Browsing by Author "Santos, Filipa de Miranda"
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- COVID-19 na GravidezPublication . Santos, Filipa de Miranda; Moutinho, José Alberto FonsecaIntrodução: Perante a pandemia da COVID-19 que enfrentamos nos dias de hoje, torna-se premente a necessidade de evidência científica acerca do seu impacto na população. Existe um número crescente de casos infetados na população jovem, incluindo mulheres em idade fértil e grávidas. Estas últimas constituem um grupo de risco para a infeção por SARS-CoV-2 devido às alterações fisiológicas que ocorrem durante a gestação, levantando uma preocupação sobre as possíveis complicações clínicas tanto na mãe como no feto. Neste sentido, esta revisão descritiva pretende sumarizar a repercussão da COVID-19 nas mulheres grávidas. Objetivos: revisão descritiva acerca da repercussão da COVID-19 na gravidez. Metodologia: pesquisa bibliográfica na plataforma Pubmed, de revisões sistemáticas, escritas em inglês e com texto disponível, até 31 de Janeiro de 2021. Resultados e Discussção: A gravidez não parece ser um fator de risco para a infeção por SARS-CoV-2. As grávidas tendem a apresentar um quadro clínico mais brando, comparativamente à população geral, sendo que a maioria é assintomática e apresenta menos sintomas de febre, tosse e dispneia. O risco de transmissão vertical é possível, tendo sido demonstrada a transmissão placentária de SARS-CoV-2, no entanto, este evento é raro e os recém-nascidos, quando infectados, encontram-se, habitualmente, assintomáticos ou com doença ligeira. O risco das grávidas infectadas com COVID-19 desenvolverem diabetes gestacional e doença hipetensiva da gravidez não parece ser superior ao das grávidas que não contraíram COVID-19. O parto prematuro e a cesariana foram mais frequentes em grávidas infectadas com COVID-19, contudo, as taxas de mortalidade materna e perinatal revelaram-se semelhantes às da população geral. A amamentação e o contacto entre a mãe e o recém-nascido são recomendados somente se aplicadas as medidas de proteção individual. Até ao momento, não existe um tratamento oficial para a COVID-19 na gravidez. Conclusão: A infeção por COVID-19 parece não afectar significativamente o desfecho obstétrico, no entanto, há que vigiar atentamente estas grávidas, enquanto se aguarda a publicação de mais estudos sobre o assunto.