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- Álcool e Miocardiopatia DilatadaPublication . Esteves, Adriana Carones; Rodrigues, Manuel de CarvalhoO consumo de álcool é um hábito muito difundido nas mais diferentes sociedades e culturas. O efeito do seu consumo na saúde cardiovascular depende tanto do padrão como da quantidade consumida. Apesar do consumo excessivo ser frequentemente associado a outcomes clínicos negativos, como doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, verifica-se que o seu consumo moderado se traduz em benefícios para a saúde cardiovascular. A miocardiopatia dilatada é a miocardiopatia mais prevalente em todo o mundo, sendo a causa mais frequente de transplante cardíaco e a terceira maior causa de insuficiência cardíaca. A miocardiopatia alcoólica é um tipo específico de miocardiopatia dilatada que ocorre perante um consumo crónico excessivo de álcool. Assim como a miocardiopatia dilatada, a miocardiopatia alcoólica é caracterizada por uma dilatação e disfunção sistólica do ventrículo esquerdo. Habitualmente esta patologia apresenta-se em homens, mais frequentemente, entre os 35 e 60 anos de idade. O seu diagnóstico depende da história de consumo crónico excessivo de álcool em associação a uma série de alterações celulares, histológicas e estruturais do miocárdio. A presente monografia compreende uma revisão bibliográfica sobre o efeito do consumo do álcool na mortalidade global e cardiovascular, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. É explorada a relação entre o consumo de álcool e o surgimento da miocardiopatia alcoólica, assim como uma descrição dos seus aspetos epidemiológicos, mecanismos associados à lesão do miocárdio, clínica, diagnóstico e tratamento.
- Avaliação da Insuficiência Cardíaca AgudaPublication . Carvalho, Inês Salvado de; Carvalho, Luis Carlos Bronze dos SantosA Insuficiência Cardíaca é uma entidade nosológica importante e bastante comum em todo o Mundo. Síndrome com alta prevalência e com tendência a aumentar apesar dos avanços terapêuticos. O conhecimento desta entidade tem crescido nos últimos anos, materializado nomeadamente nas guidelines sempre em atualização. As novas guidelines estabelecidas pela Sociedade Europeia de Cardiologia em 2016 definem um novo termo na classificação da Insuficiência Cardíaca, uma nova classificação para a Insuficiência Cardíaca Aguda e novos algoritmos para o diagnóstico e tratamento da Insuficiência Cardíaca e Insuficiência Cardíaca Aguda. A presente dissertação debruça-se essencialmente na nova abordagem clinica da Insuficiência Cardíaca Aguda. A Insuficiência Cardíaca Aguda é uma síndrome heterogénea que se manifesta essencialmente por dispneia, fadiga e edemas periféricos. Devido a inespecificidade dos sinais e sintomas que caracterizam esta entidade clinica o diagnóstico pode ser difícil e necessita de confirmação com exames complementares de diagnóstico, como eletrocardiograma, raio X torácico, ecocardiograma e análise laboratorial, valorizando especialmente os biomarcadores associados a esta entidade. A abordagem clínica passa inicialmente pela estabilização cardiopulmonar do doente seguida pela identificação e correção de causas e fatores precipitantes que põem a vida do doente em risco. Após confirmação do diagnóstico e determinação do perfil clínico que o doente apresenta segue-se o tratamento individualizado e que assenta na tradicional terapêutica, que tem como base o uso de oxigénio, diuréticos e vasodilatadores.
- Miocardiopatia de TakotsuboPublication . Pereira, Sofia Micaela Reinolds; Carvalho, Luis Carlos Bronze dos SantosNos últimos 25 anos, a Síndrome de Takotsubo emergiu como uma apresentação relevante de lesão miocárdica aguda, caracterizada por uma falha distinta regional na contracção ventricular, normalmente acompanhada por uma significativa redução na fracção de ejecção ventricular esquerda, sendo tipicamente reversível. Identificada primariamente por cientistas Japoneses em 1991, esta patologia foi designada Takotsubo devido à sua apresentação característica no ecocardiograma, semelhante ao vaso usado para pescar polvos. Takotsubo é uma síndrome que mimetiza o enfarte agudo do miocárdio, na ausência de doença arterial obstrutiva coronária epicárdica, de forma a explicar o grau de anormalidade na motilidade da parede ventricular. Usualmente, mais comum nas mulheres idosas, esta condição é, geralmente, desencadeada por situações inesperadas de stress emocional ou físico, estando associada a alterações no eletrocardiograma e ligeira elevação nos biomarcadores cardíacos. O mecanismo fisiopatológico ainda não está claro, mas acredita-se que uma alta concentração circulante de catecolaminas provoca uma disfunção aguda da microcirculação coronária e do metabolismo dos cardiomiócitos, levando a um atordoamento transitório do miocárdio. As recorrências são raras e julga-se que o prognóstico a longo prazo é bom. O tratamento durante a fase aguda é principalmente sintomático. Não há consenso quanto à terapêutica a longo prazo para a Síndrome de Takotsubo.
