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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
The growing globalization defined by the union of the world market in economic and commercial terms inevitably fosters changes in the way companies are organized and increasingly drives companies to consider their development in the international sphere. Internationalization is nowadays a critical factor for the development of the economy.
This process requires a deep knowledge of the different markets and this naturally implies changes and adaptations in companies and their operations. The need to obtain knowledge and information becomes vital, in order to assess the implementation of the strategy, and make the necessary adjustments to achieve the organization’s goals. It is in this sense that the Management Accounting and Control System (MACS) plays its role.
In this sense, this research has as main objective to analyze the impact of the fit between Internationalization Strategy and MACS design and use on organizational performance. This research also aims to constitute a tool to help companies adjust their MACS to the development of the Internationalization Model (IM).
Throughout this investigation, the construction of works that present the various concepts in a linked way was privileged. To date, no studies have been identified that relate the different models of internationalization and the configuration of MACS, which motivated the study about this adjustment between structure and strategy. Thus, in the first phase, a systematic review of the existing literature on internationalization was carried out, namely the models of internationalization, highlighting the main theories. In this research phase, the literature on the analysis of the MACS and the elements that characterize it were also approached, emphasizing how the information is used. That said, in a second phase, cases-studies were developed, that adopted different models of internationalization, and where the adjustment between the MACS and the model of internationalization adopted was analyzed. In a third phase, a comparative study was carried out between the 4 companies previously studied in order to verify whether the adjustment of the MACS is privileged in any specific internationalization model. Finally, in a fourth phase, a quantitative study in Portuguese family companies, in order to analyze the adjustment of the MACS to the IM, and also its impact on performance. In this study, and because the current epidemiological situation justifies it, the impact of the increased uncertainty caused by COVID-19 was also studied.
This research in general terms is based on a mixed approach, since in qualitative terms four case studies were carried out, and also a comparative multiple case study whose data were worked with the NVIVO 12 Plus software, and in quantitative terms, a cross-sectional survey research study operated by questionnaires and whose data were handled through IBM SPSS Software.
In terms of results, the comparative multiple case study reveals that there are differences in the use of MACS information according to the internationalization model adopted by multinational companies, showing that the internationalization model influences the MACS configuration.
In the last study that addresses Portuguese family business, the results show that in terms of the style of use of information provided by MACS, on average, significantly more information is used for diagnostic purposes than interactive purposes. Diagnostic MACS systems are associated with formal systems used to monitor outcomes. Regarding the nature of the information provided by MACS, the results suggest that FB who adopt the IM Network Theory need more integrated information than aggregated information. The results also demonstrate that an adequate fit between IM and MACS, in terms of providing information to support performance evaluation decisions, has a significant impact on IP performance.
A crescente globalização dos negócios fomenta inevitavelmente alterações na forma como as empresas se organizam e impulsiona cada vez mais as empresas a consideram o seu desenvolvimento na esfera internacional e a procurarem melhorar os seus padrões de desempenho. Este processo obriga a um profundo conhecimento dos diferentes mercados e isso implica naturalmente alterações e adaptações das empresas e das suas operações. A necessidade de obter conhecimento e informações torna-se vital, de forma a avaliar a implementação da estratégia, e proceder aos ajustes necessários para se alcançarem os objetivos. É nesse sentido que o Sistema de Contabilidade e Controlo de Gestão (SCCG) desempenha a sua função. Neste