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Entrepreneurial Failure: Causes, Consequences and Implications in Re-Entry
| datacite.subject.fos | Ciências Sociais::Gestão | pt_PT |
| dc.contributor.advisor | Ferreira, João José de Matos | |
| dc.contributor.advisor | Oliveira, Rui Torres de | |
| dc.contributor.author | Costa, Paula de Sande Marinha Lemos | |
| dc.date.accessioned | 2025-02-24T11:05:42Z | |
| dc.date.available | 2025-02-24T11:05:42Z | |
| dc.date.issued | 2024-04-09 | |
| dc.description.abstract | Entrepreneurship is crucial for the economy and society, but one of its main characteristics is the assumption of risk, and as such, the probability of failure exists and is high. Hence the relevance of studying it. This thesis comprises five essays, a systematic literature review (essay 1) and four empirical essays that attempt to investigate the failure phenomenon, analysing aspects such as causes, consequences and re-entry (essay 2), learning (essay 3), fear (essay 4) with a specific focus on microenterprises and the impact of emotions - fear and wellbeing – in risk perception and risk taking and in the way entrepreneurs assess the success of their businesses. It aims to gain a deeper understanding of the entrepreneurial failure (EF) phenomenon. The first essay, presented in chapter 2, aimed to systematize the knowledge already developed about EF, identify gaps, and propose lines of future research. Through a systematic review of the literature on entrepreneurial failure, it was possible to identify essential themes such as causes, learning, fear, and how they impact re-entry. Understanding re-entry by discovering the antecedents, mechanisms, and triggers that lead entrepreneurs to start again helps advance knowledge in an area of entrepreneurship literature that has been neglected. Chapter 3 presents the second essay that focuses on understanding the causes and consequences of entrepreneurial failure in Portuguese micro-enterprises from the perspective of the entrepreneurs who failed and their families. Micro-enterprises were chosen for the study because they are very numerous and face a high probability of failure due to their characteristics, yet are still understudied, particularly in Portugal. Through interviews with 16 entrepreneurs, some family members, and a solicitor, this study highlighted how high tax burdens and deficient legal systems limit the success of these companies. We found that the financial consequences of failure have a significant impact on the emotional consequences and recovery of the entrepreneur, with the family playing a significant role in the recovery process and the possibility of re-entry. The conclusions also identify how entrepreneurs generate an impact that can be decisive for both the causes and consequences of EF. The third study, in chapter 4, focuses on learning as being inseparable from entrepreneurship and failure. This study sought to understand how learning occurs, i.e., whether entrepreneurs learn over time, what they learn, and their awareness of this process. Methodologically, a multiple case study was used, interviewing 16 entrepreneurs who experienced the failure of their companies. The study concludes that entrepreneurs learn throughout the company's life and during and after failure. Interestingly, there were different types of learning, with different contents and intensities, depending on the phase of the process in which they were. The relationship between learning and the emotions generated by failure was also identified. It was found that entrepreneurs are not aware of their own lack of knowledge, especially during the phase when the company is operating well, and this can limit learning, which is reflected in a higher probability of failure. Chapter 5 presents the fourth essay, which focuses on another inseparable aspect of entrepreneurship: fear. Due to their small size and strong connection to the entrepreneur, micro-enterprises have high failure rates, which induce fear in the entrepreneurs and their families. This study aimed to understand the dynamics of this fear. Through a multiple case study, 14 entrepreneurs and