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- Hiperatividade no adultoPublication . Pacheco, Vânia Patrícia Coelho; Oliveira, Vítor Manuel Sainhas deA Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção é uma perturbação do desenvolvimento do Sistema Nervoso, que se caracteriza pela tríade clássica: défice da atenção, hiperatividade e impulsividade. Pode atingir o auge ou manifestar-se pela primeira vez no início da idade escolar. Durante muitos anos foi considerada uma doença estritamente infantil, que era superada na adolescência. Apesar do quadro clínico melhorar com o amadurecimento, os sinais sintomatológicos podem estender-se para a idade adulta, com impacto negativo na qualidade de vida e no quotidiano, nomeadamente a nível pessoal, familiar, social, afetivo, académico e ocupacional. Todavia, nos adultos continua a ser subdiagnosticada. É uma doença com etiologia multifatorial, sendo o resultado de uma complexa combinação de fatores genéticos, ambientais, culturais, sociais e alterações estruturais e funcionais. A hereditariedade é, no entanto, considerada a principal causa desta perturbação. Existem dois principais sistemas de classificação (o Manual Diagnóstico e Estatístico de Perturbações Mentais e a Classificação Internacional de Doenças) que apresentam os critérios diagnósticos que devem orientar a análise do comportamento de indivíduos com suspeita de Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção. Atualmente, não existe nenhum teste neuropsicológico específico para determinar a presença ou ausência da doença, o que ilustra a importância de um elevado índice de suspeição. O seu diagnóstico é tipicamente clínico e, em adultos, é sobretudo retrospetivo, dependendo da análise do comportamento na infância e de uma avaliação concreta do comportamento atual. Esta perturbação raramente surge isolada, sendo as comorbilidades frequentes. O tratamento deve ser multimodal. Contudo, a medicação é o cerne do tratamento, sendo os psicoestimulantes os fármacos de primeira linha. Sob o aspeto metodológico, desenvolveu-se uma pesquisa bibliográfica atualizada, baseada no levantamento de artigos da Pubmed, B-on, UpToDate, e Google Académico e em livros e revistas de referência da área da Psiquiatria, com o intuito de verificar de que forma a sintomatologia desta perturbação afeta as atividades diárias e a qualidade de vida dos seus portadores.
