Browsing by Author "Rosa, José Maria Silva"
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- À Mesa da Vida. Comunidade e comensalidade em Michel HenryPublication . Rosa, José Maria SilvaUma das mais recentes propostas de leitura dos textos bíblicos, em especial dos evangelhos, a chamada teologia narrativa, apresenta a comunidade e a comensalidade como lugares privilegiados de revelação e de relação evangélicas. Foi à mesa, durante as refeições, que Jesus proferiu algumas das suas mais significativas palavras e teve gestos absolutamente reveladores da Vida superabundante em que vivia. Foi também à mesa que operou a inversão entre uma hospitalidade formal, exterior e protocolar, de um fariseu como Simão (Lc 7, 36-50), gestos sociais exangues da vida, e a hospitalidade vital e originária das lágrimas e dos perfumes de Maria Madalena, ajoelhada aos pés dessa mesma mesa. E foi ainda à mesa – será preciso recordá-lo? – no pathos da Última Ceia, que Jesus enlaçou num único e mesmo logos de vida quer a narrativa de uma comunidade escatológica quer as realidades vitais por excelência do pão e do vinho de todos os dias: «Tomai e comei todos…; tomai e bebei todos…; fazei isto em memória de mim». É para nós significativa a comum orientação (apesar de tudo o que as separa, pois não ignoramos as críticas de Michel Henry às pretensões da Teologia Filosófica) entre «Palavras de Cristo»; e «Encarnação. Para uma Filosofia da Carne», leu ele próprio ainda mais radicalmente os evangelhos, muito em particular o evangelho de São João. M. Henry vê aí, 'in actu exercito', por antecipação e em abundância, o cumprimento da inversão da Filosofia tradicional, na sua matriz fenomenológica grega e husserliana.
- À sombra de Nietzsche. Uma reflexão sobre as ‘Culturas em Movimento’Publication . Rosa, José Maria SilvaÀ primeira vista, parece difícil conjugar em simultâneo as noções de Cultura e de Movimento. Com efeito, o sentido clássico de Cultura, na demanda de um critério determinante daquilo que merece e deve ser cultivado (desde os agri da agricultura até às letras do espírito, passando por tudo o que, no entremeio, que implicava a puericultura), acaba por introduzir um critério absoluto, não-cultural, seja ele natural seja divino (dimensões que amiúde se equivalem como no estoicismo) a fim de fundar o juízo de valor subjacente à definição de tudo o que se considera ser Cultura.
- Actas do Congresso Internacional - As Confissões 1600 anos depois: Presença e ActualidadePublication . Freitas, Manuel Barbosa da Costa; Rosa, José Maria SilvaO presente volume de Actas, editado pela Universidade Católica Editora (UCE – Lisboa), reúne o conjunto de comunicações apresentadas durante o Congresso internacional - As Confissões de Santo Agostinho - 1600 anos depois: Presença e Actualidade, organizado por José Maria da Silva Rosa, Manuel Barbosa da Costa Freitas e Joaquim Cerqueira Gonçalves, e realizado na mesma Universidade, em Lisboa, nos dias 13 a 16 de novembro do ano 2000.
- "Apresentação": Olhares Luso-Brasileiros sobre LiteraturaPublication . Rosa, José Maria SilvaEm meio destoutro mar atlante que nos une e nos diferencia – a Literatura -, mas também nas suas margens, procuraram-se olhares diversos, cruzados, polifémicos (mas não vesgos nem ciclópicos), amiúde provocatórios, que se pudessem congraçar em torno de um ser lusíada que sempre se disse e diz de muitos modos. Pretendia-se revisitar o passado, auscultar 0 presente e, outrossim, se os numes das letras a permitissem, adivinhar 0 futuro, o que é a forma mais exce1ente de começar a construi-lo. E assim, do «Grito do Ipiranga» ao «Portugal Avozinho», de Bandeira, se foi encontrando um entremeio, um estar marítimo e baloiçante, cá e lá, nem cá nem lá, que, por entre velas enfunadas e mastros rangentes, procurou vislumbrar de novos astros nos céus, ‘delirar’ novos símbolos, sonhar impossíveis e sossegar, alfim, entre as capitosas delicias de um ultimo e invertido «vinho-de-torna-viagem», porque, se outrora achámos, hoje é o Brasil que de muitos modos redescobre Portugal.
