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- Protagonismo da criança em Terra Sonâmbula de Mia Couto e Se o Passado não Tivesse Asas de PepetelaPublication . Mutunda, Edgar Faria; Vieira, Cristina Maria da CostaA dissertação intitulada “Protagonismo da criança em Terra Sonâmbula de Mia Couto e Se o Passado não Tivesse Asas de Pepetela: um repúdio às guerras civis” é um estudo comparativo dos seus protagonistas, Muidinga e Himba, respetivamente, enquanto personagens referenciais remissivas para as crianças vítimas dos conflitos civis moçambicano e angolano aludidos por estes romances. A noção de repúdio resulta, por um lado, da análise das circunstâncias adversas em que ambas as personagens se movem, inadequadas ao crescimento feliz de qualquer criança, sendo a guerra apresentada como fator principal, por outro lado, para o facto de a ficção africana lusófona pós-nacionalista se inscrever como fenómeno ao serviço da construção nacional. Os objetivos consistem na compreensão do protagonismo da criança nos romances cotejados como um grito de repúdio à guerra civil, um dos males que mais afeta a África póscolonial. A metodologia assumida é o comparativismo, por ser a adequada a este tipo de estudo, pois em literatura esta metodologia não consiste apenas no cotejo de dois ou mais objetos, mas também em articular os aspetos imanentes aos contextos para os quais os textos remetem. Assim, este estudo dissertativo parte de uma contextualização histórica das duas guerras e da situação da criança, seguido de uma abordagem justificativa do caráter comprometido da ficção angolana e moçambicana pós-colonial. A análise obedece aos princípios teóricos sobre a construção da personagem romanesca, nomeadamente os processos narratológicos, axiológicos e semiótico-contextuais. E a comparação dos protagonistas tanto a nível das semelhanças quanto das diferenças é baseada num conjunto de elementos associados aos processos aludidos que as constroem como vítimas, nomeadamente as ações, a caraterização, os espaços físicos e psicológicos e efeitos dessas circunstâncias sobre as suas estruturas ideológicas.
- Interação Texto-Gramática nas Aulas de Português em Contexto MultilinguePublication . Buca, Joel Bumba; Manso, José Henrique RodriguesA presente dissertação, que se circunscreve no âmbito do ensino da Língua Portuguesa, visa problematizar e refletir sobre a interação texto-gramática nas aulas de Português em contexto multilingue. Além do estudo de aspetos teóricos, apresentamos um trabalho de campo, desenvolvido junto dos docentes de duas escolas secundárias públicas da província angolana de Cabinda para identificar, no essencial, as causas que justificam a separabilidade entre texto e gramática sobretudo nas aulas do funcionamento da língua. A ideia de que o ensino gramatical deve acompanhar simultaneamente o estudo de textos é favoravelmente acolhida pelos diversos teóricos da linguística e da didática. Nesta perspetiva, defendemos, aqui, o texto como instrumento ideal nas aulas de Português para o ensino da gramática a fim de que os alunos consigam contactar, de forma mais significativa, com estruturas linguísticas consagradas da língua que aprendem, desenvolvendo múltiplas competências. Neste sentido, pretendendo apresentar soluções ao problema da falta de interação entre o texto e a gramática, formulámos três respostas hipotéticas que foram, grosso modo, confirmadas com base nas duas técnicas de recolha de dados utilizadas, designadamente a observação e o questionário. Assim, a análise dos resultados mostra que a fuga à interação texto-gramática se justifica pela falta de formação académica especializada dos docentes de Língua Portuguesa, que evidenciam dificuldades na operacionalização de conteúdos programáticos, dado que a larga maioria dos professores inquiridos é formada em Psicologia e Pedagogia; pela consideração da frase como unidade máxima da análise linguística, uma vez que a gramática é, ainda hoje, ensinada na perspetiva tradicional, relegando o texto ao segundo plano; estas duas causas dão origem a uma terceira, que se justifica, obviamente, pelo menosprezo de preceitos da Didática Aplicada ao ensino das línguas.
