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Authors
Abstract(s)
Introduction: Asthma therapy requires, together with appropriate medication, a correct inhalational technique. However, incorrect inhaler usage is frequent. Thus, the physician has a major role in accomplishing a therapeutic effect, both in terms of achieving an initial correct technique but also in maintaining correct use. This study aims to compare inhaler technique error frequency and type between elderly and non-elderly asthmatics; to compare inhaler technique self-perception with real performance and to evaluate inhaler technique determinants.
Methods: Cross-sectional assessment of 92 elderly and 100 non-elderly asthmatic patients followed up at Centro Hospitalar Cova da Beira, Portugal. A standardized questionnaire was applied and inhaler technique demonstration was requested, with a total 130 non-elderly and 118 elderly inhaler demonstrations. Errors were accessed using checklists based on manufacturers’ instructions and Inhaler technique was graded as correct, acceptable or incorrect based upon previously published criteria. Data was analysed using Chi-Square Test or Fischer’s Exact Test, using the Software Package for Social Sciences®, version 23.0, regarding a p-value less than or equal to 0.05 as significant.
Results: Technique was correct in 13.6%, acceptable in 61.0% and incorrect in 25.4% of the elderly asthmatics, compared to 15.4%, 55.4% and 29.2% of the non-elderly asthmatics, respectively. Metered dose inhaler (MDI) showed the worst performance with only 7.7% of the elderly and 19.6% of the non-elderly showing no errors. In contrast, Diskus® showed the best performance in both groups. No difference between study groups was found for inhaler technique. The most common mistake was failure to tilt the head back when inhaling, a minor error. Only 11.1% of the elderly who classified their inhaler as easy and 12.7% who stated their technique as correct had no errors. Although almost all patients had initial training, only 49.2% of the elderly and 55.4% of the non-elderly had frequent training. Frequent assessment was associated with a better technique in the non-elderly but not in the elderly. No association was found between technique and gender, education, social class or inhaler number.
Discussion: Incorrect inhaler technique remains common. MDI was found to have a higher proportion of errors when compared to Dry Powder Inhalers, suggesting it as less user friendly. However, all devices showed a large proportion of errors, consistent with guidelines stating devices as equivalent if handled correctly. Patients tend to overestimate their technique as correct. Thus, it is not sufficient to ask about their perception in device handling. Rather, frequent assessment is necessary because they tend to forget instructions over time.
Introdução: A terapêutica da asma requer, além de medicação apropriada, uma correta técnica inalatória. No entanto, o uso incorreto de inaladores é frequente. O médico desempenha um papel essencial na aquisição do efeito terapêutico, tanto pela aprendizagem inicial de uma técnica correta, como pela sua manutenção. Este estudo pretende comparar o tipo e a frequência de erros na técnica inalatória em asmáticos idosos e não-idosos; comparar a auto-perceção do domínio da técnica inalatória com a capacidade real de execução e avaliar fatores influenciadores da técnica. Métodos: Estudo observacional transversal de 92 idosos e 100 não-idosos asmáticos seguidos no Centro Hospitalar Cova da Beira. Um questionário estandardizado foi aplicado e foi solicitada a demonstração da técnica inalatória. No total, 130 demonstrações nos não-idosos e 118 demonstrações nos idosos foram feitas. Os erros foram avaliados usando checklists baseadas nas instruções dos fabricantes e a técnica inalatória foi classificada como correta, aceitável ou incorreta de acordo com critérios previamente publicados. Os dados foram analisados recorrendo-se aos testes do qui-quadrado ou exato de Fisher, usando o Software Package for Social Sciences (SPSS®), versão 23.0, considerando um valor-p menor ou igual a 0,05 como significativo. Resultados: A técnica foi correta em 13,6%, aceitável em 61,0% e incorreta em 25,4% dos idosos asmáticos, comparativamente com 15,4%, 55,4% e 29,2% nos não-idosos, respetivamente. O inalador pressurizado / Metered dose inhaler (MDI) demonstrou o pior desempenho com apenas 7,7% dos idosos e 19,6% dos não-idosos a não demonstrarem erros. Contrariamente, o Diskus® demonstrou o melhor desempenho em ambos os grupos. Nenhuma diferença entre os dois grupos foi encontrada em relação à técnica inalatória. O passo mais errado foi não inclinar a cabeça para trás ao inalar, um erro minor. Apenas 11,1% dos idosos que classificaram o seu inalador como fácil e 12,7% dos que afirmavam ter técnica certa não tinham erros. Apesar de quase todos os doentes receberem treino inicial, apenas 49,2% dos idosos e 55,4% dos não-idosos tinham treino frequente. A avaliação reiterada da técnica estava associada a melhor técnica nos não-idosos mas não nos idosos. Nenhuma associação foi encontrada entre técnica e sexo, habilitações, classe social ou número de inaladores. Discussão: Uma técnica incorreta permanece comum. O MDI apresentou maior proporção de erros quando comparado com os Dry Powder Inhalers, sugerindo-o como menos user friendly. No entanto, todos os dispositivo apresentaram muitos erros, consistente com guidelines que afirmam os inaladores equivalentes se usados corretamente. Os doentes tendem a sobrestimar o uso correto, pelo que, é insuficiente perguntar sobre a sua perceção. Antes, a avaliação frequente da técnica é necessária pois esquecem-se das instruções com o tempo.
