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- Impacto da diabetes no meio laboral da CovilhãPublication . Gonçalves, Priscila Setim; Augusto, Nuno Miguel Cavaca; Tjeng, RicardoIntrodução: A diabetes é um problema de saúde pública, que pode originar grandes mudanças na vida do doente quer a nível físico, psíquico e social. Nomeadamente no emprego, os diabéticos podem encontrar dificuldades de integração e fraco apoio social, que podem afetar o controlo da doença. Assim, delineou-se como principal objetivo averiguar qual o impacto da diabetes mellitus no meio laboral da Covilhã. Métodos: Estudo quantitativo, transversal, descritivo, comparativo e correlacional, baseado na aplicação de um inquérito por questionário, a utentes com diabetes na consulta externa de Diabetes e Diabetologia. No tratamento estatístico utilizou-se o Statistical Package for the Social Sciences Statistics versão 21 e Microsoft Office Excel 2010. Após a realização do teste de Kolmogorov-Smirnov, optou-se por testes não paramétricos. Aplicou-se o teste de Mann- -Whithney para comparação entre grupos e correlações de Spearman na análise de variáveis ordinais. Resultados: Foram inquiridos 93 utentes: 61,3% relata que a diabetes afeta a escolha de um trabalho. Cerca de metade considera muito seguro revelar a sua doença aos colegas de trabalho (56,7%) e ao seu empregador (47,3%), e 91,4% não receia sofrer discriminação, porém 48,4% não referiria espontaneamente a sua doença em entrevistas de emprego. Cinquenta e um por cento considera que a sociedade tem um conhecimento pouco adequado da diabetes e 81,7% relata que se fosse discriminado no emprego isso poderia conduzir a um descontrolo da doença. Dos participantes, 4,3% foram recusados num emprego por serem diabéticos. A maior parte da amostra (93,5%) sente que tem capacidades idênticas as outras pessoas para trabalhar e 54,8% refere que a diabetes não afeta o seu desempenho profissional. Os diabéticos tipo 1 têm um maior receio de sofrer discriminação e afirmam que a diabetes afeta mais o desempenho no emprego comparativamente com os diabéticos tipo 2. Os indivíduos com mais anos de doença e complicações referem que a doença afeta mais o desempenho no emprego e discordam mais em ter capacidades semelhantes aos outros para trabalhar. Sentem-se menos seguros em partilhar a diabetes com os colegas de trabalho e receiam mais expor ao empregador problemas resultantes desta. Conclusão: A discriminação no local de trabalho ainda persiste. Diabéticos tipo 1, com complicações e mais anos de doença apresentam uma atitude mais pessimista relativamente a interação da diabetes com o mercado de trabalho. Este estudo sugere a necessidade de iniciativas de sensibilização na comunidade, que aumentem a consciencialização dos cidadãos e empregadores.
