Browsing by Author "Saraiva, Carlos Miguel Alves"
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- Febre Q: uma zoonose subnotificadaPublication . Saraiva, Carlos Miguel Alves; Maio, António Gonçalves Candeias da GuerraIntrodução: A Febre Q é uma zoonose de distribuição mundial provocada pela bactéria Coxiella burnetii (C.burnetii). Desde 1999, a doença é de notificação obrigatória em Portugal. Embora frequentemente assintomática, a febre Q aguda pode manifestar-se como uma síndrome febril autolimitada ou cursar com manifestações hepáticas ou pulmonares inespecíficas. Após a infeção primária sintomática ou assintomática pode surgir uma infeção focalizada persistente. O surto de febre Q nos Países Baixos entre 2007 e 2010 veio realçar a necessidade de implementar medidas veterinárias preventivas e de vigilância epidemiológica. Objetivo: Esta revisão bibliográfica tem como objetivo investigar e transmitir os conhecimentos atuais sobre a Febre Q, abordando aspetos epidemiológicos, clínicos, diagnósticos e terapêuticos da doença. Métodos: A pesquisa de informação para realização desta revisão bibliográfica foi levada a cabo nas bases de dados PubMed e UpToDate. Foram reunidos ensaios clínicos, metaanálises, estudos observacionais e revisões simples e sistemáticas escritos nos idiomas inglês ou português, publicados de 2005 a dezembro de 2021. Foram igualmente consultadas guidelines e o website do Centers for Disease Control and Prevention (CDC), da Communicable Diseases Network Australia (CDNA) e relatórios epidemiológicos da European Food Safety Authority (EFSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS). Conclusão: Os profissionais de saúde devem também estar sensibilizados para as particularidades desta zoonose. Destaca-se a necessidade de realizar uma história clínica cuidada tanto na suspeita como após confirmação do diagnóstico de febre Q, com vista a esclarecer o contexto epidemiológico e excluir fatores de risco para infeção focalizada persistente. A vigilância e a comunicação dos casos confirmados às entidades de saúde são essenciais na prevenção da doença e permitirão compreender melhor o seu padrão epidemiológico, uma vez que esta é atualmente subnotificada em Portugal.