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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Background: Aortic valve stenosis is the most common adult valve disease in
industrialized countries. The ageing population and the rising in comorbidities urges the
development of safer alternatives to the current surgical treatment. Sutureless bioprosthesis
have shown promising results, especially in technically difficult procedures and as more
patients need concomitant surgeries.
Objectives: Assess the clinical and hemodynamic performance, safety, and durability of
the Perceval valve in isolated aortic valve replacement surgery and in concomitant
procedures.
Methods: This single center retrospective longitudinal cohort study collected data of all
adult patients with aortic valve disease who underwent aortic valve replacement with a
Perceval bioprosthesis between February 2015 and October 2020. Of the 196 patients
analyzed (mean age 77.20±5.08 years; 45.4% female; mean logistic EuroSCORE II
2.91±2.20%), the majority had aortic stenosis. Patients were further divided into two groups
and compared: one group comprised patients who underwent isolated valve implantation
(n=132) and the other patients who had concomitant coronary artery bypass grafting
(n=49). Follow-up of these patients lasted up to 5 years.
Results: Overall mean cross-clamp and cardiopulmonary bypass times were 33.31±14.09
and 45.55±19.04 minutes, respectively. Mean intensive care unit and total hospital stay
were 3.32±3.24 and 7.70±5.82 days, respectively. Procedural success was 98,99%, as two
explants occurred. 4 valves were reimplanted due to misplacement/paravalvular leaks.
Mean transvalvular gradients were 7.82±3.62 mmHg. Pacemaker implantation occurred in
12.8% of patients, new-onset atrial fibrillation in 21.9% and renal replacement support was
necessary in 3.1%. Early mortality was 2.0%. We report no structural valve deterioration
endocarditis and one successfully treated valve thrombosis during the 5-year follow-up
period. In comparison, patients with concomitant procedures had worse left ventricular
function (66.7 vs 86.1%; p=0.030), longer aortic cross-clamping (43.33±11.56 vs
27.30±8.14 minutes; p<0.001) and cardiopulmonary bypass times (59.98±17.53 vs
37.45±11.32 minutes; p<0.001), as expected. Intensive care unit stay after surgery was also
longer (3.96±3.87 vs 2.85±2.09 days; p=0.016). There were no other significant differences
in postoperative complications and survival. Conclusions: Our study confirms the excellent clinical and hemodynamic performance
and safety of a truly sutureless aortic valve, even up to the 5-year follow-up. These results
were consistent in isolated and concomitant interventions, solidifying this device as a viable
option for treatment of isolated aortic valve disease, and now also in patients needing
concomitant procedures.
Introdução: A estenose valvular aórtica é a doença valvular mais comum em adultos em países desenvolvidos. O envelhecimento da população e o aumento das comorbilidades, incita o desenvolvimento de alternativas terapêuticas mais seguras. As próteses sem suturas têm demonstrado resultados promissores, especialmente em procedimentos tecnicamente complexos e à medida que mais pacientes necessitam de cirurgias concomitantes. Objetivos: Avaliar o desempenho clínico e hemodinâmico e durabilidade da válvula Perceval em substituição isolada da válvula aórtica e em procedimentos concomitantes. Métodos: Neste estudo de coorte longitudinal retrospetivo recolhemos dados de todos os pacientes adultos com doença da válvula aórtica submetidos a substituição da válvula com uma válvula Perceval entre Fevereiro de 2015 e Outubro de 2020. Dos 196 pacientes (idade média 77,20±5,08 anos; 45,4% mulheres; EuroSCORE II logístico médio 2,91±2,20%), a maioria tinha estenose aórtica. Os pacientes foram posteriormente divididos em dois grupos e comparados: um incluiu pacientes submetidos a substituição isolada (n=132) e o outro, pacientes com cirurgia concomitante (n=49). O seguimento destes pacientes foi efetuado até 5 anos. Resultados: Os tempos médios de clampagem da aorta e de circulação extracorporal foram de 33,31±14,08 e 45,50±19,04 minutos, respetivamente. Os tempos médios de internamento total e na unidade de cuidados intensivos foram 7,70±5,82 e 3,32±3,20 dias, respetivamente. 4 válvulas foram reimplantadas devido a mau posicionamento. Os gradientes transvalvulares médios foram 7,82±3,62 mmHg. Implante de pacemaker foi necessário em 12,8% dos pacientes, fibrilhação auricular de novo ocorreu em 21,9% e suporte de substituição renal foi necessário em 3,1%. A mortalidade foi de 2,0%. Não houve deterioração estrutural da válvula, AVC ou endocardite nos 5 anos de seguimento. Houve uma trombose da válvula. Comparativamente, pacientes com procedimentos concomitantes tinham pior função ventricular esquerda (66.7 vs 86.1%; p=0,030), maiores tempos de clampagem da aorta (43,33±11,60 vs 27,30±8,10 minutos; p<0,001) e de circulação extracorporal (59,98±17,60 vs 37,45±11,30 minutos; p<0,001). Adicionalmente, a estadia na unidade de cuidados intensivos foi mais longa (3,96±3,20 vs 2,80±2,70 dias; p=0,016). Não houve diferenças significativas em complicações pós-operatórias e sobrevivência. Conclusões: Este estudo confirma o excelente desempenho clínico e hemodinâmico e a segurança da válvula Perceval, mesmo ao fim de 5 anos, com resultados consistentes em intervenções isoladas e concomitantes, solidificando-a como uma opção viável para o tratamento de doenças isoladas da válvula aórtica, e agora também para pacientes que necessitam de procedimentos concomitantes.
