| Name: | Description: | Size: | Format: | |
|---|---|---|---|---|
| Documento em Acesso Embargado até dia 26-11-2027. Tente solicitar cópia ao autor carregando no ficheiro | 7.66 MB | Adobe PDF |
Authors
Abstract(s)
Originating from the foundational integration of entrepreneurial ecosystems and digital ecosystems, the Digital Entrepreneurial Ecosystems (DEEs) construct has gained increasing scholarly attention since its conceptualisation. However, despite its theoretical relevance, empirical research on DEEs remains limited by overgeneralised assumptions, insufficient digital specificity, and a lack of systematic, cross-national analysis. Existing studies often treat all DEE elements as equally necessary and universally effective, without accounting for contextual asymmetries, threshold effects, or systemic dysfunctions. This thesis investigates the conditions under which DEEs enable the emergence of high-value entrepreneurial outcomes—namely, startups, unicorns, and digitally enabled unicorns—across diverse economic and regional contexts (e.g., Advanced Economies, Emerging Economies, Europe, Asia-Pacific, high-performing ecosystems, and low-performing ecosystems).
Addressing these gaps, this thesis poses the central research question: What specific or group of Digital Entrepreneurial Ecosystem (DEE) elements are required to generate startups, unicorns, and digitally enabled unicorns, and how do these needs, bottlenecks, and thresholds differ across economic, geographical, and performance-based contexts? To answer this, the study pursues three objectives: to identify necessary and/or sufficient elements and configurations of DEEs; to detect how these vary across different country groupings; and to recognise bottleneck thresholds for each entrepreneurial outcome. The empirical analysis draws on data from 112 countries and operationalises eight core DEE elements: Cultural and Informal Institutions (CII), Formal Institutions, Regulation and Taxation (FIRT), Market Conditions (MC), Physical Infrastructure (PI), Human Capital (HC), Knowledge Creation and Dissemination (KCD), Finance (F), and Network and Support (NS). Each of these was adapted to incorporate digitally embedded indicators, reflecting the specificity of digital entrepreneurship. The three outcomes under investigation—startups (newly established ventures focused on technologies and technological processes or platforms with scalable business models), unicorns (privately held startup companies valued at over USD 1 billion), and digitally enabled unicorns (unicorns whose business models are fundamentally dependent on digital technologies)—were analysed concerning these DEE elements. The study employs a novel combination of Necessary Condition Analysis (NCA) and fuzzy-set Qualitative Comparative Analysis (fsQCA), grounded in a Popperian falsification logic, to investigate non-compensatory constraints and sufficient causal configurations.
The findings challenge the assumption of universal necessity in DEEs. While certain conditions—such as market connectivity, support networks, and digital infrastructure—emerge as necessary in high-performing contexts, no single element is universally indispensable across all outcomes or regions. The thesis introduces two original theoretical constructs: Functional DEEs, where elements are coherently mobilised and digitally integrated, and Dysfunctional DEEs, where fragmentation and underperformance prevail despite the nominal presence of resources. These models, grounded in novel empirical configurations, offer a new logic for ecosystem classification and performance interpretation.
This research contributes to entrepreneurship by providing a falsifiable, context-sensitive, and digitally specified framework for assessing DEEs. It has significant implications for theory-building, measurement practice, policy design, and strategic decision-making. By bridging digital complexity with ecosystem functionality and distinguishing between presence and effective mobilisation of resources, the thesis offers new perspectives for scholars, practitioners, and policymakers seeking to understand and shape the evolving landscape of digital entrepreneurship.
