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- A relação entre a vitamina D e o controlo glicémico em diabéticos do tipo 2Publication . Tavares, Nilza Raquel Fernandes; Fernandes, Ana Rita Santos RamalhoIntrodução: Os benefícios ósseos da vitamina D são clássicos e bem conhecidos, mas em resultado da crescente atenção dada a esta vitamina foram recentemente propostos novos benefícios extra-esqueléticos, como por exemplo no controlo da diabetes mellitus tipo 2. Na teoria estão descritos mecanismos celulares que tornam possível este efeito, mas na prática os resultados são contraditórios. Os objetivos principais deste trabalho são estudar a relação entre os valores de vitamina D e o controlo glicémico em diabéticos tipo 2, e o efeito da suplementação com vitamina D neste controlo glicémico. Como objetivos secundários, foi estudada a relação entre a vitamina D e a idade, obesidade, duração da doença e a presença de complicações. Metodologia: Neste estudo de investigação transversal e retrospetivo foram incluídos 116 dia-béticos do tipo 2 inscritos na consulta de Diabetologia do Hospital Sousa Martins, ULS da Guarda, entre 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2016. Os critérios de exclusão utilizados foram neoplasia e patologias que cursam com hipercalcemia, inexistência de cálculo de IMC e de análises com valores de vitamina D. Resultados: Na população em estudo, 75,86% apresenta défice de vitamina D. Existe uma rela-ção negativa entre a idade e os valores de vitamina D (p = 0,034). Os obesos apresentam valores de vitamina D ligeiramente superiores e o coeficiente de correlação de Spearman sugere uma relação positiva, não significativa (p = 0,887). Para a duração da doença, hemoglobina glicada e glicose em jejum, o coeficiente sugere uma relação negativa, não significativa. No grupo com défice de vitamina D, o valor médio de hemoglobina glicada é significativamente superior (p = 0,040). No grupo onde ocorreu suplementação, verificou-se um aumento significativo na vita-mina D (p = 0,000) e os valores de hemoglobina glicada e glicose em jejum diminuíram, mas a variação não foi significativa (p = 0,464 e p = 0,122, respetivamente). Conclusão: Apesar de os diabéticos com défice de vitamina D apresentarem um pior controlo glicémico, os resultados não são suficientes para demonstrar a existência de uma relação in-versa entre os valores de vitamina D e o controlo glicémico, mas sugerem que esta relação poderá existir. A suplementação não favoreceu o controlo glicémico nesta população de diabé-ticos. A idade está inversamente relacionada com os valores de vitamina D. A nefropatia e retinopatia estão associadas a hipovitaminose D.
- Estudo do valor prognóstico do Bcl-2 no adenocarcinoma do cólon e a sua correlação com a localização do tumor, TNM, e tipo histológicoPublication . Moura, Pedro Fernandes; Muñoz Moreno, JavierIntrodução: O bcl-2 é um gene que codifica um conjunto de proteínas com funções pró-apoptóticas e anti-apoptóticas. A proteína BCL-2 é uma dessas proteínas e, quando em níveis mais elevados pode promover imunidade celular à apoptose. Associando estas capacidades neoplásicas da BCL-2 ao adenocarcinoma do cólon, um dos mais frequentes carcinomas no país e uma séria causa de morbilidade em Portugal, foi realizado um estudo em 29 pacientes a quem foi realizada cirurgia curativa de excisão de adenocarcinoma do cólon no CHCB. Objetivo: Verificar se a presença da oncoproteína BCL-2 em células neoplásicas é um fator preditivo do prognóstico, verificando também se é preditivo do estadiamento, localização e diferenciação celular no adenocarcinoma colorretal. Método: Serão estudados 29 pacientes com Adenocarcinoma Colorretal, submetidos a excisão cirúrgica com intenção curativa entre 2003 e 2005. Estes doentes foram sujeitos a um follow-up pós-operatório, nos 10 anos seguintes. As amostras neoplásicas foram estudadas relativamente à sua localização e classificação TNM. Além disso, amostras foram sujeitas a um protocolo definido pelo Hospital Pêro da Covilhã de estudo imunohistoquímico da marcação da proteína Bcl-2. Posteriormente, as amostras foram classificadas de acordo com a intensidade e percentagem de células marcadas. Ao longo do estudo as amostras foram também classificadas de acordo com o seu grau de diferenciação histológico. Com estes dados pretende-se realizar um estudo estatístico que tenta avaliar se existe uma correlação entre a marcação histoquímica de bcl-2 e o prognóstico do cancro colorretal, utilizando p=0.05 como significativamente estatístico.
