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Impacto Socioeconómico e Sanitário da Pandemia do COVID-19 em Angola: consequências no núcleo familiar na Província de Benguela

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Abstract(s)

O foco na pandemia do COVID-19 elevou em todo o mundo a complexidade da gestão da saúde e o cenário pandémico serviu como um verdadeiro teste de gestão organizacional das entidades de saúde de diferentes vertentes, desafiadas a dar respostas exequíveis e eficazes para o combate do vírus. Angola, assim como outros países em desenvolvimento, foi votada a um processo de rápido crescimento do COVID-19 entre as populações, tendo em vista as condições sanitárias ainda deficitárias, herdadas de quase quatro décadas de guerra civil que devastou o país em todas as esferas, inclusive a da saúde, (OMS, 2019). O presente tema encontra a sua relevância para a Gestão de Unidades de Saúde na necessidade de desenvolver uma visão holística quanto as políticas de saúde das populações. Trata-se de um estudo observacional exploratório de abordagem quantitativa, com o objetivo de analisar as consequências socioeconómicas e sanitárias com o surgimento da pandemia do COVID-19 e seu impacto no tratamento das doenças correntes numa população do interior de Angola. Após aplicação de um questionário sobre a população de estudo - 114 famílias da cidade de Benguela - procedeu-se ao processamento dos dados por intermédio do SPSS Statistic, obtendo resultados que indicaram correlações médias das variáveis socioeconómicas e sanitárias levantadas, piores durante a pandemia, quando comparadas com o tempo pré pandémico. Conclui-se que, de forma geral, a pandemia do COVID-19 trouxe um impacto negativo sobre as famílias de Benguela, amortecido com a carência residual em Angola, que levou a população a se acomodar com mais naturalidade frente aos danos diretos da pandemia, mas, que sofreu efeitos indiretos intensos, com o aumento da escassez económica e sanitária com consequências de mortes por outras doenças infeciosas.
The focus on the pandemic of COVID-19 raised the complexity of health management worldwide, and the pandemic scenario served as a true test of organizational management of health organizations of different strands, challenged to provide feasible and effective responses to combat the virus. Angola, like other developing countries, was voted to a process of rapid growth of COVID-19 among the populations, in view of the still deficient sanitary conditions, inherited from almost four decades of civil war that devastated the country in all spheres, including health, (WHO, 2019). The present topic finds its relevance for Health Unit Management in the need to develop a holistic view regarding the populations' health policies. This is an observational exploratory study of quantitative approach, with the objective of analyzing the socioeconomic and health consequences with the emergence of the pandemic of COVID-19 and its impact on the treatment of current diseases in a population in the interior of Angola. After applying a questionnaire on the study population - 114 families in the city of Benguela - the data were processed using SPSS Statistic, obtaining results that indicated average correlations of the socioeconomic and health variables raised, worse during the pandemic, when compared to the pre-pandemic time. It is concluded that, in general, the pandemic of COVID-19 brought a negative impact on families in Benguela, cushioned with the residual shortage in Angola, which led the population to accommodate more naturally in the face of direct damage of the pandemic, but, which suffered intense indirect effects, with the increase of economic and health shortages with consequences of deaths from other infectious diseases.

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Angola Covid-19 Impacto Pandemia

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