Atendendo à integração fundacional entre ecossistemas empreendedores e ecossistemas digitais, o conceito de Ecossistemas Empreendedores Digitais (Digital Entrepreneurial Ecosystems – DEEs) tem vindo a atrair uma atenção académica crescente desde a sua conceptualização. No entanto, apesar da sua relevância teórica, a investigação empírica sobre DEEs continua limitada por pressupostos excessivamente generalizados, por uma insuficiente especificidade digital e pela escassez de análises sistemáticas e comparativas a nível internacional. Os estudos existentes tendem a tratar todos os elementos dos DEEs como igualmente necessários e universalmente eficazes, sem considerar as assimetrias contextuais, os efeitos de limiar ou as disfunções sistémicas. Esta tese investiga as condições sob as quais os DEEs permitem o surgimento de resultados empreendedores de elevado valor — nomeadamente, startups, unicórnios e unicórnios digitalmente habilitados — em diversos contextos económicos e regionais (e.g., Economias Avançadas; Economias Emergentes; Europa; Ásia-Pacífico; ecossistemas com alto desempenho; e ecossistemas com baixo desempenho). Com vista a colmatar estas lacunas, esta tese coloca a seguinte questão central de investigação: Que elementos específicos ou combinados de um Ecossistema Empreendedor Digital (DEE) são necessários para gerar startups, unicórnios e unicórnios digitalmente habilitados, e de que forma estas necessidades, gargalos e limiares diferem entre contextos económicos, geográficos e de desempenho? Para responder a esta questão, o estudo define três objectivos principais: (i) identificar os elementos e/ou configurações necessários e/ou suficientes dos DEEs; (ii) detectar como estas necessidades variam entre diferentes grupos de países; e (iii) reconhecer os limiares críticos para cada um dos resultados empreendedores. A análise empírica baseia-se em dados de 112 países e operacionaliza oito elementos centrais dos DEEs: Cultura e Instituições Informais (CII), Instituições Formais, Regulação e Tributação (FIRT), Condições de Mercado (MC), Infraestruturas Físicas (PI), Capital Humano (HC), Criação e Disseminação de Conhecimento (KCD), Financiamento (F) e Redes e Apoio (NS). Cada um destes elementos foi adaptado para incluir indicadores digitalmente integrados, reflectindo a especificidade da realidade empreendedora digital. Os três resultados analisados — startups (novos empreendimentos orientados para tecnologias, processos tecnológicos ou plataformas com modelos de negócio escaláveis), unicórnios (startups avaliadas em mais de mil milhões de dólares norte-americanos) e unicórnios digitalmente habilitados (unicórnios cuja lógica de negócio depende fundamentalmente de tecnologias digitais) — foram estudados em relação a estes elementos dos DEEs. O estudo aplica uma combinação de Análise de Condições Necessárias (NCA) e Análise Qualitativa Comparativa por Conjuntos Fuzzy (fsQCA), alinhada com uma lógica popperiana de falseabilidade, para explorar simultaneamente constrangimentos não-compensatórios e configurações causais suficientes. Os resultados desafiam a premissa de necessidade universal dos elementos dos DEEs. Embora certas condições — como conectividade de mercado, redes de apoio e infraestrutura digital — surjam como necessárias em contextos de elevado desempenho, nenhum elemento se revela universalmente indispensável para todos os resultados ou regiões. A tese propõe dois novos construtos teóricos originais: os DEEs Funcionais, nos quais os elementos são mobilizados de forma coerente e digitalmente integrada; e os DEEs Disfuncionais, onde prevalecem fragmentação e baixo desempenho, apesar da presença nominal de recursos. Estes modelos, sustentados em configurações empíricas inéditas, oferecem uma nova lógica para a classificação e interpretação do desempenho dos ecossistemas. Esta investigação contribui para o campo do empreendedorismo ao oferecer um quadro conceptual falseável, sensível ao contexto e digitalmente especificado para a avaliação de DEEs. As implicações são significativas em termos de desenvolvimento teórico, práticas de medição, formulação de políticas públicas e tomada de decisões estratégicas. Ao articular a complexidade digital com a funcionalidade dos ecossistemas, e ao distinguir entre a mera presença de recursos e a sua mobilização efectiva, a tese oferece novas perspectivas para académicos, profissionais e decisores políticos que procuram compreender e moldar o cenário emergente do empreendedorismo digital.
