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- O Papel dos Estados Unidos da América no Processo de Descolonização de AngolaPublication . Correia, Lúcia Sofia Pais; Ferreira, Liliana Domingues Reis; Venâncio, José Carlos GasparApós um largo período de quatro séculos de dominação portuguesa, a independência angolana, finalmente alcançada em novembro de 1975, chegaria através de três atores fundamentais: a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA); o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). Contudo, o período da Guerra Fria acabaria por marcar o processo de descolonização de Angola, O antagonismo entre os EUA e a URSS no continente africano viriam a transformar o movimento pela autodeterminação do povo angolana numa Proxy War, típica do bipolarismo da Guerra Fria, que acabaram por se envolver num conflito assente em meios não tradicionais. O enfrentamento entre estes dois polos, passava maioritariamente, por uma estratégia indireta, para assim concretizarem a expansão da sua área de influência e, consequentemente, a sua ideologia. Mas qual foi o papel dos EUA, em concreto no processo de descolonização de Angola? Com efeito, observa-se que os acontecimentos que obrigam os EUA a pronunciar-se sobre Angola começam em janeiro de 1961, e ainda que não militar, o primeiro apoio fornecido por parte dos EUA no conflito angolano ocorreu, mais precisamente, quando a UPA contatou com representantes do Governo e missionários protestantes dos EUA. O apoio americano passou a manifestar-se no envio de equipamento militar para o Zaire que, posteriormente, faziam chegar aos guerrilheiros da FNLA e da UNITA. Os EUA mostraram, na realidade, ser capazes de afirmar as suas próprias prioridades políticas com respeito às regiões colonizadas (ou ex-colonizadas). Com base nesta realidade, este trabalho de investigação começa por efetuar um enquadramento histórico-concetual relativo a Angola, no qual serão tratadas, com maior profundidade, as temáticas do período de 1961-1974, Descolonização e Guerra Fria, explicando ainda a importância que a paz detém em Angola. No entanto, o maior enfoque centra-se na explicação da intervenção dos Estados Unidos da América acabariam por deter na emancipação de Angola. Concluiu-se que os conflitos decorrentes em Angola na década de sessenta foram visivelmente instrumentalizados pelas duas potências, EUA e União Soviética e que o os EUA acabariam por desempenhar um papel determinante, quer durante a guerra civil, quer no processo de descolonização.