Repository logo
 
No Thumbnail Available
Publication

Perceptions in the medical field towards persons with disabilities’ sexual and reproductive health and rights

Use this identifier to reference this record.
Name:Description:Size:Format: 
9874_21586.pdf536.91 KBAdobe PDF Download

Abstract(s)

BACKGROUND: People with disabilities, representing the largest minority in the world, are affected by conditions that negatively impact their daily activities. As any human being, they are entitled to have equal and non-discriminatory access to sexual and reproductive health and rights. This narrative review aims to analyse medical professionals and students’ behaviours and dynamics towards persons with disabilities regarding their sexual health and rights. METHODS: PubMed® database search and selection of relevant articles from 2013 to May 2023, resulting in the inclusion of 25 articles. RESULTS: Most studies allude to unfavourable behaviour and dynamics towards the sexuality of people with disabilities in the medical field. These include mainly discriminatory assumptions, sexuality seen as a taboo topic, lack of knowledge and training on persons with disabilities’ healthcare, and communicational and relational handicaps. Physical limitations, time constraints, and complex terms are also identified as barriers. Notwithstanding, positive aspects and experiences on sexual and reproductive healthcare provision are mentioned as well. CONCLUSIONS: Sexual and reproductive health and rights in persons with disabilities are perceived in the medical field with conflicting views, even though there is a tendency towards the negative side. This results in a poorer care provision to people with disabilities and incapacitate them to have their rights fulfilled. Training in PWD care should be prioritised in medical curricula to improve medical perceptions. Further studies should be conducted to better understand the results.
INTRODUÇÃO: As pessoas com deficiência constituem o maior grupo minoritário do mundo. As condições conferentes de deficiência impactam negativamente vários campos das suas vidas, incluindo as atividades de vida diárias. Como qualquer ser humano, este grupo tem direito a usufruir de direitos humanos iguais e não discriminatórios, o que inclui o direito à saúde sexual e reprodutiva de qualidade. A presente revisão de literatura tem como objetivo analisar as atitudes, perceções e comportamentos tomados pelos estudantes de medicina e médicos em relação à sexualidade das pessoas com deficiência física e/ou intelectual. METODOLOGIA: Procedeu-se à pesquisa compreensiva de artigos relevantes de 2013 a maio de 2023 na base de dados científica PubMed® entre os meses de abril e maio de 2023. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, recolheram-se os resultados obtidos de 25 artigos. RESULTADOS: A larga maioria dos estudos realçaram a presença de comportamentos e dinâmicas desfavoráveis em relação à saúde e direitos sexuais e reprodutivos das pessoas com deficiência. São frequentemente mencionadas preconceções discriminatórias por parte dos médicos, bem como a crença de que a sexualidade é um tópico tabu e, por isso, não é abordada em contexto de consulta. Além disso, refere-se a insuficiente formação em cuidados de saúde direcionados a pessoas com deficiência e consequente falta de conhecimento sobre como adaptar os cuidados às necessidades específicas destes indivíduos. São igualmente identificadas competências comunicacionais e relacionais deficitárias, o que resulta numa educação sexual insuficiente e negligência das necessidades e preferências de pacientes com deficiência. A inacessibilidade estrutural dos espaços de saúde, o limitado tempo disponível por consulta e o uso de linguagem técnica complexa são outras das barreiras evidenciadas que impactam negativamente o aprovisionamento adequado de cuidados de saúde sexual e reprodutiva. Por outro lado, há igualmente alusão a experiências e atitudes positivas, ainda que estes casos sejam menos frequentes. É necessária a realização de mais estudos que permitam melhor compreender as atitudes e comportamentos deste grupo de profissionais, de forma a permitir criar mecanismos que contrariem a visão mais prevalente. CONCLUSÃO: A saúde e direitos sexuais e reprodutivos nas pessoas com deficiência é vista pelos médicos e estudantes de medicina geralmente de forma desfavorável, ainda que haja atitudes e comportamentos contrários aos da maioria e a favor dos melhores interesses destes indivíduos. As perspetivas demonstradas resultam em piores cuidados, bem como na menor procura dos serviços de saúde por parte das pessoas com deficiência. É imperativo reunir esforços no sentido de melhor formar este grupo de profissionais de saúde e sensibilizá-los para a normalização das pessoas com deficiência, ainda que necessitem de cuidados mais especializados nas suas condições. Os direitos das pessoas com deficiência só estarão totalmente assegurados se se providenciar cuidados de saúde sexual e reprodutiva adequados e adaptados às suas reais necessidades.

Description

Keywords

Atitudes Deficiência Física Deficiência Intelectual Estudantes de Medicina Médicos Saúde Sexual e Reprodutiva

Citation

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue