do neurodesenvolvimento. No geral, conclui-se que os níveis de bem-estar na população neurodivergente são inferiores, comparativamente com a população neurotípica, justificando a relevância e a necessidade de um maior investimento em intervenções eficazes junto desta população, no sentido de melhorar a sua saúde mental e satisfação com a vida.
  • Avaliação do Distresse Psicológico relacionado com a Diabetes, do Otimismo Disposicional e do Autocuidado em pacientes diagnosticados com Diabetes Mellitus tipo 2
    Publication . Oliveira, Maria Clara Durvino de; Carvalho, Paula Susana Loureiro Saraiva de; Silva, Cláudia Maria Gomes Mendes da
    Antecedentes: Atualmente, os fatores associados ao progresso clínico da Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) abrangem uma gama mais ampla do que os tradicionais fatores clínicos. Sendo uma doença crónica, a gestão da diabetes e a convivência a longo prazo com as suas exigências influenciam significativamente os aspectos psicológicos e comportamentais dos pacientes. Objetivo: Pretendeu-se analisar a relação entre o Autocuidado, o Distresse Psicológico relacionado com a diabetes e o Otimismo Disposicional em pacientes com DM2. Método: Participaram71 indivíduos com diagnóstico de DM2, com idades compreendidas entre 43 e 91 anos, utentes do Departamento de Diabetologia da Unidade Local de Saúde da Cova da Beira. Os participantes responderam a um questionário sociodemográfico e 3 questionários de autorelato: ‘’Escala de actividades de autocuidado com a diabetes’’, “Problem Areas In Diabetes5” e ‘’Revised Life Orientation Test’’, nas suas versões adaptadas para português. Resultados: Em relação aos níveis totais, o Autocuidado apresentou uma média de 5 dias por semana, o Distresse Psicológico relacionado com a diabetes apresentou níveis ligeiramente acima do ponto de corte, e o Otimismo Disposicional apresentou níveis acima da média. Não foram encontradas correlações significativas entre o Autocuidado e o Otimismo Disposicional, nem com o Distresse Psicológico. No entanto, verificou-se uma correlação significativa entre o Otimismo Disposicional e o Distresse Psicológico relacionado com a diabetes. Conclusões: Concluiu-se que, embora o otimismo possa reduzir o distresse psicológico dos pacientes, ele, por si só, não é suficiente para melhorar os comportamentos de autocuidado ou aumentar a adesão ao tratamento.