- Estado da Arte: Miocardiopatia ArritmogénicaPublication . Cardoso, Maria Leonor Gonçalves Pinheiro; Carvalho, Luis Carlos Bronze dos SantosSob o ponto de vista histórico, tanto as miocardiopatias com origem no ventrículo esquerdo como a doença arterial coronária têm sido reconhecidas, ao longo do tempo, como as principais causas de arritmia ventricular e morte súbita. Todavia, nas últimas duas décadas, arritmias com origem no ventrículo direito têm atraído cada vez mais atenção científica face a um elevado número de razões. As arritmias geradas no ventrículo direito normalmente afetam indivíduos mais jovens e podem culminar em episódios de morte súbita cardíaca. Os mecanismos fisiopatológicos implícitos ainda não se encontram totalmente compreendidos, o que motiva diferentes interpretações acerca dos mesmos. A miocardiopatia arritmogénica corresponde a uma doença hereditária do músculo cardíaco, onde ocorre substituição do miocárdio por tecido fibroadiposo e que se caracteriza clinicamente por arritmias ventriculares potencialmente letais, principalmente em indivíduos jovens e atletas. Apesar de acometer o ventrículo direito com maior frequência, o envolvimento biventricular ou de predomínio esquerdo também já foi descrito. Sendo considerada a “doença dos desmossomas”, várias mutações foram reportadas em genes codificadores de proteínas desmossómicas, conduzindo a alterações intracelulares na transdução de sinal e, por conseguinte, à transformação dos miócitos cardíacos. O diagnóstico clínico tem por base um sistema que conjuga fatores genéticos e familiares, variações eletrocardiográficas, eventos arrítmicos, achados histopatológicos e ainda, variantes funcionais ou estruturais do ventrículo direito, pertinentes no reconhecimento das características inespecíficas desta entidade. Indivíduos afetados, apresentam-se na sua maioria durante a segunda ou terceira décadas de vida com sintomas como palpitações, síncope ou paragem cardiorrespiratória tendo, contudo, a presença de portadores assintomáticos sido igualmente relatada, em prol do sequenciamento genético tendencial. O objetivo primordial do tratamento consiste na prevenção de eventos de morte súbita. Dado a sua crescente relevância clínica e impacto científico significativo, esta dissertação considera a revisão alargada relativa à patogénese, diagnóstico e terapêutica atual, relacionados com esta forma rara de miocardiopatia.
- Morte SúbitaPublication . Costa, Rita Alexandra Santinho da; Rodrigues, Manuel de Carvalho; Sequeira, Maria Cristina Fidalgo FernandesIntrodução A Morte Súbita Cardíaca é definida como sendo rápida, inesperada e de causa natural, sendo, a nível global, a causa mais comum em adultos com menos de 65 anos. A maioria das vítimas não tem qualquer história de doença cardíaca ou cerebrovascular, a morte é totalmente inesperada, havendo uma súbita interrupção da atividade cardíaca acompanhada de colapso hemodinâmico. Na grande maioria dos doentes, a Morte Súbita é a primeira manifestação da Doença Cardiovascular, constituindo a doença coronária a sua principal causa. Os ritmos mais comuns que originam este tipo de morte são a taquicardia ventricular e a fibrilhação ventricular. Para que ocorra a morte súbita é necessário que ocorram anomalias estruturais do coração, originando arritmia fatal e/ou uma alteração estrutural neste órgão, que modifique a estabilidade elétrica. Objetivos ? Distinguir Morte Súbita Cardíaca de não Cardíaca; ? Desenvolver o conhecimento sobre a Morte Súbita Cardíaca; ? Indicar a epidemiologia da Morte Súbita Cardíaca no mundo, na Europa e em Portugal; ? Enunciar os fatores de risco associados; ? Perceber o impacto que a Doença Coronária tem sobre a Morte Súbita Cardíaca; ? Indicar as principais miocardiopatias e perceber de que forma evoluem para a morte repentina; ? Definir a relação entre Insuficiência Cardíaca e Morte Súbita Cardíaca; ? Apontar as principais medidas de prevenção e tratamento para MSC. Metodologia A pesquisa bibliográfica foi realizada recorrendo às bases de dados PubMed, Scopus e ISI Web of Science. A investigação foi feita com base na pesquisa de termos MeSH (“Sudden Death”; “Sudden Cardiac Death”; “Heart Failure”; “Coronary Disease”; “Cardiomyopathies”), não havendo restrição por tipo de artigo ou ano de publicação.