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Agressão, comportamentos autolesivos, ideação suicida e variáveis psicopatológicas em adolescentes e jovens adultos emergentes portugueses

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Abstract(s)

A manifestação de comportamentos agressivos e autolesivos é uma condição que representa presentemente um desafio global para os adolescentes e jovens adultos. Como linha de base desta investigação, considerou-se o facto de variáveis como depressão, ansiedade, stress e ideação suicida desempenharem um papel importante na psicopatologia do desenvolvimento dos adolescentes e jovens adultos, demonstrando-se, de acordo com a literatura, serem variáveis que influenciam a manifestação de comportamentos agressivos e ou autolesivos. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo geral perceber e caracterizar os comportamentos agressivos e autolesivos, impulsivos, ideação suicida, correr riscos e variáveis psicopatológicas (ansiedade, depressão e stress) e a sua inter-relação numa amostra de adolescentes e adultos emergentes, considerando ainda algumas variáveis sociodemográficas. Seguiu-se uma abordagem quantitativa, correlacional e comparativa, adequada ao objetivo enunciado. Foi possível contar com 104 participantes cuja média de idades se situou em 19.24 anos (DP 1.92), sendo 62.5% do sexo feminino. O protocolo de recolha de dados incluiu um Questionário sociodemográfico e a versão portuguesa dos seguintes instrumentos: Questionário de Agressividade (AQ), Escalas de Ansiedade, Depressão e Stress (EADS-21), Questionário de Impulso, Autodano e Ideação Suicida na Adolescência (QIAIS-A) e o Inventário de Comportamentos de Risco e Autodano para Adolescentes (RTSHIA). Como principais resultados constatámos que quanto à relação entre idade e as variáveis em estudo apenas se observou uma correlação positiva significativa fraca entre a idade e o correr riscos. Na comparação entre os grupos de idade em função das variáveis em estudo foram apenas observadas diferenças significativas no que toca às variáveis ideação suicida e correr riscos, com um valor médio mais elevado para os adolescentes no primeiro caso e com um valor médio mais elevado para os adultos emergentes, no segundo. Quanto à comparação de género encontrámos diferenças significativas também apenas em duas variáveis: a ansiedade e a agressão física. Comparando as ordens médias os homens apresentam valores mais elevados em agressão física e as mulheres apresentam valores mais elevados em ansiedade. Verificaram-se ainda correlações estatisticamente significativas entre a agressão, a sintomatologia ansiosa, a sintomatologia depressiva, a impulsividade, o autodano e a ideação suicida, o correr riscos e o autodano. Embora, deste estudo não se possam extrair generalizações, dado o seu caráter exploratório, apresenta ser uma mais-valia ao proporcionar um conhecimento mais completo e sistematizado sobre a agressão, sintomatologia psicopatológica, impulsividade, correr riscos, ideação suicida e comportamentos autolesivos na adolescência e adultez emergente. Consideramos, que do presente estudo resulta um contributo donde se podem inferir importantes implicações práticas, para a construção de intervenções no âmbito do autodano e autolesões.
Nowadays, the demonstration of self-injurious and aggressive behaviors represents a global challenge for the teenagers and young adults. As a basis for this investigation, it was considered varying conditions like depression, anxiety, stress, and suicidal tendency which played an important role on the development of teenagers and young adults’ psychopathology. According to literature, these variables are an influence for the demonstration of aggressive and self-injurious behaviors. In this sense, the main goal of this study is to understand and characterize those self- injurious, aggressive, and impulsive behaviors, suicidal tendency, risk-taking and psychopathological variables (anxiety, depression, and stress) and its interconnection in a sample composed by adolescents and young adults, considering some sociodemographic changes. A quantitative, correlational, and comparative approach followed suitable for the main goal. It was possible to have 104 participants with an average age of 19.24 years old (DP 1.92), with 62.5% belonging to the feminine sex. The method of collecting data included five a Sociodemographic Questionnaire, an Aggressiveness Questionnaire (AQ), Anxiety, Depression and Stress Scales (EADS-21), an Impulsiveness, Self-Violence and Suicidal Tendency Questionnaire for adolescents (QIAIS-A), and a Risky Behavior and Self-Harming Inventory for adolescents (RTSHIA). As main results, it was found that, regarding the relationship between age and the variables under study, only a weak significant positive correlation was observed between age and risk-taking. When comparing the age groups depending on the variables under study it was only seen some significative differences in what concerns to suicidal tendency and risk-taking, with a higher mean value for adolescents in the first case and a higher mean value for emerging adults in the second case. Regarding to gender comparation significative differences were found in two variables: anxiety and physical aggression. The male gender prevails in physical aggression and the female gender has higher values in what concerns to anxiety. It was also seen significative statistic correlations between aggression, anxiety and depressive symptomatology, impulsiveness, self-damaging, suicidal tendency, risk-taking and self-injurious. Although generalizations should not be drawn from this study giving its exploratory nature, it is, in fact, a great contribute to a systematic and complete knowledge about aggressiveness, psychopathological symptomatology, impulsiveness, risk-taking, suicidal tendency and self-injurious behaviors in adolescents and in emerging adults. This study is a contribution from which it may be inferred important practical implications for the construction of interventions regarding self-harming and self-damaging.

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Keywords

Agressão Ansiedade Autolesão Correr Riscos Depressão Ideação Suicida Impulsividade Stress

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