O fim do colonialismo como estrutura de poder ecônomico,
político e cultural não impediu que formas orgânicas ao modo de
pensar e sentir europeus permanecessem ativos e extremamente
vivos nas antigas possessões coloniais espalhadas mundo afora.
Como forma de poder inerente à própria modernidade, o colonialismo se constituiu no plano da ficção, da imagem e da cultura de
delírios de superioridade e supremacia europeia, legitimados pela
visão eurocêntrica que se impunha como pensamento universal. [...]