Introdução: A terapêutica da asma requer, além de medicação apropriada, uma correta técnica inalatória. No entanto, o uso incorreto de inaladores é frequente. O médico desempenha um papel essencial na aquisição do efeito terapêutico, tanto pela aprendizagem inicial de uma técnica correta, como pela sua manutenção. Este estudo pretende comparar o tipo e a frequência de erros na técnica inalatória em asmáticos idosos e não-idosos; comparar a auto-perceção do domínio da técnica inalatória com a capacidade real de execução e avaliar fatores influenciadores da técnica. Métodos: Estudo observacional transversal de 92 idosos e 100 não-idosos asmáticos seguidos no Centro Hospitalar Cova da Beira. Um questionário estandardizado foi aplicado e foi solicitada a demonstração da técnica inalatória. No total, 130 demonstrações nos não-idosos e 118 demonstrações nos idosos foram feitas. Os erros foram avaliados usando checklists baseadas nas instruções dos fabricantes e a técnica inalatória foi classificada como correta, aceitável ou incorreta de acordo com critérios previamente publicados. Os dados foram analisados recorrendo-se aos testes do qui-quadrado ou exato de Fisher, usando o Software Package for Social Sciences (SPSS®), versão 23.0, considerando um valor-p menor ou igual a 0,05 como significativo. Resultados: A técnica foi correta em 13,6%, aceitável em 61,0% e incorreta em 25,4% dos idosos asmáticos, comparativamente com 15,4%, 55,4% e 29,2% nos não-idosos, respetivamente. O inalador pressurizado / Metered dose inhaler (MDI) demonstrou o pior desempenho com apenas 7,7% dos idosos e 19,6% dos não-idosos a não demonstrarem erros. Contrariamente, o Diskus® demonstrou o melhor desempenho em ambos os grupos. Nenhuma diferença entre os dois grupos foi encontrada em relação à técnica inalatória. O passo mais errado foi não inclinar a cabeça para trás ao inalar, um erro minor. Apenas 11,1% dos idosos que classificaram o seu inalador como fácil e 12,7% dos que afirmavam ter técnica certa não tinham erros. Apesar de quase todos os doentes receberem treino inicial, apenas 49,2% dos idosos e 55,4% dos não-idosos tinham treino frequente. A avaliação reiterada da técnica estava associada a melhor técnica nos não-idosos mas não nos idosos. Nenhuma associação foi encontrada entre técnica e sexo, habilitações, classe social ou número de inaladores. Discussão: Uma técnica incorreta permanece comum. O MDI apresentou maior proporção de erros quando comparado com os Dry Powder Inhalers, sugerindo-o como menos user friendly. No entanto, todos os dispositivo apresentaram muitos erros, consistente com guidelines que afirmam os inaladores equivalentes se usados corretamente. Os doentes tendem a sobrestimar o uso correto, pelo que, é insuficiente perguntar sobre a sua perceção. Antes, a avaliação frequente da técnica é necessária pois esquecem-se das instruções com o tempo.
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Keywords
Asma Idosos Inaladores Não-Idosos Técnica Inalatória.