families whose companies had failed were interviewed. It was found that fear may not be present when the company is formed, at which time enthusiasm predominates, as it allows for the creation of the company, whereas when fear is present, the business does not move forward. However, once the company starts operating, a latent fear is described as positive and motivating. When the possibility of failure arises, this fear increases, becomes explicit, and has negative consequences. Some entrepreneurs do not easily accept that they feel fear, although they have felt it. And it is at this stage that families also begin to feel fear and, therefore, influence the entrepreneur to avoid such a painful situation again. Failure causes pain, pain causes fear, and fear intensifies the pain. Throughout this work, a highly relevant aspect of entrepreneurship stood out: the enormous importance of emotions, as they strongly influence decisions. Therefore, in the fifth and final study, we quantitatively studied how fear and wellbeing of entrepreneurs influence their risk evaluation and risk attitude and how these variables impact the success that entrepreneurs consider their companies to have. The results showed that fear influences risk perception, while wellbeing influences risk-taking, and both significantly impact the evaluation entrepreneurs make of the probability of their businesses failing. Fear leads to more negative evaluations of the likelihood of failure, while wellbeing has the opposite effect, with higher levels of wellbeing resulting in better evaluations of the businesses. There is no impact of fear on risk-taking or wellbeing on the perception of risk, and risk attitudes have no impact on the evaluation entrepreneurs make of the probability of their businesses failing. This study has also revealed that the surveyed entrepreneurs exhibit higher levels of wellbeing than fear, perception of risk is much higher than risk-taking, and that evaluation of the probability of failure is low, with entrepreneurs considering the probability of their businesses failing to be low. | pt_PT |
| dc.description.abstract | O empreendedorismo é crucial para a economia e a sociedade, sendo uma das suas principais características a assunção de riscos e, como tal, a probabilidade de fracasso existe e é elevada. Por isso é tão importante estudar o fracasso quanto o sucesso. Esta tese estuda o fracasso empreendedor e é composta por cinco ensaios: uma revisão sistemática da literatura (ensaio 1) e quatro estudos empíricos que procuram compreender o fenómeno do fracasso, especificamente nas causas, consequências e reentrada (ensaio 2), na aprendizagem (ensaio 3), no medo (ensaio 4) e nas emoções como o medo e o bem-estar, e o seu impacto no risco e na forma como os empreendedores avaliam o seu sucesso. A tese tem como unidade de análise as microempresas portuguesas e optou-se por este tipo de empresas, por duas razões principais. Primeiro, porque as microempresas são as empresas em maior número, não só em Portugal, mas na maioria dos países e têm uma probabilidade de fracasso elevada, o que as torna muito relevantes e, também devido ao elevado número de empregos que geram e à distribuição do rendimento que originam. Depois, porque o efeito do fracasso nos empreendedores que criaram microempresas e que as viram desaparecer é muito diferente do que se passa quando uma empresa de grandes dimensões fracassa. O que se pretendeu aprofundar foi, precisamente, essa perda sentida pelos microempreendedores. Este estudo centrou-se, assim, no estudo do fracasso de microempresas sob a perspetiva e percepção do empreendedor e da sua família. Pretendeu olhar-se para o fracasso a partir de dentro, para se perceber os efeitos das diferenças individuais quer dos empresários quer do ambiente familiar, analisar os sentimentos, dando especial atenção à dor provocada e às suas consequências para a vida destas pessoas. Esta tese oferece relevantes contribuições para o conhecimento sobre empreendedorismo e sobre o fracasso em particular. Com o objetivo de obter uma visão holística da investigação, que tem sido realizada ao longo do tempo sobre o