sentido esta investigação tem como objetivo central estudar a existência e o impacto de um ajustamento da estrutura organizacional, nomeadamente o Sistema de Contabilidade e Controlo de Gestão (SCCG), à estratégia de internacionalização, representada neste estudo pelo modelo de internacionalização, para um bom desempenho. O carater inovador deste estudo reside no facto de até à data não se terem identificado estudos que relacionem os diferentes modelos de internacionalização com a configuração e uso dos SCCG, facto que motivou este estudo. Pretende-se deste modo contribuir para a escassa literatura existente sobre o ajustamento entre a estratégia de internacionalização e a estrutura da organização. Numa primeira fase e dado que se procura estudar o ajustamento entre a estratégia e a estrutura, foi efetuada uma revisão sistemática da literatura existente sobre o processo de internacionalização, com o objetivo de se identificar quais eram os modelos de internacionalização mais adotados pelas empresas. Neste estudo concluiu-se que o processo de internacionalização é principalmente uma decisão estratégica, que pode ocorrer de várias formas (dando origem a vários modelos de internacionalização) e é influenciado por diversos fatores. Posto isto, foi de igual modo abordada a literatura em torno da análise da configuração e utilização do SCCG e dos elementos que o caraterizam. Foram analisadas diferentes dimensões do sistema e foi desenvolvido um framework teórico/conceptual de forma a fornecer uma visão mais abrangente do SCCG. Os resultados obtidos indicam que, para operacionalizar o conceito, se pode recorrer à forma como a informação fornecida pelo sistema é utilizada (função ativa do sistema) e caracterizada (função passiva do sistema), estabelecendo três categorias e seis dimensões diferentes. Este framework permite nos compreender como é que o SCCG se transforma num sistema fornecedor de informação, crucial para o desenvolvimento da estratégia da empresa. Numa segunda fase foram desenvolvidos diversos estudos empíricos, recorrendo-se para isso a uma abordagem metodológica mista que envolveu investigação qualitativa e quantitativa. Inicia-se esta segunda fase com o desenvolvimento de quatro estudos de caso em empresas Multinacionais de modo a estudar o ajustamento entre o SCCG e os diferentes modelos de internacionalização específicos. O 1º estudo de caso, foi desenvolvido numa empresa do sector industrial que adotou o Modelo de Internacionalização de Uppsala (U-Model). Neste estudo foi examinado o ajustamento do SCCG na implementação bem-sucedida do Modelo de Internacionalização de Uppsala (U-Model) e o impacto desse ajustamento na melhoria da performance do processo de internacionalização da empresa. Foi utilizada uma abordagem dinâmica e “inside-out”, e os dados foram recolhidos através de entrevistas e análise documental. Os resultados evidenciam um ajustamento do SCCG (ao nível da utilização da informação, das necessidades de informação e do apoio à tomada de decisão) em cada fase de desenvolvimento do U-Model. Este estudo contribui para que as empresas percebam como é que podem ajustar o seu SCCG de modo que ele seja usado adequadamente e forneça a informação necessária em cada fase do Processo de Internacionalização. O 2º estudo de caso foi desenvolvido numa empresa do setor de serviços que adotou o modelo de internacionalização I-Model. Aqui, foram utilizadas entrevistas e análise documental para a recolha dos dados. Este estudo de caso permitiu estudar como o uso do SCCG contribui para o sucesso da implementação da estratégia de internacionalização (através do modelo de internacionalização I-Model) e consecutivamente para a melhoria da performance do processo de internacionalização da empresa. Foi analisado o ajustamento entre a estratégia de internacionalização (I-Model) e a estrutura organizacional, representada pelo SCCG, de forma a compreender como o desenho do SCCG se ajusta à estratégia de internacionalização. Os resultados sugerem que no processo de internacionalização através do I-Model, o SCCG deve ser utilizado em todo o processo de forma diferenciada, permitindo um output de informação capaz de responder às necessidades da empresa. Conclui-se neste estudo que o SCCG não foi apenas uma ferramenta crucial para a implementação da estratégia de internacionalização da empresa, mas também a "moldou" e foi "moldado" por ela. Esses resultados contribuem para o escasso conhecimento sobre os SCCG e o seu ajustamento à estratégia, e permitiram demonstrar como é que uma utilização adequada do SCCG durante o processo de internacionalização pode melhorar a performance do processo de internacionalização da empresa. O 3º