Browsing by Author "Silva, Mariana José Figueira Almeida e"
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- Consumo de suplementos por diferentes populações em duas cidades portuguesas, Aveiro e CovilhãPublication . Silva, Mariana José Figueira Almeida e; Barata, José Luís Ribeiro ThemudoIntrodução: O consumo de suplementos tem vindo a aumentar nos últimos anos. O aumento de performance e a aparência são algumas das razões que levam ao consumo, não só por atletas, mas também por pessoas que fazem atividade física frequente. Existe um volume considerável de literatura que aborda o consumo de suplementos em atletas, existem também alguns artigos sobre frequentadores de ginásio e poucos sobre o consumo de suplementos em pessoas sem estarem diretamente ligadas a atividade física. No entanto, existe um número limitado de estudos que relacionam e comparam o consumo de suplementos entre diferentes graus de atividade física. Este trabalho pretende averiguar se o nível de atividade física influencia o consumo de suplementos entre grupos com nível de atividade distintos. Pretende ainda compreender as diferenças relacionadas com esse consumo. Foram constituídos 3 níveis de atividade física: 1) elevada, constituída por jogadores de futebol profissional de 2 clubes (Sporting Clube Beira-Mar de Aveiro e Sporting Club da Covilhã); 2) moderada, constituída por frequentadores de ginásios de 2 cidades (Aveiro e Covilhã); 3) heterogénea, constituída por estudantes de medicina (da Faculdade de Ciência da Saúde-UBI). Metodologia: O estudo baseou-se na recolha dos dados realizada através de um questionário, a participantes, do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos. Os dados recolhidos foram graficados e submetidos a análise uni e multivariada. Resultados e Discussão: A análise dos dados mostra que os frequentadores de ginásios são o grupo que mais suplementos consome, com 64% dos inquiridos a responder positivamente à toma de suplementos, e cujo consumo é realizado há mais tempo, com 68% dos inquiridos a tomar suplementos alimentares há mais de 6 meses. Em relação ao tipo de suplementos consumidos, todos os grupos consomem polivitaminicos, proteínas e aminoácidos, mas nos restantes suplementos observam-se diferenças entre os grupos. Os suplementos mais distintivos de cada grupo mostram que o grupo de frequentadores de ginásios se caracteriza pelo consumo de creatina e bebidas energéticas, os estudantes de medicina pelo consumo de cafeína e os jogadores de futebol, pelo consumo de aminoácidos (Aveiro) e de polivitaminicos (Covilhã). Embora a iniciativa própria seja comum a todos os grupos, o estudo evidencia que os indivíduos iniciaram a toma dos suplementos de modo diverso. Os jogadores de futebol, em Aveiro, fora mais influenciados pelos amigos e na Covilhã pelo médico. Os frequentadores de ginásios em Aveiro foram mais influenciados pelo treinador. Os estudantes de medicina foram o grupo menos influenciado externamente, uma vez que 67% referiu ter começado a tomar por iniciativa própria. Os indivíduos adquirem os suplementos em vários locais e de diferentes modos, sendo a internet, as lojas de desporto e as farmácias os locais de eleição para aquisição destes produtos, mas foram encontradas, mais uma vez, diferenças entre os grupos. Os indivíduos frequentadores de ginásios adquirem os suplementos principalmente através da internet e lojas de produtos naturais, os jogadores de futebol de lojas de desporto e ou alunos de medicina preferem outros locais como supermercados. O montante gasto mensalmente na aquisição de suplementos é muito variável entre os grupos considerados, sendo os alunos de medicina o grupo que despende um montante menor (92% gasta menos de 20€). Os frequentadores de ginásios são os que mais gastam (com 31% a gastar 50€ ou mais) e os jogadores de futebol encontram-se numa posição intermédia (91% gasta menos de 50€). Os objetivos mais apontados para consumir suplementos são o crescimento muscular, a recuperação póstreino e o bem-estar. Nos frequentadores de ginásios o objetivo principal foi a diminuição da massa gorda (14%), nos jogadores de futebol o aumento da massa muscular (40%) e a recuperação pós-treino (38%) e nos alnos de medicina o bem-estar (33%) seguido de outros objetivos (19%), como o rendimento académico e o reforço imunitário. Conclusões: A toma de suplementos mostrou diferenças entre os grupos em estudo, indicando que a diferença no nível de atividade física é um fator condicionante com forte influência na toma de suplementos. Esta influência faz-se sentir a vários níveis, como sejam o motivo, o tipo, o modo como começaram a tomar ou o montante despendido na aquisição de suplementos. Assim, os alunos de consomem maioritariamente proteína, cafeína e aminoácidos, há mais de 1 mês, adquiridos, principalmente, em grandes superfícies, gastando menos de 20€ por mês e iniciou o consumo de suplementos por iniciativa própria, com o objetivo de obter bem-estar e aumentar o rendimento académico. Os frequentadores de ginásios consomem principalmente proteínas, polivitaminicos, aminoácidos e creatina há mais de 6 meses, adquirindo, maioritariamente, na internet, mostrando gastos de mais de 50€ por mês e por aconselho do treinador com o objetivo de diminuir a massa gorda (14%). Os jogadores de futebol profissional consomem principalmente polivitaminicos, proteínas e aminoácidos há mais de 1 mês, adquiridos principalmente em lojas de desporto, com um gasto inferior a 50€ por mês e iniciam o consumo por influência do médico e amigos com o objetivo de aumentar a massa muscular e facilitar a recuperação.