Atendendo à integração fundacional entre ecossistemas empreendedores e ecossistemas digitais, o conceito de Ecossistemas Empreendedores Digitais (Digital Entrepreneurial Ecosystems – DEEs) tem vindo a atrair uma atenção académica crescente desde a sua conceptualização. No entanto, apesar da sua relevância teórica, a investigação empírica sobre DEEs continua limitada por pressupostos excessivamente generalizados, por uma insuficiente especificidade digital e pela escassez de análises sistemáticas e comparativas a nível internacional. Os estudos existentes tendem a tratar todos os elementos dos DEEs como igualmente necessários e universalmente eficazes, sem considerar as assimetrias contextuais, os efeitos de limiar ou as disfunções sistémicas. Esta tese investiga as condições sob as quais os DEEs permitem o surgimento de resultados empreendedores de elevado valor — nomeadamente, startups, unicórnios e unicórnios digitalmente habilitados — em diversos contextos económicos e regionais (e.g., Economias Avançadas; Economias Emergentes; Europa; Ásia-Pacífico; ecossistemas com alto desempenho; e ecossistemas com baixo desempenho). Com vista a colmatar estas lacunas, esta tese coloca a seguinte questão central de investigação: Que elementos específicos ou combinados de um Ecossistema Empreendedor Digital (DEE) são necessários para gerar startups, unicórnios e unicórnios digitalmente habilitados, e de que forma estas necessidades, gargalos e limiares diferem entre contextos económicos, geográficos e de desempenho? Para responder a esta questão, o estudo define três objectivos principais: (i) identificar os elementos e/ou configurações necessários e/ou suficientes dos DEEs; (ii) detectar como estas necessidades variam entre diferentes grupos de países; e (iii) reconhecer os limiares críticos para cada um dos resultados empreendedores. A análise empírica baseia-se em dados de 112 países e operacionaliza oito elementos centrais dos DEEs: Cultura e Instituições Informais (CII), Instituições Formais, Regulação e Tributação (FIRT), Condições de Mercado (MC), Infraestruturas Físicas (PI), Capital Humano (HC), Criação e Disseminação de Conhecimento (KCD), Financiamento (F) e Redes e Apoio (NS). Cada um destes elementos foi adaptado para incluir indicadores digitalmente integrados, reflectindo a especificidade da realidade empreendedora digital. Os três resultados analisados — startups (novos empreendimentos orientados para tecnologias, processos tecnológicos ou plataformas com modelos de negócio escaláveis), unicórnios (startups avaliadas em mais de mil milhões de dólares norte-americanos) e unicórnios digitalmente habilitados (unicórnios cuja lógica de negócio depende fundamentalmente de tecnologias digitais) — foram estudados em relação a estes elementos dos DEEs. O estudo aplica uma combinação de Análise de Condições Necessárias (NCA) e Análise Qualitativa Comparativa por Conjuntos Fuzzy (fsQCA), alinhada com uma lógica popperiana de falseabilidade, para explorar simultaneamente constrangimentos não-compensatórios e configurações causais suficientes. Os resultados desafiam a premissa de necessidade universal dos elementos dos DEEs. Embora certas condições — como conectividade de mercado, redes de apoio e infraestrutura digital — surjam como necessárias em contextos de elevado desempenho, nenhum elemento se revela universalmente indispensável para todos os resultados ou regiões. A tese propõe dois novos construtos teóricos originais: os DEEs Funcionais, nos quais os elementos são mobilizados de forma coerente e digitalmente integrada; e os DEEs Disfuncionais, onde prevalecem fragmentação e baixo desempenho, apesar da presença nominal de recursos. Estes modelos, sustentados em configurações empíricas inéditas, oferecem uma nova lógica para a classificação e interpretação do desempenho dos ecossistemas. Esta investigação contribui para o campo do empreendedorismo ao oferecer um quadro conceptual falseável, sensível ao contexto e digitalmente especificado para a avaliação de DEEs. As implicações são significativas em termos de desenvolvimento teórico, práticas de medição, formulação de políticas públicas e tomada de decisões estratégicas. Ao articular a complexidade digital com a funcionalidade dos ecossistemas, e ao distinguir entre a mera presença de recursos e a sua mobilização efectiva, a tese oferece novas perspectivas para académicos, profissionais e decisores políticos que procuram compreender e moldar o cenário emergente do empreendedorismo digital.
Description
Keywords
Digital Entrepreneur Ecosystems Functional DEE Dysfunctional DEE Performance fsQCA NCA Advanced Economies Emerging Economies Europe Asia-Pacific Higher Performance Lower Performance Ecossistemas Empreendedores Digitais DEE funcional DEE disfuncional Economias Avançadas Economias Emergentes Europa Ásia-Pacífico Desempenho Superior Desempenho Inferior