estudo de caso foi realizado numa empresa Born Global. Neste estudo procurou-se examinar o ajustamento entre a estrutura e a estratégia de internacionalização das empresas Born Global (BG), isto é, compreender como e em que medida o processo de internacionalização afeta o SCCG, e como este sistema contribui para uma implementação bem-sucedida do processo de internacionalização. Os dados foram recolhidos a partir da análise de documentos e da realização entrevistas. Os resultados do estudo sugerem que a existência de um SCCG ajustado às necessidades de informação de uma Born Global pode facilitar a implementação e o sucesso do processo de internacionalização. Em termos de contribuições, este estudo destaca a existência dos diversos papéis do SCCG (passivo e ativo) no modelo de internacionalização das empresas Born Global. Contribui também para realçar a importância de um SCCG dinâmico e bem estruturado para auxiliar empresas com características tecnologicamente desafiantes como as Born Global. O 4º estudo de caso foi realizado numa empresa do setor da saúde, que utiliza simultaneamente dois modelos distintos de internacionalização: Modelo de Internacionalização Network e o Modelo de Internacionalização Born Global. O objetivo do estudo foi perceber como o SCCG deve ser desenhado e utilizado para garantir um processo de internacionalização de sucesso. Os dados foram recolhidos através de entrevistas e outros documentos foram analisados através do software NVIVO 12 Plus. Os resultados obtidos mostram um uso diferenciado do SCCG ao longo do processo de internacionalização. Constata-se que o SCCG precisa ser ajustado, a fim de facilitar a implementação do processo de internacionalização, e pode ser usado de forma mais dinâmica e diferenciada de acordo com as necessidades de informação. Este estudo apresenta várias contribuições científicas. É um trabalho inovador na medida em que relaciona o SCCG com dois modelos de internacionalização específicos, destacando a existência de vários papéis do SCCG (passivo e ativo). Contribui para analisar as características da informação do SCCG e o tipo de decisões apoiadas pelos SCCG em cada modelo de internacionalização; e contribuiu para aumentar o conhecimento sobre a relação entre o SCCG e a - estratégia de Internacionalização das empresas. Em seguida realizou-se uma análise comparativa dos 4 estudos de caso realizados de modo a evidenciar similitudes e diferenças na configuração e uso do SCCG em função do modelo de internacionalização da empresa. Os dados foram recolhidos através de entrevistas semiestruturadas, relatórios internos, notícias e conteúdos de web-sites e foram analisados por meio do software NVIVO 12 Plus. Os resultados mostram que o modelo de internacionalização tem um impacto no SCCG, pois este é configurado de acordo com as necessidades do modelo. Este estudo contribui para uma compreensão mais profunda da relação entre modelos de internacionalização e os SCCG, constituindo uma ferramenta que ajudará as empresas a compreenderem como podem ajustar o seu SCCG em função do seu modelo de internacionalização. Este estudo apresenta ainda alguns contributos teóricos para a Teoria da Visão Baseada em Recursos e para a Teoria das Capacidades Dinâmicas. Por último foi desenvolvido um estudo quantitativo, de forma a analisar o ajustamento do SCCG ao modelo de internacionalização, e ainda o seu impacto na performance do processo de internacionalização das empresas familiares (FB). Neste estudo, e dado o atual cenário epidemiológico foi ainda estudado o impacto do aumento da incerteza provocada pela COVID-19. A recolha de dados foi efetuada através de um inquérito por questionário aplicado às empresas familiares portuguesas, tendo sido recolhidos 127 questionários devidamente preenchidos. Os dados obtidos foram tratados através do IBM SPSS software. Os resultados permitem confirmar que nas empresas familiares portuguesas predomina o U-Model e que o modelo de internacionalização afeta a configuração do SCCG, sendo estes resultados estatisticamente significativos. Para além disso, os resultados comprovam que estas empresas utilizam significativamente mais a informação do SCCG, para efeitos de diagnóstico do que de modo interativo. Por outro lado, verifica-se que as empresas que adotam o modelo de internacionalização de redes necessitam significativamente mais de informação integrada do SCCG do que de informação agregada. Este estudo contribuiu assim para uma melhor compreensão da relação entre os modelos de internacionalização e o SCCG no contexto das empresas familiares, e constituiu uma ferramenta para auxiliar estas empresas a ajustarem o seu SCCG ao seu modelo de internacionalização.
