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- Medicamentos Anti-hipertensivos: perfil de utilização e principais interações medicamentosasPublication . Matos, Ana Filipa Madeira de; Silvestre, Samuel MartinsEste trabalho encontra-se dividido em duas partes distintas: o primeiro capítulo é respeitante ao relatório de estágio efetuado na Farmácia Arrochela, em Peso da Régua. Este estágio foi realizado entre os dias 3 de fevereiro a 28 de maio de 2014, perfazendo no total 800 horas de trabalho. Este relatório responde aos objetivos propostos descritos na Caderneta do Aluno, descrevendo as tarefas que realizei e tudo o que aprendi ao longo desta experiência enriquecedora. O segundo capítulo refere-se ao trabalho de investigação sobre o tema geral dos medicamentos usados para tratar a hipertensão arterial. As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morte por toda a Europa e por todo o mundo. Em Portugal, segundo um estudo de 2012, 42,2% da população é considerada hipertensa. Não obstante, comparando com dados de 2003, existe um maior conhecimento da doença e maior número de pessoas tratadas e controladas. Uma vez que continua a ser do maior interesse obter informação sobre o uso dos medicamentos anti-hipertensores, o presente estudo tem como principal objetivo avaliar o perfil de utilização e as principais interações medicamentosas destes medicamentos. Para isso, foi realizado um inquérito a utentes de duas farmácias comunitárias em Peso da Régua durante os períodos de junho a agosto de 2013 e de fevereiro a maio de 2014 e os dados obtidos foram tratados estatisticamente pelo software IBM SPSS® versão 22.0. No estudo foram incluídos 368 utentes, com idades compreendidas entre os 30 e os 96 anos, que aceitaram participar no mesmo. A maior parte da população desta amostra é do sexo feminino (65,22%), prevalecendo a faixa etária dos 51 aos 60 anos (24,46%) e observou-se que em Peso da Régua são mais os hipertensos (191 utentes) do que os não hipertensos (177 utentes). As patologias concomitantes que foram indicadas com maior frequência nos utentes hipertensos são a hipercolesterolemia (29,86%) e em Outras destaca-se a Ansiedade/Problemas de sono (26,43%) e as patologias osteoarticulares (25,71%). Nos utentes não hipertensos, verificam-se com maior frequência as mesmas patologias, embora com percentagens diferentes. Os agentes anti-hipertensores mais utilizados, referidos pelos utentes hipertensos, consistem na combinação de antagonistas do recetor da angiotensina e diurético tiazídicos, em que 41 utentes mencionam utilizar esta combinação (17,37%). É de notar também que, uma parte significativa (27,54%) dos utentes em estudo, refere não saber ou não se lembrar da medicação anti-hipertensiva prescrita pelo médico. Além disso, toda a medicação anti-hipertensiva dos 191 utentes hipertensos foi prescrita pelo médico e os fármacos que são mais utilizados em concomitância com os medicamentos anti-hipertensivos são os agentes antidislipidémicos (17,55%). Em relação à toma de medicamentos para as dores/inflamações, em que alguns destes podem interagir com a medicação anti-hipertensiva, 82 utentes referiram tomar frequentemente este tipo de medicação. Os anti-inflamatórios mais utilizados foram o diclofenac (12,24%) e o ibuprofeno (10,20%). Por último, uma extensa parte da população em estudo (94,24%) não utiliza qualquer tipo de medicamento fitoterápico ou planta medicinal para a hipertensão arterial. Nesta questão apenas foi contabilizada a folha de oliveira devido às suas propriedades maioritariamente hipotensivas e vasodilatadoras.
- Novos fármacos antiparasitários em Medicina VeterináriaPublication . Rebelo, Telma Eduarda da Silva; Pinto, Rui Miguel de Aguiar; Silvestre, Samuel MartinsEste trabalho encontra-se dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo corresponde ao estágio curricular realizado em Farmácia Comunitária e o segundo à revisão bibliográfica feita no âmbito de “Novos fármacos antiparasitários em Medicina Veterinária”. No capítulo I são descritos todos os conhecimentos adquiridos e as atividades realizadas ao longo do estágio curricular realizado em farmácia comunitária. Este estágio decorreu, no período de 3 de Fevereiro a 23 de Junho de 2014, na Farmácia Parente, em Lamego e proporcionou um contato com a prática farmacêutica, permitindo aplicar e consolidar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso e conhecer a organização e funcionamento da farmácia comunitária. No capítulo II são descritos os problemas atuais no combate aos parasitas intestinais, centrando-se nos agentes anti-helmínticos, dada a sua relevância. Adicionalmente, são abordados novos medicamentos antiparasitários e outras abordagens no controle das parasitoses veterinárias em geral e de helmintes em particular. Os helmintas são responsáveis por algumas das doenças mais prevalentes e devastadoras que acometem tanto os humanos, como os animais de companhia e de exploração, causando diversos problemas na saúde e bem-estar dos animais, bem como perdas produtivas. O controle desses parasitas torna-se, portanto, de extrema importância, assentando principalmente numa base farmacológica, nomeadamente em Medicamentos Antiparasitários (MAP). A utilização profilática de MAP em animais tem sido uma prática muito comum ao longo dos últimos anos, principalmente na pecuária, mas este uso excessivo e descontrolado de MAP originou uma resistência generalizada a todas as principais classes de MAP utilizadas hoje em dia, destacando-se a resistência aos anti-helmínticos. Para ultrapassar esta resistência é necessário um investimento renovado na descoberta de novos compostos com atividade, na utilização mais racional das classes existentes, bem como no desenvolvimento de novas abordagens. Ao longo deste capítulo é feita referência às principais classes de MAP utilizadas atualmente, aos novos MAP que entraram recentemente no mercado, nomeadamente o emodepside (Profender®, em combinação com o praziquantel), o monepantel (Zolvix®) e o derquantel (Startect®, em combinação com a abamectina, uma lactona macrocíclica), e também a outras estratégias que estão em desenvolvimento para controlar os parasitas, tais como as combinações de fármacos, o melhoramento genético e nutrição dos animais, o maneio das pastagens, a utilização de anti-helmínticos biológicos e botânicos e as vacinas antiparasitárias. Assim, desta revisão bibliográfica, conclui-se que a descoberta de novos antiparasitários em geral, e de anti-helmínticos em particular, apesar de ser uma abordagem muito dispendiosa e que exige muito tempo e experiência, ainda continua a ser a que fornece melhores resultados no controle de parasitas. Atualmente, novas classes de anti-helmínticos estão disponíveis, mas, do mesmo modo que a resistência se desenvolveu para as classes mais antigas, inevitavelmente, também pode desenvolver-se para estas novas classes, especialmente na pecuária. Torna-se, portanto, fundamental investir na compreensão do modo como se desenvolve a resistência aos MAP, para prolongar a sua eficácia o maior tempo possível, bem como no desenvolvimento de marcadores para monitorizar o desenvolvimento de resistência. Deve-se apostar também na educação e consciencialização dos usuários finais destes produtos, os proprietários de animais, para o uso mais racional de MAP e adoção de outras medidas profiláticas e de controlo de parasitas.