- A poética negritudinista de António Jacinto como forma de resistência à colonização portuguesaPublication . Pascoal, Carlos Gonga; Vieira, Cristina Maria da CostaNeste trabalho abordamos a poética negritudinista do angolano António Jacinto (1924 – 1991) como forma de resistência à colonização portuguesa. Comparativamente às outras artes, a Negritude africana de língua portuguesa teve maior expressividade na poesia, inspirando-se em outros movimentos reivindicativos que se situam desde o Harlem renaissance até à Negritude francesa. António Jacinto é descendente de pais portugueses, poeta, contista, político angolano da Geração da Mensagem e um dos ideólogos do Movimento dos Novos Intelectuais de Angola. O estudo das poesias negritudinistas e nacionalistas com marcas negritudinistas deste autor justifica-se, sobretudo, em função da sua atualidade, pertinência e historicidade dentro mosaico cultural-literário angolano, porquanto permite um melhor conhecimento da realidade africana, no contexto adverso do colonialismo português. Neste âmbito, o nosso escopo principal consistiu em analisar o contributo social, etnológico, ideológico e literário da poesia negritudinista de António Jacinto como forma de resistência à colonização portuguesa, situado no panorama das letras angolanas do seu tempo. O estudo crítico da poética negritudinista jacintiana está dividido em três partes complementares. A primeira está relacionada com os antecedentes da Negritude lusófona, desde o Renascimento negro norte-americano até à Negritude francesa, englobando os movimentos políticos, sociológicos e filosóficos. A segunda parte cinge-se ao enquadramento do poeta no seio da literatura angolana, apresentando sinopticamente a periodologia literária de Angola, bem como o papel social da poesia da Geração da Mensagem, composta sobretudo por intelectuais com formação liceal. Na terceira parte apresentamos a biobibliografia do poeta, sublinhando a visão epistemológica da sua obra, a compreensão ideológico-literária das suas poesias negritudinistas e nacionalistas que apresentam marcas negritudinistas, enquadradas em diversos temas de caráter contestatário, tais como poesias negritudinistas de combate, poesias negritudinistas de caráter nacionalista, poesias negritudinistas sobre o drama da mulher angolana, poesias negritudinistas sobre a desvalorização da criança angolana e, por fim, poesias negritudinistas político-amorosas. Tendo em conta o tema da dissertação, a descrição, análise e interpretação etnológica, ideológica e literária das poesias negritudinistas e nacionalistas com marcas negritudinistas foram feitas relacionalmente.
- Ovalbumin Structural Changes by Phenolic Compounds InteractionsPublication . Vapor, Alcides; Tomaz, Cândida T.; Mendonça, AntónioOvalbumin (OVA) is the most prevalent protein in egg white and, represents the major allergen from avian egg white that causes IgE-mediated food allergic reactions particularly in children. It has been shown that phenolic compounds interact with proteins by a single or multipoint mechanism, promoting structural and functional changes. Moreover, the interaction of some allergens with polyphenols, led to permanent modification of the tertiary structure of the allergen, which can result in a reduction in its IgE-binding capacity. This work aimed to analyse the effect of phenolic compounds (Gallic, Caffeic, Ferulic, Chlorogenic and Tannic Acids, Resveratrol and Quercetin) on the native structure of OVA, using Circular Dichroism (CD), fluorescence and Fourier transform infrared spectroscopy (FTIR). The phenolic compounds were incubated with OVA at different times, concentrations and temperatures. Changes in OVA secondary and tertiary structures were increasingly induced with increasing temperatures by the phenolic compound. Also, for a constant temperature, the changes found in OVA structure increased with the phenolic compounds concentration. The results show that the interactions between phenolic compounds and OVA result in complexes (phenolics – OVA) where OVA native structure is changed. This is likely to affect epitopes and hence OVA allergenicity.