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- Os distúrbios alimentares na diabetes mellitus tipo 1Publication . Pereira, Inês Sofia Soares; Lemos, Manuel Carlos Loureiro deIntrodução: A diabetes mellitus tipo 1 e os distúrbios alimentares são doenças frequentes na adolescência. Em ambas as condições, os pacientes dão uma grande importância ao peso corporal e à dieta. Assim, estima-se que os pacientes com diabetes mellitus tipo 1 tenham uma grande vulnerabilidade para o desenvolvimento de distúrbios alimentares (incluindo a diabulimia, um comportamento compensatório particular), que podem ter repercussões significativas na sua qualidade de vida. Os objectivos deste trabalho são: determinar os sinais e os sintomas de alerta, a prevalência e as repercussões clínicas dos distúrbios alimentares na diabetes mellitus tipo 1; determinar a prevalência e as repercussões clínicas da diabulimia na diabetes mellitus tipo 1; e avaliar a eficácia do tratamento e da prevenção dos distúrbios alimentares na diabetes mellitus tipo 1. Metodologia: Pesquisa de artigos científicos com estudos nesta área e selecção da bibliografia mais relevante, utilizando a base de dados electrónica PubMed. Resultados: Existem vários sinais e sintomas que podem alertar para o desenvolvimento de distúrbios alimentares em pacientes com diabetes mellitus tipo 1. Em 30 estudos, envolvendo um total de 3832 pacientes, a prevalência dos distúrbios alimentares em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 variou de 3,5% a 85,5%. Em 24 estudos, envolvendo um total de 2653 pacientes, a prevalência da diabulimia em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 variou de 2% a 72,7%. Os distúrbios alimentares (incluindo a diabulimia) têm repercussões significativas na qualidade de vida dos pacientes com diabetes mellitus tipo 1. Não existem estudos que tenham analisado a eficácia de um tratamento específico para os distúrbios alimentares em pacientes com diabetes mellitus tipo 1. Também não existe uma ferramenta de triagem validada específica para o rastreio precoce destes distúrbios nestes pacientes. Discussão e Conclusões: São necessários mais estudos, a fim de determinar a real prevalência dos distúrbios alimentares em pacientes com diabetes mellitus tipo 1. A associação entre estas condições implica um elevado risco médico, pelo que novas estratégias preventivas e terapêuticas eficazes devem ser investigadas.
- Avaliação da mortalidade e funcionalidade um ano após fratura da extremidade proximal do fémurPublication . Caldas, Palmira Mourão; Macedo, Susana Abreu; Pires, José João GarciaIntrodução: As fraturas da extremidade proximal do fémur (FEPF) resultantes de um traumatismo de baixo impacto são uma das complicações mais graves da osteoporose no idoso. A associação com elevados índices de morbilidade e mortalidade faz, destas fraturas, um preocupante problema de saúde pública. No cômputo nacional, escasseiam estudos que avaliem estas repercussões das FEPF. Neste sentido, propusemo-nos a analisar a dimensão desta problemática no distrito da Guarda, avaliando a mortalidade e a funcionalidade um ano após o episódio de fratura em pacientes que sofreram FEPF osteoporótica. Materiais e Métodos: Estudo analítico, retrospetivo e longitudinal dos indivíduos com diagnóstico de FEPF osteoporótica e idade ≥65 anos, internados no serviço de Ortopedia do Hospital Sousa Martins entre agosto de 2011 e janeiro de 2012. A recolha dos dados foi feita mediante consulta de processos clínicos e aplicação de questionário. A análise estatística inferencial foi efetuada através dos testes estatísticos: teste exato de Fisher, teste de Log rank, curva de Kaplan Meier, teste de