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Desenvolvimento de um modelo ex vivo de envelhecimento em culturas organotípicas de hipocampo

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A expectativa de vida aumentou consideravelmente nas últimas décadas. Relatórios das Nações Unidas revelam que o número de pessoas com mais de sessenta anos de idade está a aumentar mais rapidamente que em grupos etários mais jovens em todo o mundo. O envelhecimento é um processo fisiológico, com diversos mecanismos que podem desencadear efeitos cruciais no surgimento de doenças neurodegenerativas. A principal característica do envelhecimento é a acumulação de células senescentes, no qual, o stress oxidativo, está implicado diretamente. Diante da complexidade do envelhecimento, é imprescindível a compreensão dos mecanismos moleculares relativos a esse processo. Atualmente, os modelos experimentais utilizados para investigar o envelhecimento cerebral são in vitro e in vivo, que por sua vez, trazem algumas desvantagens. Como tal, o objetivo deste trabalho foi estabelecer um novo modelo ex vivo de envelhecimento cerebral, utilizando o composto terc-butil hidroperóxido (t-BHP) em culturas organotípicas de hipocampo de murganhos C57BL/6J com 6 a 9 dias de idade. As culturas foram expostas a um tratamento subcrónico com t-BHP com o objetivo de induzir stress oxidativo, e consequentemente, a senescência. A indução de senescência celular foi avaliada através do ensaio da ßgalactosidase, enquanto a viabilidade celular foi avaliada através do ensaio de lactato desidrogenase (LDH). A expressão dos marcadores de senescência (SA-ß-gal), stress oxidativo (SOD2), sobrevivência e atividade neuronal (NeuN e DCX), foram analisados por Western blotting. Verificou-se que o t-BHP (10µM e 25µM) não induziu um aumento na atividade da ß-galactosidase, sugerindo que este tratamento não foi capaz de induzir senescência. Contudo, o tratamento com 25µM t-BHP induziu morte celular avaliada através do ensaio LDH. Foi verificada uma tendência no aumento da expressão de SOD2 (com a concentração de 25µM t-BHP), e quanto à sobrevivência e dinâmica neuronal, não foram observadas alterações significativas. Em suma, os resultados sugerem que a indução da senescência, nos parâmetros utilizados neste estudo, não foi suficiente para o estabelecimento do modelo. Para se alcançarem conclusões mais robustas, será necessário realizar-se estudos adicionais de mecanismos de stress oxidativo e senescência celular em culturas organotípicas de hipocampo.
Life expectancy has increased considerably in recent decades. United Nations Reports reveal that the number of people over sixty years of age is increasing faster than younger age groups across the world. Aging is a physiological process, with several mechanisms that can trigger crucial effects in the etiology of neurodegenerative diseases. The main characteristic of aging is the accumulation of senescent cells. However, oxidative stress is directly implicated. Given the complexity of aging, it is necessary to understand the molecular mechanisms related to this process. Currently, the experimental models used to investigate brain aging are in vitro and in vivo, which in turn, bring some disadvantages. Therefore, the objective of this work was to establish a new ex vivo model of brain aging, using the compound tert-butyl hydroperoxide (tBHP) in organotypic hippocampal cultures of C57BL/6J mice aged 6 to 9 days. The cultures were exposed to a sub chronic treatment with t-BHP with the aim of inducing oxidative stress, and consequently senescence. The induction of cellular senescence was assessed using the ß-galactosidase assay, while cellular viability was assessed using the LDH assay. The expression of senescence markers (SA-ß-gal), oxidative stress (SOD2), survival and neuronal activity (NeuN and DCX), were assessed by Western blotting. It was found that t-BHP (10uM and 25µM) did not induce an increase in ß-galactosidase activity, indicating that this treatment was not capable of inducing senescence. However, treatment with 25µM t-BHP induced cell death assessed through the LDH assay. A trend of increased SOD2 expression was obtained at the concentration of 25µM and regarding neuronal survival and dynamics, no significant changes were observed. In short, the results suggest that the induction of senescence, in the parameters used in this study, were not sufficient to establish the model. To achieve more robust lessons, more studies of mechanisms of oxidative stress and cellular senescence in organotypic hippocampal cultures will be necessary.

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Culturas Organotípicas de Hipocampo Nvelhecimento Senescência Celular Stress Oxidativo

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