Browsing by Author "Ferreira, Leonor Loureiro"
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- Impacto psicoafetivo da pandemia COVID-19 na Perturbação do Espetro do Autismo em idade pediátrica – Revisão SistemáticaPublication . Ferreira, Leonor Loureiro; Moreira, Ana Margarida Leitão; Figueiredo, Maria Inês Ismael deIntrodução: A Perturbação do Espetro do Autismo é uma condição heterogénea, com défice na comunicação e interação social, com padrões restritos e repetitivos de comportamento e interesses. A etiologia é multifatorial. As manifestações da doença variam dependendo da gravidade, do nível de desenvolvimento, da idade e género. As mudanças trazidas pela pandemia COVID-19 podem ter um impacto relevante nesta população, traduzindo-se em dificuldades na regulação comportamental e stress emocional, particularmente, nas crianças e adolescentes. Objetivos: Avaliar o impacto da pandemia COVID-19 em vários domínios – alimentação, comportamento, saúde mental, sono e tempo de ecrã – em crianças e adolescentes com diagnóstico de Perturbação do Espetro do Autismo. Métodos: Foram pesquisados artigos na PubMed e b-on em português, espanhol e inglês de 2020 até 2023. Nesta revisão, foram incluídos artigos que reportaram o impacto psicoafetivo da pandemia COVID-19 em crianças e adolescentes com idade igual ou inferior a 18 anos, diagnosticadas com Perturbação do Espetro do Autismo. A pesquisa, análise e seleção dos artigos foi realizada de forma independente por dois investigadores e um terceiro foi chamado nas situações de desempate. A análise de viés foi realizada com o auxílio da JBI Critical Appraisal Tools. O protocolo foi publicado na plataforma PROSPERO com o número de registo: CRD42023453425. Resultados: As crianças e adolescentes com Perturbação do Espetro do Autismo demonstraram maior rigidez e inflexibilidade. De forma geral, os cuidadores reportaram impacto negativo moderado a grave no comportamento global das crianças, salientando o aumento de comportamentos agressivos, estereotipados, repetitivos, de oposição e irritabilidade. Reportaram maiores níveis de stress e ansiedade desta população. Os mecanismos de coping preferencialmente utilizados foram sobretudo desadaptativos ou dependentes de terceiros (como os cuidadores). A disrupção das rotinas aumentou consideravelmente as alterações do sono e o tempo em frente aos ecrãs. Conclusão: A população em estudo revelou desafios à adaptação das mudanças impostas pela pandemia. É importante uma maior vigilância e adoção de políticas e apoios para proteger este grupo.