Mann-Whitney, teste de Kruskal-Wallis, teste LSD de Fisher e teste de Wilcoxon para amostras emparelhadas. Resultados: Foram avaliados 130 indivíduos, dos quais 80,8% eram do género feminino. A média da idade foi de 85,3 anos ± 7,0 anos DP. A intervenção cirúrgica foi a opção terapêutica em 85,4% dos doentes. A mortalidade intra-hospitalar foi de 5,4%. A duração média do internamento foi de 11,5 dias ± 10,2 dias DP. A institucionalização dos doentes após a alta ocorreu em 50,8% dos casos. A percentagem de refratura no ano seguinte ao episódio analisado foi de 3,8%. Um ano após a fratura, 34,6% dos doentes tinham falecido e, destes, 35,6% morreram nos três meses seguintes à fratura. A capacidade de marcha em casa e no exterior piorou em 57,6% e 58,8% dos casos, respetivamente. A variação do grau de dependência foi nula em 63,5% dos casos. Globalmente, a capacidade funcional degradou, em média, uma unidade nas escalas definidas para o efeito. Conclusão: As FEPF de baixo impacto representam uma causa importante de internamentos em Ortopedia nesta região. O risco de fratura aumenta com a idade e é mais marcado nas mulheres. Existe uma elevada mortalidade intra-hospitalar associada a este tipo de fraturas. A percentagem de refratura nestes doentes é alta e a institucionalização é o destino da maioria. A influência negativa destas fraturas é comprovada por uma elevada mortalidade e uma perda funcional significativa no ano seguinte à fratura.
- Prática de exercício físico e níveis de atividade física habitual em doentes com diabetes tipo 2Publication . Mendes, Romeu Duarte Carneiro; Barata, José Luís Ribeiro Themudo; Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deIntrodução: A atividade física (AF) é considerada uma ferramenta terapêutica fundamental para atingir o controlo metabólico e reduzir o risco cardiovascular dos doentes com diabetes tipo 2. Este estudo tem por objetivo caracterizar a prática de exercício físico e os níveis de AF habitual de doentes com diabetes tipo 2 e analisar a influência da prática de exercício e de alguns fatores sociodemográficos como a idade, género, meio habitacional e situação profissional na AF habitual e nas suas componentes. Metodologia: Cento e um doentes com diabetes tipo 2 foram entrevistados (65.96 ± 9.34 anos de idade). Foram questionados quanto à prática de exercício regular e suas características, e os níveis de AF habitual foram avaliados através do International Physical Activity Questionnaire. Resultados: A prevalência de prática de exercício regular era de 40.59%. Apenas 2.44% dos praticantes referiram praticar uma combinação de exercício aeróbio e exercício resistido. Quanto à avaliação dos níveis de AF Habitual, 34.65% apresentavam um nível baixo, 43.56% apresentavam um nível moderado e 21.78% apresentavam um nível elevado. Não foram identificadas diferenças significativas na AF Habitual entre praticantes e não praticantes de exercício. Foi observada uma correlação negativa e significativa entre a Idade e a AF Habitual e entre a Idade e a AF Vida Diária. Foram identificadas diferenças significativas na AF Habitual entre habitantes do meio rural e habitantes do meio urbano e diferenças significativas na AF Habitual e na AF Vida Diária entre indivíduos profissionalmente ativos e não ativos. Conclusões: A prevalência de prática de exercício e os níveis de AF Habitual dos doentes com diabetes tipo 2 portugueses são claramente insuficientes. Praticar exercício não é sinónimo de ter uma AF Habitual minimamente saudável. O avançar da idade, habitar em meio urbano e perder a atividade profissional parecem ser fatores de risco para um estilo de vida sedentário e importantes alvos de intervenção.
