Browsing by Author "Pereira, Daniela Silva Marques"
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- Fatores Prognósticos no Cancro da MamaPublication . Pereira, Daniela Silva Marques; Gonçalves, António Humberto Sena; Lobo, Andreia Filipa LiberatoIntrodução: A determinação do prognóstico na altura do diagnóstico de cancro da mama é essencial para um ótimo acompanhamento do doente. Concomitantemente com os fatores prognósticos tradicionais, o valor prognóstico dos marcadores tumorais tem sido investigado. Os marcadores mais utilizados no cancro da mama são o Ca 15.3 e o CEA e apesar de alguns estudos sugerirem que os níveis séricos destes marcadores facultam informações prognósticas significativas, sua utilidade permanece controversa. Objetivos: Determinar se o doseamento sérico dos marcadores tumorais Ca 15.3 e CEA na altura do diagnóstico tem valor prognóstico na recorrência em 5 anos do cancro da mama, numa população de utentes do género feminino, do serviço de Ginecologia do Centro Hospitalar Cova da Beira, com diagnóstico de cancro da mama. Material e Métodos: Estudo de investigação de carácter descritivo, transversal, com direção retrospetiva. Para a sua realização foram consultados os processos clínicos das utentes com diagnóstico de cancro da mama, do serviço de Ginecologia do Centro Hospitalar Cova da Beira, entre 1 de janeiro de 2005 e 31 de dezembro de 2010. Para a análise estatística recorreu-se ao programa informático Microsoft Excel 2016 e ao software SPSS -Statistical Package for Social Sciences ® (versão 23.0). Resultados: A amostra foi constituída por 80 mulheres, com idade mediana de 66,5 anos. 85% das mulheres tinham carcinomas ductais invasivos. Relativamente à classificação TNM, o T mais frequentes foi o T2 (46,3%) e o N mais frequente foi o N0 (56,3%). No que diz respeito ao estadiamento, 45% das mulheres encontravam-se no estadio II. 25% das mulheres apresentavam o Ca 15.3 elevado na altura do diagnóstico, e a mesma percentagem apresentava CEA elevado. Apenas 10% tinham os dois marcadores elevados. Houve recorrência da doença em 21,2% dos casos. 13 mulheres tiveram recorrência à distância, sendo a localização mais frequente o osso. A relação entre o tamanho do tumor e a recorrência da doença à distância foi estatisticamente significativa (p<0,009). Não se obteve significância estatística ao relacionar o Ca 15.3 e o CEA com recorrência da doença, nem com a localização das recorrências. Houve uma relação estatisticamente significativa entre a metastização óssea e ambos os marcadores estarem elevados (p< 0,048) e entre metastização ovárica e o marcador Ca 15.3 estar aumentado (p<0,017). Conclusão: Com base nos resultados obtidos, não podemos considerar os níveis pré-operatórios dos marcadores tumorais Ca 15.3 e CEA como fatores prognósticos de recorrência de cancro da mama.