tema, iniciou-se o estudo por uma revisão sistemática da literatura sobre o fracasso empreendedor. Identificaram-se várias lacunas de investigação, algumas das quais esta tese pretendeu preencher. Desta revisão, apresentada no capítulo 2, foi possível agrupar a literatura em três grupos temáticos (clusters) – causas, aprendizagem e medo - que foram o ponto de partida para os três estudos empíricos seguintes. O quinto e último estudo surge na sequência dos três anteriores que mostraram a importância de estudar também as emoções no empreendedorismo. O capítulo 3 apresenta o primeiro estudo empírico (qualitativo) que se concentrou na compreensão das causas e consequências do fracasso empreendedor. Através de entrevistas a empreendedores, a alguns membros das suas famílias e a uma solicitadora, foi possível perceber que aspetos, como uma carga fiscal demasiado elevada, um sistema judicial deficiente e extremamente lento, assim como a política de pagamentos por parte dos clientes, incluindo o governo, limitam fortemente o sucesso destas empresas, e são apontadas como algumas das causas do fracasso destas empresas. Concluiu-se que o fracasso é uma experiência muito negativa e excecionalmente dolorosa para quem criou uma empresa cheio de expectativas que, a partir de determinada altura, se veem goradas, assim como para a sua família. A gravidade das consequências do fracasso depende muito da capacidade de análise da realidade que o empreendedor tem o que explica a forma como prepara o fracasso. São as consequências financeiras que condicionam todo o resto. Quanto mais graves forem, mais grave é todo o processo, levando por vezes à destruição da vida das pessoas e impedindo uma recuperação que permita um recomeço. As famílias são cruciais nesta fase. Outro aspeto que sobressaiu da revisão da literatura foi o papel da aprendizagem no processo do fracasso empreendedor. Assim, o segundo ensaio empírico (qualitativo), apresentado no capítulo 4, foi dedicado ao estudo da aprendizagem, também com base em entrevistas e sob a ótica do empreendedor. Ou seja, pretendeu analisar-se o que o empreendedor considera que aprendeu com o fracasso e que importância dá a essa aprendizagem. Percebeu-se que a aprendizagem é mais intensa e mais frutífera ao longo da vida da empresa. No entanto, verificou-se que alguns dos empreendedores não estão cientes da sua própria ignorância o que pode limitar a aprendizagem, refletindose numa maior probabilidade de fracasso. Quando o fracasso passa a ser uma possibilidade mais real, pode haver um bloqueio ou uma negação que a acontecer limitam muito a capacidade de aprender com a experiência, pois condicionam fortemente a parte cognitiva da pessoa. Contudo, se isso não acontecer há uma aprendizagem centrada noutros aspetos seja, relativamente a apoios ou à falta deles, seja relativamente às pessoas próximas, em que o empreendedor percebe em quem pode de facto confiar e quem os abandonou. Este é um aspeto decisivo para a sua saúde mental e física, e para a recuperação poder acontecer, tornando muito clara a relação entre a aprendizagem e as emoções. Depois de a empresa ter desaparecido (fechado ou vendida) a aprendizagem vai acompanhando o processo de recuperação e incide mais sobre os próprios empreendedores, ocorrendo uma introspeção que vai permitir que se conheçam melhor enquanto pessoas, e vai condicionar a decisão de reentrar noutro negócio ou, pelo contrário, optar por outra solução menos arriscada. O medo é outra realidade inerente ao empreendedorismo que surgiu nitidamente da revisão da literatura e que também foi estudado nesta tese, no terceiro ensaio (capítulo 5), através de uma abordagem qualitativa, com recurso a entrevistas. As microempresas, devido à sua reduzida dimensão e porque estão íntima e fortemente ligadas ao empreendedor, têm elevadas taxas de fracasso, o que induz medo não apenas no empreendedor, mas também na sua família. O objetivo deste estudo foi entender a dinâmica deste medo, que está presente a partir do momento em que a empresa começa a funcionar. É descrito como sendo motivador e indutor da criatividade. Este medo induz o empreendedor a procurar novas estratégias, novas