- Síndrome de mononucleose no Centro Hospitalar Cova da BeiraPublication . Faustino, Helena Isabel Gomes; Vicente, Leopoldina Luis António; Mendes, Telma Maria de Fátima Correia SousaIntrodução: A Síndrome de mononucleose, causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e/ou Citomegalovírus (CMV), é uma doença aguda, com repercussão sistémica conhecida, comum em adolescentes e adultos jovens. Clinicamente inespecífica e variável, pode ser simuladora de patologias, nomeadamente bacterianas, epidemiologicamente relevantes. Apesar do componente fundamentalmente benigno e autolimitado, é importante o seu diagnóstico precoce e correcto, particularmente em doentes imunodeprimidos, cujas complicações poderão ser fatais. Assim, propôs-se avaliar o comportamento e evolução da doença num grupo de doentes internados. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo, transversal e descritivo, onde se analisou um conjunto de variáveis, através da consulta de processos clínicos de uma amostra seleccionada de 47 doentes com mais de 15 anos, internados com diagnóstico de mononucleose nos Serviços de Medicina e Infecciologia do Centro Hospitalar Cova da Beira entre 2005 e 2011. Para tratamento estatístico dos dados recorreu-se ao software SPSS 19.0 e, no âmbito da análise estatística inferencial, aos testes de Fisher e de Friedman, definindo-se um nível de significância de 0,05. Resultados: Os 47 doentes estudados, 19 do género feminino e 28 do género masculino, apresentaram uma média de idades de 29 anos e permaneceram internados, em média, nove dias. A incidência da doença aumentou entre 2005 e 2008, ano em que atingiu um pico máximo de 25,5%, diminuindo para cerca de cinco casos por ano desde então. Dentro do espectro de comorbilidades encontradas em 34% dos doentes, a Diabetes Mellitus, hipertensão arterial, VIH e hepatite C constituíram as mais frequentes. Dentro da multiplicidade de manifestações clínicas, a febre constituiu o achado mais comum, seguindo-se a odinofagia e linfadenopatia periférica, particularmente cervical. Entre outros, o rash evidenciou-se numa minoria dos casos. Laboratorialmente, verificou-se leucocitose associada a linfocitose absoluta, presença de linfócitos atípicos no sangue periférico e elevação da enzimologia hepática e dos parâmetros inflamatórios. A função hepática manteve-se praticamente preservada, com níveis normais de bilirrubina, albumina e glicose. Contudo, embora sem trombocitopenias evidentes, salientam-se tempos de protrombina elevados. O monoteste, requisitado em 85,2% dos doentes, positivou em metade dos casos. Para confirmação do diagnóstico, realizaram-se as serologias específicas para os agentes causais. Assim, o CMV constituiu a principal etiologia (53,2%), seguido do VEB e, numa menor percentagem, da co-infecção destes dois agentes. Em 74,5% dos casos foi realizada ecografia abdominal. Embora pouco objectiváveis à palpação abdominal, a esplenomegalia e a hepatomegalia foram detectadas ecograficamente em 51,4% e 17,1% dos casos, respectivamente, evidenciando-se a associação das duas numa menor percentagem. Radiografia do tórax, tomografia computadorizada do pescoço, tórax e abdómen e ecocardiograma foram outros exames imagiológicos realizados. Ao longo do internamento, apenas 6,4% dos doentes desenvolveu complicações, sendo a corioretinite a mais frequente. Relativamente ao modo como evoluiu a doença, constatou-se que apenas 5,6% dos casos evoluíram desfavoravelmente, associando-se estes à coexistência de VIH e ao desenvolvimento de complicações. No âmbito do tratamento, realizou-se sempre terapia de suporte, restringindo-se o ganciclovir ao tratamento da corioretinite. Metade dos doentes recebeu antibioterapia, maioritariamente com amoxicilina/ácido clavulânico, cuja administração resultou em rash (14,3% dos casos). Utilizaram-se anti-histamínicos e corticóides em 17,9% dos casos, na sua maioria, para tratamento do rash. Conclusões: A Síndrome de mononucleose constitui uma doença, na sua generalidade, benigna e autolimitada, com evolução favorável em indivíduos previamente saudáveis e na maioria daqueles com comorbilidades associadas. Indivíduos imunodeprimidos, nomeadamente VIH-positivos, revelam evoluções desfavoráveis, com desenvolvimento de complicações, potencialmente fatais.
