Repository logo
 
No Thumbnail Available
Publication

Uso de probióticos na Gravidez O Estado de Arte

Use this identifier to reference this record.
Name:Description:Size:Format: 
8890_19343.pdf1.15 MBAdobe PDF Download

Abstract(s)

INTRODUƇƃO: Cada indivĆ­duo abriga o seu próprio microbioma intestinal que Ć© influenciado pelo genótipo do próprio, pelos hĆ”bitos alimentares e que varia dependendo da regiĆ£o geogrĆ”fica em que se encontra. Durante a gravidez saudĆ”vel, Ć© normal que haja uma diminuição da diversidade alfa, e um aumento da diversidade beta, independentemente do estado de saĆŗde. Neste perĆ­odo tambĆ©m Ć© expectĆ”vel que ocorram um conjunto de mudanƧas metabólicas necessĆ”rias para sustentar uma gravidez saudĆ”vel, sendo fundamental para a capacidade de adaptação. Ɖ tambĆ©m durante este perĆ­odo que se inicia a colonização do trato gastrointestinal do feto, e por isso Ć© importante que a hemóstase no ecossistema intestinal materno seja mantida. Nesta perspetiva, a manipulação alimentar pode representar uma estratĆ©gia para manter um microbioma intestinal saudĆ”vel e contribuir para o bem-estar do hospedeiro. Os probióticos sĆ£o microrganismos vivos que conferem benefĆ­cio Ć  saĆŗde do hospedeiro quando administrados em quantidades adequadas, e que em alguns casos mostram melhorar o estado saĆŗde da mĆ£e e do feto. OBJETIVOS: Este trabalho pretende explorar as evidĆŖncias atuais no que concerne aos benefĆ­cios descritos na literatura sobre o uso de probióticos nas grĆ”vidas em diversas situaƧƵes patológicas. METODOLOGIA: A pesquisa de artigos selecionados para esta revisĆ£o foi feita nas bases de dados PubMed e Google Scholar no perĆ­odo temporal que decorreu entre maio de 2021 e novembro de 2021, com as palavras-chave ā€œpregnancyā€, ā€œprobioticsā€, ā€œintestinal microbiotaā€, ā€œneonatalā€ e ā€œtherapeutic useā€. RESULTADOS: Da pesquisa efetuada resultaram 13 ensaios clĆ­nicos randomizados, 2 estudos caso controlo, 16 revisƵes sistemĆ”ticas e meta-anĆ”lise e 3 artigos de revisĆ£o. Relativamente Ć  Diabetes Mellitus Gestacional, os probióticos mostraram ter um efeito positivo na redução da necessidade de recorrer a terapĆŖutica medicamentosa. Relativamente Ć  prĆ©-eclĆ¢mpsia, os probióticos mostraram ter um papel bastante benĆ©fico, especialmente nos casos mais severos. O uso de probióticos parece ter um papel na redução da taxa de colonização pelo Streptococcus agalactiae, no entanto nĆ£o foi demonstrado qualquer benefĆ­cio relativamente Ć  prevenção de nascimentos prematuros. No que diz respeito ao uso de probióticos e o efeito no peso ao nascer, mostraram nĆ£o afetar o peso do recĆ©m-nascido. Quanto Ć  saĆŗde mental no pós-parto, o uso de probióticos demonstrou ter algum papel no controlo dos mecanismos que potenciam o desenvolvimento de doenƧas mentais, no entanto a evidĆŖncia ainda Ć© bastante limitada. Relativamente ao uso de probióticos na prevenção de doenƧas alĆ©rgicas, algumas cepas de probióticos mostraram benefĆ­cios no controlo da dermatite atópica bem como na diminuição da sensibilização de antigĆ©nios alimentares. Relativamente aos distĆŗrbios funcionais gastrointestinais maternos e do recĆ©m-nascido os probióticos consumidos durante a gestação e lactação parecem produzir mudanƧas favorĆ”veis na composição do microbioma com a consequente redução dos sintomas gastrointestinais, no entanto ainda Ć© necessĆ”rio realizar mais estudos. CONCLUSƕES: O uso de probióticos na gravidez Ć© uma Ć”rea de interesse emergente, mas a evidĆŖncia existente ainda nĆ£o permite elaborar recomendaƧƵes gerais relativamente Ć s estirpes, Ć  dose e Ć  duração da administração de probióticos.
INTRODUCTION: Each individual harbors their own gut microbiome that is influenced by his or her own genotype, dietary habits, and varies depending on the geographic region. During a healthy pregnancy, it is normal to have a decrease in alpha diversity, and an increase in beta diversity, regardless of health status. During this period it is also expected that a number of metabolic changes necessary to sustain a healthy pregnancy will occur, and are fundamental to the ability to adapt. It is also during this period that the colonization of the fetal gastrointestinal tract begins, and therefore it is important that hemostasis in the maternal intestinal ecosystem is maintained. From this perspective, food handling may represent a strategy to maintain a healthy gut microbiome and contribute to the well being of the host. Probiotics are live microorganisms that confer health benefits to the host when administered in adequate amounts, and in some cases have been shown to improve the health status of the mother and the fetal microbiota, and consequently her health. OBJECTIVES: This paper aims to explore the current evidence regarding the benefits described in the literature on the use of probiotics in pregnant women in various situations. METHODOLOGY: The search for articles selected for this review was conducted in PubMed and Google Scholar databases in the time period running from May 2021 to November 2021, with the keywords "pregnancy", "probiotics", "intestinal microbiota", "neonatal" and "therapeutic use". RESULTS: The search yielded 13 randomized clinical trials, 2 case-control studies, 16 systematic reviews and meta-analyses and 3 review articles. In Gestational Diabetes Mellitus, probiotics were shown to have a positive effect in reducing the need for drug therapy. Regarding pre-eclampsia, probiotics have been shown to play a very beneficial role, especially in the more severe cases. Probiotic use seems to play a role in reducing the rate of Streptococcus agalactiae colonization, but no benefit has been shown regarding prevention of preterm births. Regarding the use of probiotics and the effect on birth weight, they have been shown not to affect newborn weight. Regarding mental health in the postpartum period, the use of probiotics has been shown to have some role in controlling the mechanisms that potentiate the development of mental illness, however the evidence is still quite limited. Regarding the use of probiotics and the prevention of allergic diseases, some strains of probiotics have shown benefits in the control of atopic dermatitis as well as in reducing food antigen sensitization. Regarding maternal and newborn gastrointestinal functional disorders, probiotics consumed during pregnancy and lactation appear to produce favorable changes in the composition of the microbiota with a consequent reduction in gastrointestinal symptoms, but further studies are still needed. CONCLUSIONS: The use of probiotics in pregnancy is an emerging area of interest, but the existing evidence does not yet allow general recommendations to be made regarding strains, dose, and duration of probiotic administration.

Description

Keywords

Gravidez Microbiota Intestinal Neonatal Probióticos Uso Terapêutico

Citation

Research Projects

Organizational Units

Journal Issue