formas de fazer acontecer, a procurar novos clientes, a colocar-se na pele do cliente para perceber o mais cedo possível as suas necessidades atuais e especialmente as futuras. Pode, pois, concluir-se que o medo nesta fase é em parte responsável pelo sucesso das empresas. No entanto, quando o fracasso surge no horizonte como um aspeto mais real, o medo altera-se, intensifica-se e muito frequentemente bloqueia a capacidade de raciocínio e de análise do empreendedor, porque estas empresas são vistas por quem as criou como se de um membro da família se tratasse, como uma “pessoa” querida. Assim, a possibilidade da sua perda afeta muito estes empreendedores. Por outro lado, em muitos casos estas empresas suportam financeiramente os empreendedores e as suas famílias, e a sua perda vai condicionar a qualidade das suas vidas de forma muito intensa. Alguns empreendedores não aceitam facilmente o facto de sentirem medo, embora o tenham sentido. É na fase final, em que o fracasso é uma realidade, que as famílias também começam a sentir medo, e por isso influenciam o empreendedor na tentativa de não passarem novamente por uma situação tão dolorosa. O fracasso causa dor, a dor causa medo e o medo intensifica a dor. Os estudos anteriores (ensaios 2, 3 e 4) chamaram a atenção para o papel das emoções no empreendedorismo numa perspetiva qualitativa. O último estudo (ensaio 5) visou avaliar o impacto das emoções numa perspetiva quantitativa (capítulo 6). Assim, e na impossibilidade de estudar toda a gama de emoções que são vividas pelos empreendedores, optou-se por estudar o medo e o bem-estar, ambas ainda pouco estudadas no âmbito do empreendedorismo. Foram formuladas várias hipóteses de investigação e constatou-se que quanto maior o medo maior é a perceção do risco, enquanto o bem-estar potencia a propensão para o risco. Da mesma forma, o medo provoca uma avaliação da probabilidade de fracasso maior ao contrário do bem-estar. Esta tese permitiu chegar a várias conclusões muito relevantes para o conhecimento sobre a relação entre o fracasso empreendedor e o empreendedorismo. Para além disso, clarificou as causas e consequências do fracasso, mostrou a importância da aprendizagem e do medo e a importância das famílias para os empreendedores, para a sua recuperação após um fracasso e nas decisões que tomam. Também se percebeu que a reentrada após o fracasso é influenciada muito intensamente pelas consequências financeiras e também pelas famílias. Por outro lado, o medo e o bem-estar afetam a avaliação que os empreendedores fazem da probabilidade de fracasso das suas empresas, além de condicionarem a forma de percecionarem e assumirem o risco. | pt_PT |
| dc.identifier.tid | 101686897 | pt_PT |
| dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/10400.6/15120 | |
| dc.language.iso | eng | pt_PT |
| dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/ | pt_PT |
| dc.subject | Análise bibliométrica | pt_PT |
| dc.subject | Aprendizagem | pt_PT |
| dc.subject | Bem-estar | pt_PT |
| dc.subject | Causas do fracasso | pt_PT |
| dc.subject | Consequências do fracasso | pt_PT |
| dc.subject | Dor | pt_PT |
| dc.subject | Emoções | pt_PT |
| dc.subject | Família | pt_PT |
| dc.subject | Fracasso empresarial | pt_PT |
| dc.subject | Medo | pt_PT |
| dc.subject | Microempresas | pt_PT |
| dc.subject | Reentrada | pt_PT |
| dc.subject | Risco | pt_PT |
| dc.subject | Revisão sistemática da literatura | pt_PT |
| dc.title | Entrepreneurial Failure: Causes, Consequences and Implications in Re-Entry | pt_PT |
| dc.type | doctoral thesis | |
| dspace.entity.type | Publication | |
| person.familyName | Costa | |
| person.givenName | Paula de Sande Marinha Lemos | |
| person.identifier.ciencia-id | 251A-E741-9493 | |
| person.identifier.orcid | 0000-0002-4530-824X | |
| rcaap.rights | openAccess | pt_PT |
| rcaap.type | doctoralThesis | pt_PT |
| relation.isAuthorOfPublication | 295a2c2b-e9ae-4ad9-9765-38b9301566d6 | |
| relation.isAuthorOfPublication.latestForDiscovery | 295a2c2b-e9ae-4ad9-9765-38b9301566d6 | |
| thesis.degree.name | Doutoramento em Gestão | pt_PT |
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