Browsing by Author "Cunha, Jacinta Correia da"
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- Seroprevalência para a Toxoplasmose nas Grávidas Acompanhadas no CHUCB e Impacto no Recém-NascidoPublication . Cunha, Jacinta Correia da; Paço, Arminda Maria Finisterra do; Nunes, Célia Maria PintoIntrodução: O Toxoplasma gondii é um parasita intracelular, responsável pela toxoplasmose. O ser humano pode adquirir a infeção pela ingestão de qualquer uma das formas do parasita. A infeção materna por T. gondii é principalmente assintomática, mas pode ter implicações para o desfecho da gravidez e para o feto. A taxa de transmissão vertical aumenta com a idade gestacional. Por outro lado, a severidade da infeção fetal está inversamente relacionada com a idade gestacional em que ocorre a seroconversão. Devido às implicações que a infeção representa para a gestação e para o recém-nascido, estão recomendadas medidas de prevenção primária e secundária. Este estudo foi desenvolvido com o objetivo de caracterizar o estado serológico das grávidas cujos bebés nasceram no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira e avaliar o impacto da infeção para o recém-nascido. Materiais e Métodos: Estudo observacional e retrospetivo. A amostra em estudo são as grávidas seguidas no Hospital Universitário Cova da Beira, cujo parto e pelo menos uma das serologias para a toxoplasmose foram realizados nesta instituição (no período de janeiro de 2020 a dezembro de 2021). Foram recolhidas informações sobre as grávidas, os testes serológicos e os recém-nascidos através da consulta dos processos clínicos. As grávidas foram divididas em 2 grupos: imunes para a toxoplasmose e não imunes. Com base em análise estatística foram comparados os 2 grupos em relação às restantes variáveis. Resultados: Das 647 grávidas em estudo, 7,4% são imunes para a toxoplasmose. A seroprevalência de IgM é de 0,5%. No período do estudo não se verificaram seroconversões para a toxoplasmose durante a gestação. As grávidas imunes para a toxoplasmose apresentam uma idade significativamente mais elevada que as grávidas não imunes. O grupo das grávidas não imunes realizaram um maior número de serologias para pesquisa e doseamento dos anticorpos das classes IgM e IgG para a Toxoplasmose em comparação com as imunes. Conclusões: A imunidade para a toxoplasmose e a seroprevalência de anticorpos IgM é mais baixa neste estudo do que está descrito em estudos anteriores. Esta tendência decrescente atribui-se aos programas de prevenção recomendados em Portugal e ao aumento do conhecimento sobre as medidas preventivas.