Browsing by Author "Rodrigues, Manuel Pedro Sampaio de Vasconcelos Alves"
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- Jejum e Saúde HumanaPublication . Rodrigues, Manuel Pedro Sampaio de Vasconcelos Alves; Barata, José Luís Ribeiro ThemudoIntrodução: O jejum pode ser entendido como a abstinência voluntária de comida ou bebidas com conteúdo energético ou calórico por períodos que geralmente começam nas 12h e se podem estender por dias ou semanas. O jejum é praticado desde a antiguidade em que as populações por razões culturais ou religiosas abstinham-se voluntariamente de comer, como acontece no Ramadão. O jejum tem vindo gradativamente a ser recomendado para tratamento ou prevenção de várias doenças e mesmo em indivíduos com saúde que procuram um estilo de vida mais saudável. Descobertas provenientes de investigações em animais e estudos mais recentes efetuados em humanos indicam que o jejum pode providenciar estratégias eficazes para retardar o envelhecimento e aumentar a performance cognitiva. Objetivos: O objetivo desta revisão é providenciar uma visão abrangente e contextualizada do impacto do jejum no âmbito da cognição e da longevidade Métodos: Análise de artigos indexados na base de dados PubMed e Google Scholar, entre outras. Para efetuar a pesquisa utilizaram-se palavras-chave como “fasting”, “caloric restriction”, “energy restriction”, “cognition”, “longevity” e “autophagy”. Resultados: A vasta maioria artigos científicos analisados valida os benefícios do jejum na área cognitiva onde é destacado o aumento do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e a cetogénese nas restrições calóricas mais longa, bem como o aumento da longevidade, onde os mecanismos que desencadeiam a autofagia têm papeis relevantes. Conclusão: O jejum é uma abordagem não-farmacológica promissora e parece ter efeitos benéficos no domínio cognitivo e no atraso do envelhecimento. A maior parte dos artigos científicos revistos demonstraram existir uma correlação positiva entre jejum e as duas áreas investigadas. Os efeitos positivos incluem o aumento da plasticidade cerebral, da neurogénese e da biogénese mitocondrial na cognição. A autofagia e os mecanismos que a potenciam podem ser um potencial alvo para modular a esperança de vida em animais. Ainda não existem indícios fortes para assegurar que estas inferências têm utilidade prática no nosso quotidiano, visto que são relativamente escassos os estudos em seres humanos. É relevante que a comunidade científica se continue a debruçar sobre este tema e que sejam efetuados estudos adicionais para que futuramente possamos confirmar reconhecer se os seus benefícios são realmente determinantes para a nossa espécie.