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Sintomas de olho seco em estudantes universitários

datacite.subject.fosCiências Médicas::Ciências da Saúde::Ciências da Visãopor
dc.contributor.advisorNunes, Amélia Maria Monteiro Fernandes
dc.contributor.authorSanches, Ana Lúcia Preizal
dc.date.accessioned2023-02-20T16:24:37Z
dc.date.available2023-02-20T16:24:37Z
dc.date.issued2022-07-26
dc.date.submitted2022-06-28
dc.description.abstractA Síndrome de Olho Seco (SOS) é caracterizada por uma doença multifatorial do olho e da superfície ocular que resulta em sintomas de desconforto visual e pode ser acompanhada por distúrbios visuais e instabilidade do filme lacrimal. Estima-se que na população universitária e adultos jovens, a taxa de SOS seja mais reduzida, quando comparada a uma população geriátrica, sendo muitas das vezes desvalorizada tanto pela população como pelos profissionais de saúde. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo estimar a prevalência sintomática de olho seco numa população universitária. Como objetivo secundário pretende-se analisar potenciais associações entre o nível de sintomas de SOS na população em estudo, com os principais fatores de risco identificados na literatura. Métodos: Participaram 652 estudantes com idades compreendidas entre os 18 e 40 anos de idade. Os sintomas de olho seco foram avaliados através do questionário SPEED na versão portuguesa. Foram ainda recolhidos dados relativos a fatores sociodemográficos, clínicos e comportamentais. A análise de dados foi efetuada com recurso ao software EXCEL e SPSS. Efetuaram-se as estatísticas descritivas das variáveis em estudo e verificou-se se os dados da pontuação SPEED seguiram uma distribuição normal, pelo teste Kolmogorov-Smirnov. Não se verificou o pressuposto da normalidade da distribuição, pelo que se estudaram as diferenças da pontuação sintomática para diversos fatores, com estatística não paramétrica (Mann Whitney, Kruskal-Wallis) e Dunn’s Multiple comparisions). Todos os testes estatísticos foram interpretados para o nível 0,05. Resultados: Obteve-se uma prevalência sintomática de olho seco de 66,3%, na amostra estudada. Este estudo mostrou ainda que, segundo as características sociodemográficas analisadas, foram observadas diferenças estatisticamente significativas na pontuação sintomática SPEED considerada entre géneros, com o sexo feminino a reportar mais sintomas. Relativamente aos fatores clínicos analisados (tipo de compensação ótica habitualmente utilizada, toma de medicação e toma da pílula) encontraram-se diferenças significativas na pontuação sintomática para todos os fatores, obtendo mais sintomas quem utiliza qualquer tipo de compensação ótica, quem toma medicação e mulheres que tomam a pílula anticoncecional. Segundo os fatores comportamentais, encontraram-se diferenças significativas segundo as horas de sono, com sujeitos que dormem menos de 6h de sono com mais sintomas do que quem dorme mais, um maior número de sintomáticos para quem utilizou gotas de lubrificação ocular e mais reporte de sintomas de secura ocular para quem utilizou máscaras de proteção. Conclusão: Este estudo mostrou que a prevalência de sintomas de olho seco na população universitária é alta, tendo-se encontrado uma taxa de 66,3%, com a ferramenta de diagnóstico SPEED. Os fatores de risco geralmente são apontados para populações com idades mais avançadas, tais como o sexo, o uso de compensação ótica, toma de medicação, toma da pílula, número de horas de sono, uso de lubrificantes oculares e uso de máscara facial, também se verifica serem fatores que influenciam a sintomatologia de olho seco, em estudantes universitários. Estes achados podem aumentar a consciencialização na população jovem sobre a SOS e fornecer informações sobre os hábitos modificáveis para o aumento desta condição em estudantes universitários.por
dc.description.abstractDry Eye Syndrome is characterized by a multifactorial disease of the eye and ocular surface that results in symptoms of visual discomfort and may be accompanied by visual disturbances and tear film instability. It is estimated that in the university population and young adults, the rate of dry eye syndrome is lower when compared to a geriatric population, and is often undervalued by both the population and health professionals. Objective: This work aims to estimate the symptomatic prevalence of dry eye in a university population. As a secondary objective, we intend to analyze potential associations between the level of SOS symptoms in the study population, with the main risk factors identified in the literature. Methods: 652 students aged between 18 and 40 years participated. Dry eye symptoms were assessed using the Portuguese version of the SPEED questionnaire. Data on sociodemographic, clinical, and behavioral factors were also collected. Data analysis was performed using EXCEL and SPSS software. Descriptive statistics of the variables under study were performed and the study of the differences of the symptomatic score according to the various factors was inferred with non-parametric statistics (Mann Whitney, Kruskal-Wallis and Dunn's Multiple comparisons), due to the violation of the assumption of normality of the distribution of the SPEED symptomatic score, assessed by the Kolmogorov-Smirnov test. Results: A symptomatic prevalence of dry eye of 66.3% was obtained in the studied sample. This study also showed that according to the sociodemographic characteristics analyzed, statistically significant differences were observed in the SPEED symptomatic score between genders, with females reporting more symptoms. Regarding the clinical factors analyzed (type of optical compensation usually used, taking medication and taking the contraceptive pill), significant differences were found in the symptomatic score for all factors, with more symptoms being reported by those using any type of optical compensation, those taking medication and women taking the contraceptive pill. According to behavioral factors, significant differences were found according to hours of sleep, with subjects who slept less than 6h of sleep having more symptoms than those who slept more, a greater number of symptomatic for those who used eye lubrication drops, and more reporting of dry eye symptoms for those who used protective masks. Conclusion: This study showed that the prevalence of dry eye symptoms in the university population is high, with a 66.3% rate found with the SPEED diagnostic tool. Risk factors are usually pointed out for older age populations, such as gender, use of optical compensation, taking medication, taking the contraceptive pill, number of hours of sleep, use of ocular lubricants, and use of face mask, are also found to be factors that influence dry eye symptomatology in university students. These findings may increase awareness in the young population about SOS and provide information on modifiable habits for increasing this condition in university students.eng
dc.identifier.tid203226747
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10400.6/13051
dc.language.isoporpor
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/
dc.subjectEstudantes Universitáriospor
dc.subjectFatores de Riscopor
dc.subjectOlho Secopor
dc.subjectQuestionário Speedpor
dc.subjectSintomaspor
dc.titleSintomas de olho seco em estudantes universitáriospor
dc.typemaster thesis
dspace.entity.typePublication
rcaap.rightsopenAccesspor
rcaap.typemasterThesispor
thesis.degree.name2º Ciclo em Optometria em Ciências da Visãopor

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