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- Tratamento da neoplasia intraepitelial de alto grau em mulheres com idade igual ou inferior a 25 anosPublication . Dinis, Sara Paiva; Moutinho, José Alberto FonsecaA nível mundial, o Cancro do Colo do Útero, é o quarto cancro mais comum na mulher e o segundo em mulheres com idade entre os 15 e os 44 anos. O conhecimento sobre esta doença relevante para a saúde pública e as suas lesões precursoras sofreu avanços notáveis a partir do momento em que foi estabelecido o papel do vírus do papiloma humano na sua génese. Esta constante evolução do conhecimento conduziu ao desenvolvimento, ao longo dos anos, de novos testes de rastreio e vacinas capazes de reduzir a mortalidade atribuível ao cancro do colo. Continuamos a assistir, nos últimos anos, a uma procura de novos métodos de diagnóstico que permitam definir com maior precisão o risco individual de cada mulher, quantificando a probabilidade de regressão ou progressão das lesões e possibilitando, dessa forma, uma orientação terapêutica mais adequada. As novas evidências científicas levantam aos clínicos a questão de como atuar em determinadas situações, nomeadamente na orientação terapêutica de mulheres jovens com lesões cervicais de alto grau. No que diz respeito à abordagem perante um diagnóstico de CIN2 e CIN2/3, o consenso de 2012 da Sociedade Americana de Colposcopia e Patologia foi o primeiro a destacar o papel da idade nas linhas de orientação, introduzindo o conceito de “mulher jovem”, suscetível de conduta clínica diferente. Com esta monografia pretendemos analisar a literatura atual sobre o tratamento das neoplasias intraepiteliais de alto grau nas mulheres jovens com menos de 25 anos, qual a sua influência no prognóstico e qual o impacto das intervenções terapêuticas na saúde reprodutiva dessas mulheres.
- Rastreio do Cancro do Colo do Útero com Teste Primário de HPV em mulheres com menos de 30 anosPublication . Mateus, Daniela Filipa Barbosa; Moutinho, José Alberto Fonseca; Caeiro, Vitor Manuel Branco e SilvaIntrodução: Ao longo dos últimos anos, tem-se verificado, à semelhança do que se passa no resto da Europa, um aumento na incidência das doenças oncológicas em Portugal. O CCU é o 4º mais frequente e o 5º mais mortal, em Portugal no sexo feminino. A infeção por HPV é uma das infeções sexualmente transmissíveis mais frequentes, sendo a infeção persistente pelo HPV de alto risco uma condição necessária, mas não suficiente, para o desenvolvimento de lesões pré-invasivas e invasivas do CCU. Foi publicado em Diário da República que o programa de rastreio do CCU se destina à população do sexo feminino com idade igual ou superior a 25 anos e igual ou inferior a 60 anos, através da realização do teste primário de rastreio de HPV, a realizar de 5 em 5 anos. No entanto, o Consenso da SPG aponta para a realização do teste rastreio de HPV apenas a partir dos 30 anos. Neste estudo, tendo em conta as recomendações da SPG, pretende-se avaliar se o rastreio do CCU através de teste de HPV primário, com citologia reflexa, em mulheres com menos de 30 anos apresenta características semelhantes ao rastreio efetuado em mulheres entre os 30 e 60 anos. Metodologia: Neste estudo transversal e retrospetivo, autorizado pela Comissão de Ética da UBI e do CHCB, procedeu-se à consulta de processos clínicos. Foram analisados os dados resultantes de testes de HPV (com citologia reflexa nos resultados positivos) realizados a todas as mulheres entre Julho de 2012 e Agosto de 2017 no CHCB, num total de 6009 testes. Consideraram-se como critérios de inclusão: mulheres com idade inferior a 30 anos e mulheres com idades compreendidas entre os 30 e 60 anos. Foram excluídos deste estudo: mulheres com idade superior a 60 anos e casos em que o teste de HPV não foi processado. Utilizou-se como método de rastreio o teste de HPV Cobas®, com meio de transporte Surepath®. Resultados: A taxa de prevalência de HPV foi superior nas mulheres com <30 anos. O tipo de HPV mais prevalente foi HPV outros e a percentagem de infeções múltiplas foi semelhante, nos dois grupos etários. Relativamente aos resultados da citologia reflexa, nas mulheres dos 30-60 anos, verificou-se um maior número de mulheres com lesões de alto grau (9%) comparativamente ao grupo <30 anos (5,6%). A maioria dos casos de positividade do teste de HPV não realizaram biópsia devido ao elevado número de citologias com resultado “NILM”. Nos casos em que foi realizada biópsia, nos primeiros 3 meses após teste de HPV positivo, a percentagem de displasias de alto grau foi superior no grupo etário dos 30 aos 60 anos (42,2%) quando comparada com a do grupo etário <30 anos (29,7%). Nos casos em que foi realizada biópsia no seguimento, verificou-se que desenvolveram displasia de alto grau 50% dos casos de mulheres <30 anos e 33,3% dos casos de mulheres entre os 30 e 60 anos. Conclusão: Existem diferenças, entre as duas faixas etárias, relativamente às variáveis: taxa de prevalência de HPV, histologia nos primeiros 3 meses após teste de HPV positivo e diagnóstico histológico. Não foram encontradas diferenças significativas relativamente ao tipo de HPV mais prevalente, percentagem de infeções múltiplas e citologia reflexa.