A crescente globalização dos negócios fomenta inevitavelmente alterações na forma como as empresas se organizam e impulsiona cada vez mais as empresas a consideram o seu desenvolvimento na esfera internacional e a procurarem melhorar os seus padrões de desempenho. Este processo obriga a um profundo conhecimento dos diferentes mercados e isso implica naturalmente alterações e adaptações das empresas e das suas operações. A necessidade de obter conhecimento e informações torna-se vital, de forma a avaliar a implementação da estratégia, e proceder aos ajustes necessários para se alcançarem os objetivos. É nesse sentido que o Sistema de Contabilidade e Controlo de Gestão (SCCG) desempenha a sua função. Neste sentido esta investigação tem como objetivo central estudar a existência e o impacto de um ajustamento da estrutura organizacional, nomeadamente o Sistema de Contabilidade e Controlo de Gestão (SCCG), à estratégia de internacionalização, representada neste estudo pelo modelo de internacionalização, para um bom desempenho. O carater inovador deste estudo reside no facto de até à data não se terem identificado estudos que relacionem os diferentes modelos de internacionalização com a configuração e uso dos SCCG, facto que motivou este estudo. Pretende-se deste modo contribuir para a escassa literatura existente sobre o ajustamento entre a estratégia de internacionalização e a estrutura da organização. Numa primeira fase e dado que se procura estudar o ajustamento entre a estratégia e a estrutura, foi efetuada uma revisão sistemática da literatura existente sobre o processo de internacionalização, com o objetivo de se identificar quais eram os modelos de internacionalização mais adotados pelas empresas. Neste estudo concluiu-se que o processo de internacionalização é principalmente uma decisão estratégica, que pode ocorrer de várias formas (dando origem a vários modelos de internacionalização) e é influenciado por diversos fatores. Posto isto, foi de igual modo abordada a literatura em torno da análise da configuração e utilização do SCCG e dos elementos que o caraterizam. Foram analisadas diferentes dimensões do sistema e foi desenvolvido um framework teórico/conceptual de forma a fornecer uma visão mais abrangente do SCCG. Os resultados obtidos indicam que, para operacionalizar o conceito, se pode recorrer à forma como a informação fornecida pelo sistema é utilizada (função ativa do sistema) e caracterizada (função passiva do sistema), estabelecendo três categorias e seis dimensões diferentes. Este framework permite nos compreender como é que o SCCG se transforma num sistema fornecedor de informação, crucial para o desenvolvimento da estratégia da empresa. Numa segunda fase foram desenvolvidos diversos estudos empíricos, recorrendo-se para isso a uma abordagem metodológica mista que envolveu investigação qualitativa e quantitativa. Inicia-se esta segunda fase com o desenvolvimento de quatro estudos de caso em empresas Multinacionais de modo a estudar o ajustamento entre o SCCG e os diferentes modelos de internacionalização específicos. O 1º estudo de caso, foi desenvolvido numa empresa do sector industrial que adotou o Modelo de Internacionalização de Uppsala (U-Model). Neste estudo foi examinado o ajustamento do SCCG na implementação bem-sucedida do Modelo de Internacionalização de Uppsala (U-Model) e o impacto desse ajustamento na melhoria da performance do processo de internacionalização da empresa. Foi utilizada uma abordagem dinâmica e “inside-out”, e os dados foram recolhidos através de entrevistas e análise documental. Os resultados evidenciam um ajustamento do SCCG (ao nível da utilização da informação, das necessidades de informação e do apoio à tomada de decisão) em cada fase de desenvolvimento do U-Model. Este estudo contribui para que as empresas percebam como é que podem ajustar o seu SCCG de modo que ele seja usado adequadamente e forneça a informação necessária em cada fase do Processo de Internacionalização. O 2º estudo de caso foi desenvolvido numa empresa do setor de serviços que adotou o modelo de internacionalização I-Model. Aqui, foram utilizadas entrevistas e análise documental para a recolha dos dados. Este estudo de caso permitiu estudar como o uso do SCCG contribui para o sucesso da implementação da estratégia de internacionalização (através do modelo de internacionalização I-Model) e consecutivamente para a melhoria da performance do processo de internacionalização da empresa. Foi analisado o ajustamento entre a estratégia de internacionalização (I-Model) e a estrutura organizacional, representada pelo SCCG, de forma a compreender como o desenho do SCCG se ajusta à estratégia de internacionalização. Os resultados sugerem que no processo de internacionalização através do I-Model, o SCCG deve ser utilizado em todo o processo de forma diferenciada, permitindo um output de informação capaz de responder às necessidades da empresa. Conclui-se neste estudo que o SCCG não foi apenas uma ferramenta crucial para a implementação da estratégia de internacionalização da empresa, mas também a "moldou" e foi "moldado" por ela. Esses resultados contribuem para o escasso conhecimento sobre os