Browsing by Author "Martins, Vanessa Mendes"
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- Ação e Situação: Interseção da Dramaturgia e da Fenomenologia Existencial de Jean-Paul SartrePublication . Martins, Vanessa Mendes; Nascimento, André BarataA investigação a desenvolver pretende tomar a dramaturgia de Sartre como objeto de experimentação fenomenológica, ligando a espacialidade e a intersubjetividade, numa expressão de relacionamentos que modele uma teoria sartriana da ação. O objetivo é, pois, relacionar o problema da alteridade com o teatro de situações, procurando neste uma resposta àquele problema. Na relação primordial entre o outro e o sujeito — relação de objetividade — impõe-se o problema do olhar, numa consciência irrefletida, existindo enquanto objeto para outro. É sobre esta consciência, assim como sobre as reações que dela advêm, que nos queremos debruçar, procurando solucionar este problema do ser-com-o-outro através do teatro de situações, partindo da exterioridade perante si mesmo enquanto ator. Com o mise en situation, o teatro confere uma nova relevância aos conceitos de espacialidade e de alteridade, num relacionamento de não objetivação entre ator e espectador, que salvaguarda, por isso, o eu e a sua subjetividade. Pretendemos encontrar em Sartre uma compreensão da ação quer através da sua fenomenologia quer através da dramaturgia, compreendendo a forma como se intersecionam e complementam, sobretudo nas ligações entre espacialidade e temporalidade, assim como nos jogos de liberdade entre sujeitos, na sua estrutura teatral da liberdade. Assim, propomonos interpretar no quadro de uma prática da hermenêutica, o texto literário de Sartre, relacionando-o com o filosófico, porque acreditamos que o teatro de situações fornece uma nova compreensão dos relacionamentos intersubjetivos e da sua problemática.
- A dicotomia do homem revoltado: para uma compreensão da violência e do compromisso no pensamento de Albert CamusPublication . Martins, Vanessa Mendes; Nascimento, André BarataPensarmo-nos como seres humanos é cada vez mais pensarmos numa existência enquanto um ser individual, esquecendo-nos da relação entre o uno e o múltiplo, o individual e o colectivo. Este estreitamento do homem consigo mesmo transporta em si graves consequências ao nível social. Esquecendo-nos do outro, vivendo para nós mesmos, acabamos por viver num sistema de isolamento que proporciona o sentimento de indiferença para com o mundo circundante. Olhando à nossa volta mostra-se-nos inegável a existência da violência. Tropeçamos nela constantemente, conhecemo-la, aprendemos a viver com ela, a fugir dela ou até a praticá-la. No entanto, ao questionarmo-nos sobre a sua origem apenas encontramos respostas evasivas, como a maldade, a exclusão social, o vandalismo ou problemas de foro psicológico. A violência mostra-se assim o injustificável perante o pensamento. [...]
- A educação enquanto ressonância dialógicaPublication . Martins, Vanessa Mendes; Serra, Joaquim Mateus PauloNum tempo em que a comunicação aparenta estar no seu auge e as imagens nos invadem constantemente, importa interrogarmo-nos sobre a proficuidade destas e reflectir acerca do papel da palavra e do diálogo na contemporaneidade e, em particular, nas aulas de Filosofia. É característica única do homem a capacidade de interpor entre si e o mundo uma rede de palavras que sustente as relações sociais, mais do que as meras acções. Importa, então, a rectidão das palavras e o saber utilizá-las com os outros, saindo de si num movimento de reciprocidade. A palavra pode, desse modo, converter-se em valor, uma vez que desperta a preocupação com o próximo. Tudo isto terá de se manifestar numa intenção prática e ética, num processo de valorização mútua e de realização da pessoa. Importa, pois, conduzir para a sala de aula, em concreto para a disciplina de Filosofia, o clima de diálogo necessário a uma atmosfera englobante que alicerce o aluno, lhe estimule o pensamento e, sobretudo, o ensine a aprender com autonomia e responsabilidade. Convém, portanto, compreender qual o carácter didáctico do diálogo, descobrir se num ambiente dialógico o aluno aprende mais e melhor. Para isto foi realizado um estudo experimental numa das turmas da Prática de Ensino Supervisionada enquadrada no currículo do Mestrado do Ensino da Filosofia no Ensino Secundário, que se realizou na Escola Secundária Campos Melo, na Covilhã. Ao longo deste trabalho vamos explanar a importância do diálogo tanto numa relação de abertura social da pessoa, como numa relação pedagógica, calculando as suas dificuldades, limitações e vantagens.