Browsing by Author "Ferreira, Alcino"
Now showing 1 - 5 of 5
Results Per Page
Sort Options
- Deus como Luz e como AbismoPublication . Ferreira, AlcinoToda a expressão é visibilidade da vivência. É aqui, na vivência, que tudo acontece com naturalidade, tal como a erva cresce sem se ver, mesmo que seja contra minha vontade. No entanto, todas as vezes que me envolvo na expressão, que ainda é vivência minha, ao mesmo tempo que descubro quem eu sou, sinto também saudades do abrigo do silêncio onde melhor me encontro comigo mesmo. Só que este silêncio pressupõe ainda o desconforto da expressão, porque é na expressão que eu me reencontro no mundo humano, fazendo de mim quem sou. Desconforto este que aparece, por um lado, porque na expressão se dá a experiência radical da finitude, por outro lado, todo o acto de expressão é um rasgar da intimidade, abertura a um outro eu que em mim se instala. Sei que sou finito, não por saber que há um nascimento e uma morte na estrutura da vida que eu sou, mas sim porque na vivência da minha expressão descubro quão limitado sou a este nível. Nunca tenho pensamentos claros para mim. As palavras nunca são coincidentes com as minhas ideias, nem as minhas ideias coincidentes com a minha vivência. As palavras, ao mesmo tempo que manifestam o sentido, escondem sempre um outro sentido. Rigorosamente, "nós não sabemos o que pensamos." [...]
- Etica e DesignPublication . Ferreira, AlcinoProponho-vos pensar, por breves instantes, três questões: 1. Ética e Autenticidade: a ética aparece no desabrochar da autenticidade. 2. Design e Expressão: o design é arte. A arte é a revelação da estrutura do universo. 3. Ética e Design: Se a ética é o fundamento do sonho do designer, será que Bolonha nos trouxe o que nos prometeu? Eis uma questão ética, que é uma questão nossa e é uma questão que está em aberto.
- Faróis Urbanos, Berços de LuzPublication . Ferreira, AlcinoPensar em Faróis Urbanos é pensar que os homens se tornam homens porque existe um mundo que lhes permitiu nascer, e assim nasceu, na sua vivência, um outro mundo a que damos o nome de mundo humano, cultura, história. Não há aqui mundos paralelos, mas tão só dimensões concêntricas onde se descobre a unidade do todo e a riqueza inesgotável do real. Os faróis são sempre pontos de referência, indissociáveis da luz, em que o momento se cristalizou. São obras de arte, expressão da existência, que se alimentam das profundezas inultrapassáveis do todo.
- Identidade na diferença e a obra de artePublication . Ferreira, AlcinoArquitectura da Diferença é uma expressão feliz, em que se anuncia que a obra de arte nasce da estrutura do mundo no interior do corpo próprio. A primeira obra de arte é o corpo próprio, aí o universo vem ao seu próprio sentido no aparecer do mundo humano. E cada corpo próprio, como cada obra de arte, é o que é porque a singularidade se recorta na autenticidade do diálogo que o aparecer do outro me permite. E o outro, um outro eu companheiro da minha aventura, é o lugar em que eu me reconheço na sua diferença, a minha primeira transcendência.
- Percepção e pintura em Merleau-PontyPublication . Ferreira, AlcinoA percepção é o tema fundamental no percurso filosófico de Merleau-Ponty. É o tema que perpassa toda a sua obra. Trata-se de pensar a experiência originária, que reside no facto de algo se constituir em objecto para uma consciência.