- Apresentação: Teorias Políticas MedievaisPublication . Rosa, José Maria Silva; Balsas, ÁlvaroO presente número da temática central as da ignorância, continua a ser temerário usar hoje o adjetivo Teorias Políticas Medievais Revista Portuguesa de Filosofia . Devido à barbárie tem como ‘medieval’. Não raro, mesmo até entre o público erudito, preconceitos arreigados continuam a projetar nele uma semântica obscura e a impossibilitar uma representação o mais fiel possível do que foi o vigor intelectual da Idade Média. Haveria, então, um pensamento político ‘medieval’?! Nem pensar. Para alguns bastará dizer que «na Idade Média mandava a Igreja». E quanto a teorias políticas? A mesma linha do pensar afirmaria que só com N. Maquiavel e T. Hobbes. Ora, os estudos reunidos neste fascículo não corroboram tais preconceitos.
- A ‘Arte da Medicina’, entre o impossível e o irrecusávelPublication . Rosa, José Maria SilvaA expressão ‘Arte da Medicina’ é muito antiga. Tem pelo menos 2500 anos. Aparece-nos como título de um dos tratados das obras atribuídas a Hipócrates, concretamente o 4.º tratado do 2.º vol. das «Obras Completas» do «Corpus Hippocraticum», editadas pela Loeb Classical Library, entre as pp. 185-215, opúsculo intitulado precisamente «Perì technēs iatrikēs>«, i.e., «Acerca da arte médica» ou de «curar». É um texto curto que, quase de certeza, não foi escrito por um ‘iatrós’ / médico, mas por um sofista de finais do séc. V a.C. O texto, depois de algumas notas preliminares contra aqueles que negam a existência da dita Arte — negação absurda, diz-se, pois afirmam que “o que é visto”, o evidente, não existe — a «Perìtéchnēs iatrikés» é apresentada como aquela que alivia e liberta do sofrimento causado pela doença, embora recuse tratar as perturbações incuráveis. Expõe então e refuta sucessivamente quatro objeções que os detratores levantam contra a Arte da Medicina: a) que as curas se devem-se à sorte (‘tychē’) e não à arte (‘téchnē’); b) que alguns pacientes se recuperam sem a ajuda do ‘iatrós’; c) que outros ainda, embora cuidados e tratados por um médico, acabam por morrer; e, finalmente, d) que alguns médicos recusam tratar certas doenças porque sabem não ter poder para as curar.
- O ‘augustinismo político’ na génese de Portugal como nação ibérica independente (1143-1179)Publication . Rosa, José Maria SilvaSegundo a conhecida a tese de H.–X. Arquilière, a essência do augustinismo político teria consistido na progressiva absorção da ordem política natural (o trono) pela ordem religiosa sobrenatural (o altar). Questionando que tal tese seja agostiniana – á que Agostinho nunca advogou a absorção sem mais do poder político do Imperador pelo poder sagrado do Papa –, pretende-se verificar como tal ‘traição’ ao pensamento político de Agostinho determinou momentos fundamentais da teoria e a da prática políticas na Idade Média, na Península Ibérica e alhures.
- “Balsamão, lugar onde se ouve o silêncio”: Do psitacismo à contemplaçãoPublication . Rosa, José Maria SilvaBalsamão, como bem sabem e já experimentaram todos os que aqui estão, é um lugar de silêncio. Mas paradoxalmente, foi-me pedido para ‘vir ir aqui falar’. E eu aceitei entrar nesta 'gritante' contradição: tinha possibilidade de recusar e de ficar calado, mas não o fiz. Assim, tudo o que disser a seguir pode ser sempre usado contra mim, como no caso daqueles criminosos apanhados em flagrante delito. …
- Biblioteca da UBI: 5 anos de experiência KohaPublication . Rosa, José Maria Silva; Ribeiro, Ilda Anunciação do Patrocinio CamposApresentação sobre a Biblioteca da UBI e os 5 anos com o sistema de gestão Koha durante a "Conferência 10 Anos do Koha em Portugal" (18-19 Maio 2017, IPL).
- Celebração da Vida (a da Isabel e a nossa)Publication . Rosa, José Maria Silva; Rosa, João Pedro Gaspar e Silva Baltazar; Rosa, Francisco Miguel Gaspar e Silva Baltazar(…) — Tu procuras galinhas? - perguntou a raposa. — Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”? — É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços...” — Criar laços? (…) — Vou contar-te um segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos… — O essencial é invisível para os olhos ─ repetiu o Principezinho, para nunca mais se esquecer. — Foi o tempo que perdeste com a tua Rosa que tornou a Rosa tão importante. — Foi o tempo que eu perdi com a minha Rosa… ─ repetiu o Principezinho, para nunca mais se esquecer. — Os homens já se esqueceram desta verdade ─ disse a raposa. — Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativaste. Tu és responsável pela tua Rosa… — Sou responsável pela minha Rosa… ─ repetiu o Principezinho, para nunca mais se esquecer. (…) E foi assim que o principezinho cativou a raposa. --- Antoine de Saint-Exupéry, O Principezinho, Caravela, Lisboa, 1987, p. 74