Browsing by Author "Silva, Carolina Almeida"
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- Declínio Cognitivo em Idosos Institucionalizados com Doença Pulmonar Obstrutiva CrónicaPublication . Silva, Carolina Almeida; Lourenço, Olga Maria MarquesA presente dissertação para obtenção do grau de mestre em Ciências Farmacêuticas encontra-se dividida em duas partes correspondentes às duas etapas da Unidade Curricular Estágio. A primeira parte é referente à componente de Investigação que consistiu no estudo do Declínio Cognitivo em idosos institucionalizados com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). Adicionalmente, realizou-se a caracterização sociodemográfica, clínica e farmacológica dos idosos mencionados, assim como, a sua comparação com os idosos institucionalizados com outras patologias respiratórias crónicas das vias aéreas inferiores (DR) e os idosos sem patologias respiratórias crónicas das vias aéreas inferiores (SEM DR). Para atingir estes objetivos, procedeu-se à recolha de dados através de inquéritos realizados aos idosos pertencentes aos lares e centros de dia da Beira Interior que integravam o Projeto Interdisciplinary Challenges On Neurodegeneration (ICON) – (CENTRO-01-0145- FEDER-000013). Realizou-se uma análise descritiva dos dados calculando frequências, medidas de tendência central e de dispersão. Recorreu-se ao teste não paramétrico de Kruskal-Wallis para cálculo do p-value, com o fim de verificar as diferenças e/ou semelhanças entre as amostras independentes estudadas. Adicionalmente, foi utilizado o teste do Qui-Quadrado de Pearson ou o teste Exato de Fisher para verificar a possível relação entre variáveis. Foi considerado um nível de significância de 0,05. Integraram o estudo 341 idosos institucionalizados, subdivididos nos três grupos supramencionados, com 26 idosos com DPOC, 28 com DR e 287 SEM DR. Verificou-se que os idosos institucionalizados com DPOC apresentam características sociodemográficas e clínicas semelhantes aos doentes com DPOC em geral e aos idosos com DPOC em particular. Mostrou-se um predomínio da DPOC com o aumento da idade e um maior número de institucionalizações a partir dos 75 anos, com uma maior percentagem de doentes homens neste grupo do que de mulheres. O tabagismo foi identificado como um fator de risco para o desenvolvimento da DPOC na população estudada, com 12,50% dos fumadores a desenvolverem a doença. Através da comparação dos três grupos pré-definidos – DPOC, DR e SEM DR – mostrou-se um maior detrimento do estado de saúde geral dos idosos com DPOC, com maior número de patologias associadas, destacando-se as doenças cardiovasculares e maior número de medicamentos e/ou suplementos alimentares descritos nos seus esquemas terapêuticos. Predomina entre o grupo estudado o uso de associações de classes farmacológicas no mesmo dispositivo no controlo da sua patologia respiratória, nomeadamente Antagonistas Colinérgicos de longa duração de ação (LAMA) + Agonistas Adrenérgicos ß2 de longa duração de ação (LABA) e LABA + Corticosteroides Inalados (ICS). Foi avaliado o declínio cognitivo dos idosos institucionalizados, independentemente do seu diagnóstico clínico, com base em três escalas de avaliação, onde se evidenciou uma percentagem mais elevada de declínio cognitivo no grupo com DPOC. Estes dados parecem confirmar a relação entre ambas as patologias, com a existência de uma predisposição aumentada para o desenvolvimento de declínio cognitivo por parte dos idosos com DPOC. Reconhece-se a existência de limitações neste estudo, maioritariamente decorrentes da reduzida amostra e da subjetividade da recolha de dados devido aos questionários utilizados, contudo, tal não inviabiliza os seus resultados. A segunda parte corresponde ao relatório de estágio curricular em farmácia comunitária realizado na Farmácia Campus São João, de 8 de setembro de 2020 a 22 de janeiro de 2021, sob orientação da Dra. Ana Sofia Pinto. O presente relatório pretende descrever o funcionamento da farmácia comunitária, o dia-a-dia do farmacêutico e todas as suas funções e competências. O farmacêutico comunitário é o profissional de saúde que tem maior proximidade da comunidade e isso é notório em cada atendimento. No meu estágio pude realizar todas as funções do farmacêutico comunitário, subdivididas em duas grandes áreas, o back office e o atendimento ao balcão. No back office realizei todas as tarefas de gestão e receção de encomendas, armazenamento, marcação de preços, controlo de prazos de validade, devoluções de produtos, gestão de receituário, entre outras. No atendimento ao balcão é onde se processa a parte visível, para o público, do trabalho do farmacêutico. Nesta fase pude dispensar medicamentos, dispositivos médicos e outros produtos de saúde, assim como aconselhar e alertar os doentes para o seu uso correto e responsável. Tive ainda a oportunidade de acompanhar os vários serviços farmacêuticos disponibilizados, tais como a medição de parâmetros fisiológicos e bioquímicos e a administração de vacinas. Durante o período de estágio referido, o país – e o mundo – atravessava uma pandemia (COVID-19), o que obrigou à adaptação de vários procedimentos e à promulgação de legislação específica para salvaguarda de todas as pessoas envolvidas. Não obstante, o estágio foi uma experiência enriquecedora que contribuiu imenso para a minha aprendizagem e para o meu crescimento profissional e pessoal.