- Índice de cruzamentos: propriedades e inferênciaPublication . Sebastião, João Renato Caramona BeloPara sucessões estacionárias que verifiquem certas condições de dependência, se a sucessão de processos pontuais de cruzamentos converge em distribuição, então o processo pontual limite é necessariamente um processo de Poisson composto, cuja intensidade se relaciona com um parâmetro denominado índice de cruzamentos ; 0 1: Este coeficiente extremal pode ser visto como uma medida do agrupamento de cruzamentos de níveis elevados pelas variáveis de uma sucessão estacionária e fornece informação diferente e complementar à dada por um dos parâmetros mais importantes na Teoria de Valores Extremos, o índice extremal , 0 1. Nesta tese avaliamos o efeito que a subamostragem exerce sobre o valor do índice de cruzamentos e, com base em diferentes caracterizações assintóticas deste parâmetro e na sua relação com o índice extremal, propomos diversos métodos para o estimar. Demonstramos várias propriedades dos estimadores propostos e aplicamo-los em amostras de dados simulados e de dados reais.
- A liderança nas organizações positivas: estudos de caso em PortugalPublication . Antunes, Augusto Manuel Pais; Franco, Mário José BaptistaNesta investigação existe a tomada de consciência de que, em tempos de forte incerteza e complexidade, a crença nas capacidades humanas e o seu desenvolvimento, justificam a positividade encarada de forma relevante ao nível organizacional. É assim que se dá ênfase ao aprofundamento e melhor conhecimento empírico da liderança nas organizações positivas em Portugal. O principal objetivo deste estudo é, a partir das bases da Psicologia Positiva e do movimento organizacional positivo, perceber as razões que suportam as organizações positivas, isto é, todas as organizações que integram na sua cultura o desenvolvimento de emoções positivas, otimismo, apelo às melhores virtudes das pessoas e relações interpessoais que se estabelecem no respeito entre todos os intervenientes e meio envolvente, a comunidade. Bons locais para trabalhar e onde é realçado o melhor da natureza humana. Essencialmente, nesta investigação procura-se perceber os vários estilos de liderança que sobrevêm nas organizações observadas. Líderes modernos, positivos, inovadores, visionários, carismáticos, respeitadores dos valores dos seus subordinados e que enquadram a ponderação da sua ação através de comportamentos éticos, e, com autenticidade, consideram a dignidade humana e os seus valores mais elevados em prol do bem-estar e da felicidade individual e coletiva. Esta investigação procura também um maior conhecimento e compreensão da interligação das lideranças observadas que se definiu RETESA (Responsável, Espiritual, Transformacional, Emocional e Autêntica) com o compromisso organizacional. Foram estas as dimensões que suportaram o modelo concetual proposto para o presente estudo. Mais concretamente, o modelo proposto mostra a existência de uma inter-relação entre estes seis estilos de liderança e o constructo compromisso organizacional. Tendo por base a abordagem de investigação qualitativa, realizaram-se estudos de caso em seis organizações portuguesas e com a adoção de várias fontes de informação tratadas: entrevistas a 28 colaboradores, documentos públicos e privados, elementos singulares das organizações, entre outros. Como técnica de tratamento dos dados utilizou-se a análise de conteúdo através de instrumental NVivo 9.2. Os resultados empiricamente obtidos permitem identificar que, nestas organizações, mesmo em contexto de elevado desemprego e dubiedade sobre o futuro desenvolvimento económico e social, é possível trabalhar a positividade. Nestas organizações portuguesas compreenderam-se lideranças capazes de aumentar o envolvimento, através da identificação pessoal e social dos trabalhadores com a organização o que conduz ao seu maior comprometimento, induzindo as pessoas a desenvolverem laços afetivos e normativos mais fortes. A investigação permitiu elencar um conjunto de dimensões de afetividade organizacional reconhecida e que se interligam com os diversos estilos de liderança analisados. Esta investigação constitui-se como uma alavanca para estimular uma forma alternativa e construtiva de considerar a gestão. Várias implicações teóricas e práticas também são apresentadas.
