Browsing by Author "Galhoz, Margarida Santos"
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- Crescer com um irmão que tem Perturbação do Espetro do Autismo: Risco acrescido de psicopatologia?Publication . Galhoz, Margarida Santos; Figueiredo, Maria Inês Ismael de; Moreira, Ana Margarida LeitãoIntrodução: A Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) é uma condição heterogénea do neurodesenvolvimento que se caracteriza por défices na comunicação e interação em diferentes contextos, associados a padrões restritivos e repetitivos de comportamento e atividade. Este quadro clínico pode acarretar múltiplas repercussões no seio da família, em particular na relação pais-filhos e entre irmãos. A investigação sobre o impacto familiar de ter uma criança/adolescente com PEA tem aumentado, mas tem-se focado sobretudo na perspetiva dos cuidadores. Não obstante, crescer com um irmão que tenha PEA pode trazer desafios. Objetivos: Identificar os principais desafios que os irmãos de crianças com PEA enfrentam no seu crescimento, nomeadamente do ponto de vista do neurodesenvolvimento e impacto psicoafectivo, e apurar se esta população tem um risco acrescido de desenvolver psicopatologia. Materiais e Métodos: A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados PubMed, Tripdatabase, Jama. Foram selecionados artigos entre janeiro de 2014 e março de 2024, que avaliassem o impacto psicoafetivo da convivência com um irmão com PEA, em crianças ou adolescentes. Nesta Revisão Sistemática foi utilizada a metodologia PRISMA. A análise da qualidade dos artigos foi realizada com a ferramenta Newcastle-Ottawa Scale. Resultados: Crianças e adolescentes com um irmão com PEA constituem um grupo de risco que merece especial atenção clínica. De um modo geral, foram identificados maiores níveis de ansiedade e stress nestas crianças, bem como sintomas depressivos. Pais e cuidadores reportaram igualmente a presença de comportamentos impulsivos, traços de hiperatividade e desatenção. Foram ainda identificados padrões atípicos do neurodesenvolvimento em algumas destas crianças, nomeadamente atrasos de linguagem e atrasos de desenvolvimento global. Conclusões: Não se pode estabelecer com exatidão uma relação entre a convivência com um irmão com PEA e o impacto no desenvolvimento psicoafetivo da população em estudo. Contudo, é importante não negligenciar as evidências encontradas e vigiar estas crianças, de forma a intervir precocemente quando surgem dificuldades.