SCCG e o seu ajustamento à estratégia, e permitiram demonstrar como é que uma utilização adequada do SCCG durante o processo de internacionalização pode melhorar a performance do processo de internacionalização da empresa. O 3º estudo de caso foi realizado numa empresa Born Global. Neste estudo procurou-se examinar o ajustamento entre a estrutura e a estratégia de internacionalização das empresas Born Global (BG), isto é, compreender como e em que medida o processo de internacionalização afeta o SCCG, e como este sistema contribui para uma implementação bem-sucedida do processo de internacionalização. Os dados foram recolhidos a partir da análise de documentos e da realização entrevistas. Os resultados do estudo sugerem que a existência de um SCCG ajustado às necessidades de informação de uma Born Global pode facilitar a implementação e o sucesso do processo de internacionalização. Em termos de contribuições, este estudo destaca a existência dos diversos papéis do SCCG (passivo e ativo) no modelo de internacionalização das empresas Born Global. Contribui também para realçar a importância de um SCCG dinâmico e bem estruturado para auxiliar empresas com características tecnologicamente desafiantes como as Born Global. O 4º estudo de caso foi realizado numa empresa do setor da saúde, que utiliza simultaneamente dois modelos distintos de internacionalização: Modelo de Internacionalização Network e o Modelo de Internacionalização Born Global. O objetivo do estudo foi perceber como o SCCG deve ser desenhado e utilizado para garantir um processo de internacionalização de sucesso. Os dados foram recolhidos através de entrevistas e outros documentos foram analisados através do software NVIVO 12 Plus. Os resultados obtidos mostram um uso diferenciado do SCCG ao longo do processo de internacionalização. Constata-se que o SCCG precisa ser ajustado, a fim de facilitar a implementação do processo de internacionalização, e pode ser usado de forma mais dinâmica e diferenciada de acordo com as necessidades de informação. Este estudo apresenta várias contribuições científicas. É um trabalho inovador na medida em que relaciona o SCCG com dois modelos de internacionalização específicos, destacando a existência de vários papéis do SCCG (passivo e ativo). Contribui para analisar as características da informação do SCCG e o tipo de decisões apoiadas pelos SCCG em cada modelo de internacionalização; e contribuiu para aumentar o conhecimento sobre a relação entre o SCCG e a - estratégia de Internacionalização das empresas. Em seguida realizou-se uma análise comparativa dos 4 estudos de caso realizados de modo a evidenciar similitudes e diferenças na configuração e uso do SCCG em função do modelo de internacionalização da empresa. Os dados foram recolhidos através de entrevistas semiestruturadas, relatórios internos, notícias e conteúdos de web-sites e foram analisados por meio do software NVIVO 12 Plus. Os resultados mostram que o modelo de internacionalização tem um impacto no SCCG, pois este é configurado de acordo com as necessidades do modelo. Este estudo contribui para uma compreensão mais profunda da relação entre modelos de internacionalização e os SCCG, constituindo uma ferramenta que ajudará as empresas a compreenderem como podem ajustar o seu SCCG em função do seu modelo de internacionalização. Este estudo apresenta ainda alguns contributos teóricos para a Teoria da Visão Baseada em Recursos e para a Teoria das Capacidades Dinâmicas. Por último foi desenvolvido um estudo quantitativo, de forma a analisar o ajustamento do SCCG ao modelo de internacionalização, e ainda o seu impacto na performance do processo de internacionalização das empresas familiares (FB). Neste estudo, e dado o atual cenário epidemiológico foi ainda estudado o impacto do aumento da incerteza provocada pela COVID-19. A recolha de dados foi efetuada através de um inquérito por questionário aplicado às empresas familiares portuguesas, tendo sido recolhidos 127 questionários devidamente preenchidos. Os dados obtidos foram tratados através do IBM SPSS software. Os resultados permitem confirmar que nas empresas familiares portuguesas predomina o U-Model e que o modelo de internacionalização afeta a configuração do SCCG, sendo estes resultados estatisticamente significativos. Para além disso, os resultados comprovam que estas empresas utilizam significativamente mais a informação do SCCG, para efeitos de diagnóstico do que de modo interativo. Por outro lado, verifica-se que as empresas que adotam o modelo de internacionalização de redes necessitam significativamente mais de informação integrada do SCCG do que de informação agregada. Este estudo contribuiu assim para uma melhor compreensão da relação entre os modelos de internacionalização e o SCCG no contexto das empresas familiares, e constituiu uma ferramenta para auxiliar estas empresas a ajustarem o seu SCCG ao seu modelo de internacionalização.
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Born Global Empresas Familiares Estratégia Internacionalização I-Model Modelos de Internacionalização Network Performance Portugal Sistemas de Contabilidade e Controlo de Gestão U-Model (Uppsala Model)