Browsing by Author "Matos, Maria Miguel Ventura"
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- Agressão, comportamentos autolesivos, ideação suicida e variáveis psicopatológicas em adolescentes e jovens adultos emergentes portuguesesPublication . Matos, Maria Miguel Ventura; Loureiro, Manuel Joaquim da SilvaA manifestação de comportamentos agressivos e autolesivos é uma condição que representa presentemente um desafio global para os adolescentes e jovens adultos. Como linha de base desta investigação, considerou-se o facto de variáveis como depressão, ansiedade, stress e ideação suicida desempenharem um papel importante na psicopatologia do desenvolvimento dos adolescentes e jovens adultos, demonstrando-se, de acordo com a literatura, serem variáveis que influenciam a manifestação de comportamentos agressivos e ou autolesivos. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo geral perceber e caracterizar os comportamentos agressivos e autolesivos, impulsivos, ideação suicida, correr riscos e variáveis psicopatológicas (ansiedade, depressão e stress) e a sua inter-relação numa amostra de adolescentes e adultos emergentes, considerando ainda algumas variáveis sociodemográficas. Seguiu-se uma abordagem quantitativa, correlacional e comparativa, adequada ao objetivo enunciado. Foi possível contar com 104 participantes cuja média de idades se situou em 19.24 anos (DP 1.92), sendo 62.5% do sexo feminino. O protocolo de recolha de dados incluiu um Questionário sociodemográfico e a versão portuguesa dos seguintes instrumentos: Questionário de Agressividade (AQ), Escalas de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21), Questionário de Impulso, Autodano e Ideação Suicida na Adolescência (QIAIS-A) e o Inventário de Comportamentos de Risco e Autodano para Adolescentes (RTSHIA). Como principais resultados constatámos que quanto à relação entre idade e as variáveis em estudo apenas se observou uma correlação positiva significativa fraca entre a idade e o correr riscos. Na comparação entre os grupos de idade em função das variáveis em estudo foram apenas observadas diferenças significativas no que toca às variáveis ideação suicida e correr riscos, com um valor médio mais elevado para os adolescentes no primeiro caso e com um valor médio mais elevado para os adultos emergentes, no segundo. Quanto à comparação de género encontrámos diferenças significativas também apenas em duas variáveis: a ansiedade e a agressão física. Comparando as ordens médias os homens apresentam valores mais elevados em agressão física e as mulheres apresentam valores mais elevados em ansiedade. Verificaram-se ainda correlações estatisticamente significativas entre a agressão, a sintomatologia ansiosa, a sintomatologia depressiva, a impulsividade, o autodano e a ideação suicida, o correr riscos e o autodano. Embora, deste estudo não se possam extrair generalizações, dado o seu caráter exploratório, apresenta ser uma mais-valia ao proporcionar um conhecimento mais completo e sistematizado sobre a agressão, sintomatologia psicopatológica, impulsividade, correr riscos, ideação suicida e comportamentos autolesivos na adolescência e adultez emergente. Consideramos, que do presente estudo resulta um contributo donde se podem inferir importantes implicações práticas, para a construção de intervenções no âmbito do autodano e autolesões.