- Influência dos comportamentos alimentares e do estatuto socioeconómico na prevalência da obesidade numa população infantilPublication . Ferreira, Inês Castelão Dias; Rodrigues, Carlos Manuel AlvesIntrodução: Actualmente, a obesidade é a doença pediátrica mais prevalente a nível mundial, tornando urgente o investimento na sua prevenção e tratamento. A identificação e compreensão dos factores que contribuem para a adiposidade infantil é fundamental para a criação de abordagens eficazes contra esta doença. Objectivos: Caracterizar uma população infantil da região da Covilhã de acordo com a sua prevalência de pré-obesidade e obesidade e estudar a influência do estatuto socioeconómico (ESE), do grau de instrução parental e dos comportamentos alimentares na prevalência da obesidade infantil. Métodos: Este estudo incidiu sobre as crianças nascidas em 2006 e as crianças nascidas em 2003 que frequentavam o 1º Ciclo do Ensino Básico de um conjunto de escolas do concelho da Covilhã no início do ano lectivo de 2012/2013. O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado através das medições do peso e estatura efectuadas nas escolas. A recolha dos restantes dados foi realizada através do preenchimento do Questionário do Comportamento Alimentar de Crianças (CEBQ) e da Escala de Graffar Adaptada pelas mães das crianças. Resultados: Das crianças estudadas, 43,9% apresentavam excesso de peso, incluindo 12,9% com obesidade. Verificou-se uma maior prevalência de excesso de peso nas crianças mais velhas e nas crianças de sexo masculino, mas apenas as diferenças de idade foram significativas. Não se verificou qualquer relação entre o ESE e o IMC das crianças. No entanto, observou-se uma relação inversa muito significativa entre o nível de instrução parental e o IMC das crianças. Os comportamentos alimentares traduzidos pelo CEBQ estavam de acordo com o IMC, mas estes resultados foram significativos apenas para alguns comportamentos. Conclusões: Concluiu-se que a prevalência da pré-obesidade e obesidade nas crianças nascidas em 2006 e 2003 da região da Covilhã é elevada e exige medidas de prevenção imediatas. Crianças mais velhas, com comportamentos alimentares menos adequados e com pais sem instrução superior apresentaram maior prevalência de excesso de peso.
- Um mundo de possibilidades: o conceito de "movimento ontológico" em Jan PatockaPublication . Rodrigues, Inês Pereira; Santos, José Manuel Boavida dosEste projecto explora o conceito de “movimento ontológico” na obra de Jan Patočka. Patočka recupera o conceito aristotélico de movimento como realização, e propõe o que chama uma “radicalização” retirando-lhe o substrato estável das alterações. O movimento radicalizado seria, assim, não apenas uma alteração nas proprieadades de um ente, mas um movimento do próprio ser do ente, ou seja, um movimento ontológico. O novo conceito de movimento é adoptado para caracterizar a existência (Dasein) como sendo em realização de si mesma. O “movimento da existência” é o movimento pelo qual a existência realiza o seu próprio ser. Este movimento é essencialmente corporal; a realização de possibilidades que define a existência não só requer um corpo no sentido em que as suas possibilidades são de acção, como é, em si própria , corpórea. A ideia de corpo deve, desta maneira, permitir que o próprio corpo seja não um instrumento de realização, mas ele mesmo uma realização O próprio conceito de um movimento da existência em conjunto com as contribuições da fenomenologia asubjectiva - uma das propostas mais importantes da filosofia de Jan Patočka - revela que o movimento da existência, e as possibilidades nas quais se realiza, não são determinadas subjectivamente mas antes pressupõem uma esfera anterior e englobante. Esta esfera omni-englobante é definida como o mundo. O mundo compreendido cosmologicamente como um complexo de possibilidades é caracterizado pelo seu próprio movimento de realização. O mundo, pensado como physis, realiza-se individuando-se em entes particulares. A existência (Dasein) é um movimento particular de individuação do mundo porquanto que, nesse movimento, opera uma relação com o mundo. O movimento da existência realiza, assim, a possibilidade de compreensão do próprio mundo. No terceiro dos três movimentos da existência de Patočka realizar-se-ia a possibilidade mais própria da existência de realizar uma relação explícita com o mundo compreendido como mundo, ou seja, enquanto possibilidade. Nós somos a possibilidade de operar uma revelação do mundo.
