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Arquitetura Humanitária e Covid-19: contributos (inter)disciplinares para o projecto de um parque de saúde

dc.contributor.authorMartins, A. Nuno
dc.contributor.authorFernandes, Miguel Santiago
dc.date.accessioned2022-04-22T11:55:15Z
dc.date.available2022-04-22T11:55:15Z
dc.date.issued2022-04-21
dc.descriptionEnquadrada na dimensão humanitária da arquitectura, devo sublinhar-se a actualidade da relação que aqui se procura esclarecer entre arquitectura e a pandemia causada pelo vírus SARS-CoV 2. Pandemia que culminou num desastre biológico sem precedentes. Recordam-se os números de vítimas à data de 20 de Janeiro de 2022, a partir dos dados da Organização Mundial de Saúde: cerca de um milhão e meio de infectados e 19 mil mortos só em em Portugal, quase 300 milhões de contagiados e 5 milhões e meio de vítimas mortais em todo o mundo, entre as quais 18 mil profissionais de saúde (mais de 28 mil profissionais infectados em Portugal com várias dezenas de vítimas mortais). As perdas provocadas pela pandemia podem ser medidas a partir de vários indicadores. Um das que mais se tem falado na comunicação social, para além das insubstituíveis vidas humanas, é, naturalmente, o económico. Os sucessivos lockdowns, a paralisação forçada de empresas e serviços resultaram em déficits económicos nunca antes experimentados e muitos milhões de desempregados em muito curto espaço de tempo. Para evitar o colapso financeiro, os governos e organizações internacionais tomaram medidas drásticas, subsidiando famílias e agentes económicos mais severamente afectados. Os impactos da pandemia tem porém dimensões ocultas que a arquitectura não esconde, antes coloca em evidência, e que tem a ver com as restrições ao convívio, e em particular, ao contacto entre doentes hospitalizados, com maior ou menor gravidade, e seus familiares. Para ir directo ao assunto, a situação mais chocante é a que resulta da proibição de visitas em hospitais e residências de pessoas idosas: originou que as pessoas internadas com sintomas graves viessem a estar longos períodos em total isolamento e em muitos casos a falecer sem terem tido oportunidade de se despedir de seus entes queridos. Nem o posterior uso de vídeo-chamadas, através de equipamentos digitais móveis, para mitigar o impacto do distanciamento, conseguiu minimizar a tragédia que se instalou em famílias onde se abateu a fatídica doença. Por outro lado, os profissionais de saúde foram duramente sacrificados, sendo obrigados a trabalhar em unidades de saúde genéricas e que, ainda que esforçadamente adaptadas, revelavam-se impreparadas para evitar o contágio. Embora dispondo progressivamente de acessórios de proteção individual (luvas, viseiras, óculos e fardas), médicas, enfermeiras e e auxiliares sujeitaram-se a trabalhar em áreas comuns, pouco ventiladas, como se não estivessem a lidar com um vírus altamente contagioso, por contacto físico com objectos mas, sobretudo, como logo se percebeu, por via aérea-respiratória. O programa funcional da unidade de cuidados intensivos para a COVID-19 foi debatido e construído em conjunto com os alunos, num momento de tensão, com dúvidas quanto ao impacto da pandemia que vinha aí, e incertezas quanto ao sistema de aulas a adoptar pela universidade. Assim, aderindo de imediato às plataformas digitais de comunicação, tipo Zoom, fomos todos para casa pesquisar como podíamos dar um contributo para a resolução do problema. Sim, estávamos convictos que podíamos dar um contributo, pois se tinha a ver com transmissão aérea (de um vírus) tinha a ver com espaços, com sua arquitetura e sua ventilação. Enquanto nos adaptamos às aulas online, começámos por estudar a legislação para espaço hospitalares associados a doenças infecto-contagiosas .pt_PT
dc.description.abstractAs páginas seguintes reúnem uma síntese de alguns dos trabalhos dos alunos bem como das intervenções dos convidados no webinar “Arquitectura Humanitária e COVID-19”, transformados pelos próprios em pequenos capítulos deste livro preocupadamente pedagógico. Espera-se que os diversos contributos disciplinares possam ser úteis para explorar ao nível do ensino a relação arquitetura e saúde. E que sirvam para o reforço desta relação, através de um diálogo entre saberes disciplinares. Saberes esses que a história da arquitectura e das doenças do foro respiratório, interceptadas na riquíssima experiência dos sanatórios para a tuberculose, bem como esta primeira abordagem multidisciplinar da pandemia que vivemos, demonstram serem convergentes.pt_PT
dc.description.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersionpt_PT
dc.identifier.citationMartins. A.Nuno , Fernandes, M., 2022, Arquitetura Humanitária e Covid-19: contributos (inter)disciplinares para o projecto de um parque de saúde, Universidade da Beira Interior, Covilhã, ISBN:978-989-654-824-7pt_PT
dc.identifier.doihttps://doi.org/10.25768/654-824-7
dc.identifier.isbn978-989-654-824-7
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.6/12218
dc.language.isoporpt_PT
dc.peerreviewedyespt_PT
dc.publisherUniversidade da Beira Interiorpt_PT
dc.subjectArquitectura de Sanatóriospt_PT
dc.subjectArquitecturapt_PT
dc.subjectArquitectura e Saúde Publicapt_PT
dc.subjectPandemiapt_PT
dc.titleArquitetura Humanitária e Covid-19: contributos (inter)disciplinares para o projecto de um parque de saúdept_PT
dc.typebook
dspace.entity.typePublication
person.familyNameMartins
person.familyNameMendes do Amaral Santiago Fernandes
person.givenNameAfonso Nuno Henrique
person.givenNameMiguel João
person.identifierhttps://scholar.google.com/citations?user=obVQPfwAAAAJ&hl=en
person.identifier.ciencia-id9D1C-6CB0-1ABB
person.identifier.ciencia-id401D-101C-47A3
person.identifier.orcid0000-0002-9692-8537
rcaap.rightsopenAccesspt_PT
rcaap.typebookpt_PT
relation.isAuthorOfPublication0ff0a75e-0556-466c-afbb-b1132d26b060
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