- Rastreio do Cancro do Colo do Útero pelo teste de HPV em mulheres com mais de 60 anosPublication . Magalhães, Sara Patrícia Leite; Moutinho, José Alberto Fonseca; Caeiro, Vítor Manuel Branco e SilvaIntrodução: O impacto crescente das doenças oncológicas é inegável. De acordo com o GLOBOCAN 2012, o Cancro do Colo do Útero é, a nível mundial, o quarto mais comum em mulheres e o sétimo mais comum quando considerados ambos os sexos. A infecção persistente pelo HPV de alto risco é considerada o principal factor de risco para o seu desenvolvimento. Foi publicada em Diário da República a 21 de Setembro de 2017 (Despacho n.º 8254/2017) uma recomendação para que o rastreio do Cancro do Colo do Útero passasse a realizar-se através do teste de HPV entre os 25 e os 60 anos de idade. Tendo em conta que a menopausa contribui para a ocorrência de várias doenças, com efeitos significativos no aumento do risco de cancro nas mulheres e dado o aumento da esperança média de vida e o envelhecimento populacional a que assistimos actualmente, interessou-nos com este trabalho avaliar o possível benefício no rastreio depois dos 60 anos, tendo por base o rastreio realizado no Centro Hospitalar Cova da Beira, que desde 2012 é efectuado por teste de HPV com citologia reflexa para os casos positivos. Métodos: Este estudo foi realizado retrospectivamente através da consulta de processos clínicos, após obtenção das autorizações necessárias. Inclui todos os casos existentes de mulheres que tenham realizado rastreio de CCU pelo teste de HPV (com citologia reflexa nos resultados positivos), entre Julho de 2012 e Agosto de 2017, no CHCB, num total de 6009. Para a realização deste estudo seleccionaram-se todos os casos de teste de HPV realizados a mulheres com mais de 60 anos que comparámos com todos os casos de testes de HPV de mulheres com idades compreendidas entre os 30 e os 60 anos. O método de rastreio aplicado no CHCB no período em estudo era o teste de HPV Cobas®, com meio de transporte Surepath®. Resultados: Nas mulheres com mais de 60 anos registou-se uma taxa de teste de HPV de alto risco positivo de 6,0% e nas mulheres dos 30 aos 60 anos de 11,8%. Nas mulheres com mais de 60 anos, verificou-se também que a taxa de positividade ia diminuindo com a idade, sendo que a maior parte dos resultados positivos se verificou em mulheres com idades entre os 61 e os 65 anos. 50% das mulheres com mais de 60 anos com teste de HPV de rastreio positivo tinham realizado estudo citológico nos 3 anos anteriores, sendo que nenhuma apresentava resultado citológico sugestivo de lesão de alto grau. No grupo das mulheres com mais de 60 anos, somente uma mulher rastreada e posteriormente submetida a biópsia apresentou lesão histológica de alto grau, nomeadamente na biópsia realizada até aos 12 meses pós-teste de HPV. Conclusão: O presente estudo está de acordo com a recomendação publicada em Diário da República a 21 de Setembro de 2017 (Despacho n.º 8254/2017) que recomenda o Rastreio do Cancro do Colo do Útero até aos 60 anos de idade.
- Baby-Led WeaningPublication . Rodrigues, Gabriela dos Santos; Mesquita, Sandra Manuela SilvaA alimentação complementar representa um dos marcos mais importantes no desenvolvimento de uma criança e diz respeito à transição de leite exclusivamente materno/fórmula para sólidos. Possuir uma nutrição adequada irá proporcionar um crescimento saudável assim como uma diminuição do risco de desenvolver doenças em idade adulta. O Baby-Led Weaning é um método recente e alternativo à introdução da alimentação complementar que visa encorajar e estimular os bebés a alimentarem-se sozinhos desde os seis meses de idade, contrariamente ao que acontece com o método tradicional em que são os pais a introduzir à colher a alimentação complementar. Neste método, os bebés são considerados os protagonistas em todo o processo de diversificação alimentar. Contudo, é recomendado que o aleitamento materno/fórmula seja exclusivo até aos seis meses e mantido, em regime complementar, pelo menos até aos dois anos. O BLW é um método que tem vindo a ganhar cada vez mais popularidade entre os pais que o realizam, mas a sua prática ainda se encontra muito controversa entre os profissionais de saúde, principalmente devido ao risco de sufocação e de défices nutriciais que possam acarretar. O objetivo deste trabalho é expor quais as diferenças entre os dois métodos, quais as vantagens e desvantagens do BLW e qual a opinião dos profissionais de saúde e dos pais que o põem em prática.
