Browsing by Author "Silva, Joana Filipa Pinto da"
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- O impacto do desemprego na saúde mental em função do meio sociogeográfico (rural e urbano)Publication . Silva, Joana Filipa Pinto da; Almeida, Anabela Antunes de; Vitória, Paulo dos Santos DuarteIntrodução: A saúde mental é influenciada por diversos determinantes sociais e económicos, nomeadamente a situação de emprego/desemprego e o meio sociogeográfico (urbano/rural). Esta investigação foi realizada com o propósito de explorar o impacto que a situação face ao trabalho (emprego/desemprego) tem na saúde mental dos indivíduos e estudar se o meio rural funciona como protetor na saúde mental dos indivíduos desempregados, relativamente aos que vivem em meio urbano. Métodos: A investigação foi conduzida como um estudo de caso-controlo tendo sido aplicado um questionário a duas amostras independentes de indivíduos empregados e desempregados, residentes em meio urbano e em meio rural. A amostra total incluiu 125 participantes. Uma das amostras era constituída por 62 participantes em situação de desemprego dos quais 46,8% viviam em meio urbano e tinha uma média de idade de 37,5 anos (DP=11,4). A amostra relativa aos indivíduos empregados era constituída por 63 participantes dos quais 52,4% habitavam em meio urbano, cuja média de idade era 37,5 anos (DP=11,0). A aplicação dos questionários foi feita durante o mês de Julho de 2013 no Porto (meio urbano) e em zonas rurais da vila de Castelo de Paiva. Resultados: Os indivíduos em situação de desemprego apresentaram níveis médios de depressão, perda de controlo comportamental/emocional e distress psicológico superiores aos empregados (p <0,05). Pelo contrário os indivíduos em situação de emprego apresentaram níveis médios de saúde mental superiores aos em situação de desemprego (p <0,05). As mulheres apresentaram níveis médios de ansiedade, depressão, perda de controlo emocional/comportamental e o distress psicológico superiores aos dos homens da amostra. A idade dos participantes não desempenhou qualquer papel preditivo na escala total da saúde mental nem das subescalas. Os participantes que se encontravam em situação de desemprego entre 3-18 meses, apresentaram níveis médios de depressão, ansiedade, perda de controlo comportamental/emocional e o distress psicológico mais baixos do que os indivíduos das categorias menos de 3 meses e mais de 18 meses. Conclusão: No presente Estudo verificou-se que a situação profissional de desemprego influencia a saúde mental. O meio sociogeográfico (rural/urbano) não apresentou influência na saúde mental dos participantes, não se confirmando a hipótese que o meio rural poderá funcionar como fator protetor para os indivíduos desempregados. Estes resultados e as conclusões poderão contribuir para uma resposta mais adequada dos serviços locais de saúde aos problemas de saúde mental e uma melhor prestação dos cuidados de saúde em geral.