- Satisfação das Grávidas com as Aulas de Preparação para o PartoPublication . Gonçalves, Ana Maria Martins; Almeida, Anabela Antunes deIntrodução: A parentalidade é um marco de extrema importância e de transição na vida de um casal, sendo esta etapa complexa e por vezes assustadoras. Se no passado, a educação pré-parto não existia, na atualidade ela constitui um meio disponível na maioria dos países do mundo ocidental com o objetivo de fortalecer, apoiar e preparar os futuros pais para as alterações na dinâmica familiar que o nascimento de um filho implica. Objetivos: Com este trabalho, pretende-se analisar os estudos originais publicados sobre esta temática nos últimos dezassete anos, de forma a analisar a satisfação das grávidas para com as aulas de preparação para o parto que realizaram. Métodos: A revisão da literatura acerca do tema, tendo por base a recolha de artigos que analisaram o grau de satisfação das grávidas com a realização de aulas de preparação para o parto, na base de dados bibliográficos B-On, escritos em inglês, português e espanhol. Os termos de pesquisa utilizados foram “Birth classes satisfaction”, “Antenatal Classes” e “Antenatal education”. Resultados: Foram identificados 11 artigos. Destes 3 foram excluídos por não serem relevantes para o tema, e um por ter a data de publicação antes do ano 2000. De entre os estudos selecionados, dois avaliaram a satisfação das grávidas para com as aulas de preparação para o parto que realizaram, observando-se, que em ambos os estudos esses resultados foram positivos. Dois estudos demonstraram uma associação entre a realização das aulas de preparação para o parto e a redução do estado de medo e de ansiedade perante esta etapa da gestação, em um artigo não de demonstrou esta associação. Dois artigos analisaram a influência da realização das aulas de preparação para o parto com o estabelecimento de uma ligação afetiva materno-fetal. Os resultados destes estudos foram discordantes. Um estudo revelou uma associação positiva entre a realização de aulas preparatórias para o parto com a melhoria da saúde mental materna. Conclusão: Parece haver uma relação positiva entre a realização e a satisfação das grávidas com as aulas de preparação para o parto. Na globalidade, os estudos analisados permitem aferir uma relação positiva entre a realização de aulas de preparação para o parto como benéficas para as gestantes e que as participantes nestes estudos as consideram úteis para uma gravidez mais tranquila e com menos receio do parto.
- Estudo do valor prognóstico da oncoproteína p53 no adenocarcinoma do cólon e reto e a sua correlação com o grau de diferenciação histológico, localização e prognósticoPublication . Gomes, Leonor Aniceto; Muñoz Moreno, JavierIntrodução: Atualmente o cancro é uma das maiores causas de morbilidade e mortalidade mundial. É imperativo o estudo aprofundado da doença oncológica de forma a obter-se um diagnóstico mais precoce, tratamentos mais eficazes e prognóstico mais fiável. O cancro colorretal (CCR) é o terceiro mais comum a nível mundial e é o terceiro mais mortal tanto em mulheres como em homens. Nas passadas décadas, a taxa global de sobrevivência do CCR não evoluiu favoravelmente e os fatores de prognóstico até à data são insuficientes (estadiamento TNM, a presença/ausência de doença residual pós-cirurgia, classificação histológica, presença/ausência de invasão ganglionar e/ou metástases à distância). No sentido de melhorar a previsão da evolução clínica e determinar a abordagem terapêutica mais adequada, torna-se crucial investigar a existência de novos marcadores moleculares que sirvam como fatores de prognóstico isolados ou em combinação com os dados clínico-histopatológicos. A oncoproteína p53 regula vários processos metabólicos como a apoptose, a reparação do ADN e o ciclo celular. A perda desta proteína em 50% dos cancros sugere um papel importante na carcinogénese. Este marcador molecular tem sido alvo de exploração e investigação científica com o intuito de se perceber o seu papel na carcinogénese e estabelecimento como fator de prognóstico independente para diversos tipos de cancro. No entanto, no que concerne ao adenocarcinoma colorretal (ACR), a literatura existente revela resultados controversos quanto ao seu valor prognóstico. Objetivos: 1) Detetar através do método de coloração imunohistoquímica a expressão da oncoproteína p53. 2) Analisar a expressão imunohistoquímica da oncoproteína p53 e dos parâmetros clinico-histopatológicos em estudo. 3) Determinar o valor prognóstico da expressão da proteína p53 em pacientes com ACR e a sua correlação com os parâmetros clínico-histopatológicos: grau de diferenciação, localização, prognóstico dos pacientes. Métodos: Estudo clínico-patológico retrospectivo realizado nas peças cirúrgicas de 32 doentes com mais de 50 anos que foram submetidos a (uma) resseção cirúrgica do cancro do cólon e reto no Serviço de Cirurgia do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) na Covilhã entre 2002-2005. As amostras foram processadas histologicamente no serviço de Anatomia Patológica do CHCB. Foram de seguida classificadas de acordo com o tipo histológico, grau de diferenciação e TMN. Posteriormente, foram consideradas de acordo com a intensidade e percentagem de células marcadas imunohistoquímicamente pela oncoproteína p53. Os dados foram analisados estatisticamente considerando-se um valor p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foi encontrada uma correlação estatisticamente significativa (p<0,05) entre a expressão imunohistoquímica de células marcadas pela oncoproteína p53 e o prognóstico dos pacientes. Não se verificaram resultados estatisticamente significativos entre a “expressão imunohistoquímica de células marcadas pela oncoproteína p53” e a “localização do tumor” e o “grau de diferenciação histológico”. Ao fim de 10 anos a mortalidade foi de 59,4%.