Introdução: A estenose valvular aórtica é a doença valvular mais comum em adultos em países desenvolvidos. O envelhecimento da população e o aumento das comorbilidades, incita o desenvolvimento de alternativas terapêuticas mais seguras. As próteses sem suturas têm demonstrado resultados promissores, especialmente em procedimentos tecnicamente complexos e à medida que mais pacientes necessitam de cirurgias concomitantes. Objetivos: Avaliar o desempenho clínico e hemodinâmico e durabilidade da válvula Perceval em substituição isolada da válvula aórtica e em procedimentos concomitantes. Métodos: Neste estudo de coorte longitudinal retrospetivo recolhemos dados de todos os pacientes adultos com doença da válvula aórtica submetidos a substituição da válvula com uma válvula Perceval entre Fevereiro de 2015 e Outubro de 2020. Dos 196 pacientes (idade média 77,20±5,08 anos; 45,4% mulheres; EuroSCORE II logístico médio 2,91±2,20%), a maioria tinha estenose aórtica. Os pacientes foram posteriormente divididos em dois grupos e comparados: um incluiu pacientes submetidos a substituição isolada (n=132) e o outro, pacientes com cirurgia concomitante (n=49). O seguimento destes pacientes foi efetuado até 5 anos. Resultados: Os tempos médios de clampagem da aorta e de circulação extracorporal foram de 33,31±14,08 e 45,50±19,04 minutos, respetivamente. Os tempos médios de internamento total e na unidade de cuidados intensivos foram 7,70±5,82 e 3,32±3,20 dias, respetivamente. 4 válvulas foram reimplantadas devido a mau posicionamento. Os gradientes transvalvulares médios foram 7,82±3,62 mmHg. Implante de pacemaker foi necessário em 12,8% dos pacientes, fibrilhação auricular de novo ocorreu em 21,9% e suporte de substituição renal foi necessário em 3,1%. A mortalidade foi de 2,0%. Não houve deterioração estrutural da válvula, AVC ou endocardite nos 5 anos de seguimento. Houve uma trombose da válvula. Comparativamente, pacientes com procedimentos concomitantes tinham pior função ventricular esquerda (66.7 vs 86.1%; p=0,030), maiores tempos de clampagem da aorta (43,33±11,60 vs 27,30±8,10 minutos; p<0,001) e de circulação extracorporal (59,98±17,60 vs 37,45±11,30 minutos; p<0,001). Adicionalmente, a estadia na unidade de cuidados intensivos foi mais longa (3,96±3,20 vs 2,80±2,70 dias; p=0,016). Não houve diferenças significativas em complicações pós-operatórias e sobrevivência. Conclusões: Este estudo confirma o excelente desempenho clínico e hemodinâmico e a segurança da válvula Perceval, mesmo ao fim de 5 anos, com resultados consistentes em intervenções isoladas e concomitantes, solidificando-a como uma opção viável para o tratamento de doenças isoladas da válvula aórtica, e agora também para pacientes que necessitam de procedimentos concomitantes.
Description
Keywords
Doença Valvular Aórtica Estenose Valvular Aórtica Prótese Sem Suturas Substituição de Válvula Aórtica Válvula Perceval