- Polyazamacrocycles as potential antitumor agents for human prostate cancer cellsPublication . Cruz, Carla; Cairrão, Elisa; Lourenço, Olga; Almeida, Paulo; Verde, Ignacio; Queiroz, JoãoPolyazamacrocycles are currently being studied and used in a variety of applications beyond their traditional place in supramolecular and co-ordination chemistry. This study suggests additional applications of these compounds with particular emphasis on their use as antiproliferative agents that could be potentially used to treat cancer. Four polyazamacrocycles were tested in human prostate cancer LNCaP and prostate epithelial PNTA1 cells to analyze changes in cell proliferation and cell death capabilities. Their intracellular localization was also evaluated by confocal microscopy. The results show a decrease in proliferation rate and cell viability of LNCaP and PNTA1, after treatment with these compounds. The decrease in the number of viable cells is similar for the majority of the compounds studied, and at higher concentration, the proliferation efficiency decreased significantly in the cell lines studied. Also, our results suggest that L and L2 induce early apoptosis in PNTA1 cells and late apoptosis/necrosis in LNCaP cells. The compounds did not induce a significant increase in necrosis of both cell types. Although the compounds did not localize in a unique organelle, all of them have as main target the Golgi apparatus and other localization profiles differed depending on the cell line.
- Contributo para o estudo de depressão, ansiedade e stresse em crianças com Perturbação de Hiperatividade e Défice de AtençãoPublication . Santos, Susana Margarida Vilar dos; Correia, Paula Cristina Moreira Antunes; Nunes, SaraIntrodução: A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção é uma condição representada pela tríade de défice de atenção, hiperatividade e impulsividade. Estas características nucleares afetam nefastamente o desempenho académico, os relacionamentos familiar e social e o ajustamento psicossocial. Além dos sintomas básicos da perturbação, em mais de 50% existe comorbilidade com perturbação da aprendizagem, perturbação de humor, perturbação de ansiedade, abuso de substâncias e de álcool, estando, portanto, associado a um pior prognóstico. Este trabalho de investigação pretende contribuir para o estudo da depressão, ansiedade e stresse em crianças com perturbação de hiperatividade e défice de atenção. Materiais e Métodos: Estudo transversal onde foi feita a avaliação clínica de um grupo de 30 crianças hiperativas com idades compreendidas entre os 8 e os 15 anos, selecionadas de forma não probabilística, seguidas nas consultas de Desenvolvimento e Pedopsiquiatria do Centro Hospitalar Cova da Beira. A avaliação das crianças incluiu o preenchimento de dados sociodemográficos e a aplicação da versão portuguesa da Escala de Ansiedade, Depressão e Stresse para Crianças, de 21 itens. Este grupo foi comparado com um grupo de controlo composto por 30 crianças, selecionado da consulta de Pediatria do Centro Hospitalar Cova da Beira. O processamento e a análise dos dados foram efetuados com recurso ao software estatístico Statistical Package for the Social Science versão 20.0, através de testes paramétricos e não paramétricos. Resultados: A mediana de idades, no grupo com perturbação, foi de 10 anos, e de 12 anos, no grupo de controlo. Os níveis de depressão e stresse são mais elevados no grupo clínico. A ocorrência de pelo menos um life event no último ano predispõe para níveis de depressão, ansiedade e stresse superiores. A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção é mais prevalente no género masculino. Esta perturbação está associada a maior fracasso académico. As crianças do grupo clínico têm antecedentes familiares de doença psiquiátrica. Conclusão: A Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção é de origem multifatorial e está associada a vários fatores agravantes. As comorbilidades depressão e stresse mostraram níveis superiores no grupo clínico relativamente ao grupo de controlo. Os níveis de depressão, ansiedade e stresse foram superiores em crianças que relataram pelo menos um life event no último ano. Este estudo constitui um incentivo para investigações futuras, na medida em que se considera importante alertar os profissionais de saúde para estas comorbilidades associadas à Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção.